quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Medicina avançada dá possibilidade de reabilitação a paraplégicos

PARAPLEGIA E O FUTURO - Matéria do PRIMEIRA EDIÇÃO

Para o especialista Beny Schmidt, a recuperação depende de diagnóstico preciso e inteligência neuromuscular


*(Foto colorida com duas pessoas, duas crianças, em contraluz, com sol ao fundo, brincando com uma bola, sendo uma sem deficiência e outra na cadeira de rodas  que é paraplégica )


Com a tecnologia que existe hoje na área de medicina, é possível devolver a marcha a um paraplégico. A reabilitação necessita de vontade do paciente e um bom profissional para auxiliá-lo na recuperação dos movimentos.
Hoje, muitos deficientes devem a melhora de qualidade de vida ao trabalho de reabilitação com o patologista neuromuscular Beny Schmidt, chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e fundador do laboratório da especialidade na Escola Paulista de Medicina.
Beny Schmidt explica que é possível recuperar os movimentos de um paraplégico mais frequentemente nos casos de doenças autoimunes - doenças em que as células que servem para proteger o organismo passam a atacá-lo –, como esclerose múltipla e síndrome de Guillain-Barré.
Para ele, a reabilitação depende de três pilares: diagnóstico preciso, inteligência neuromuscular e amor. O diagnóstico depende não só de exames, mas também da conversa com o paciente. “O especialista precisa examinar e, só depois, se for realmente necessário, pedir exames”, afirma o patologista.
O tempo de recuperação depende da pessoa e do problema emocional que está por trás da paraplegia. Se for decorrente de uma doença, é preciso saber onde o problema está instalado. A partir daí, também é fundamental saber qual o tipo da doença. “Só é possível planejar  otratamento depois de feito o diagnóstico”, enfatiza Beny Schmidt.
O médico explica que o paciente precisa ter força de vontade, pensando na possibilidade de uma nova vida após a recuperação. O reabilitador, por sua vez, precisa participar de tudo. Durante todo o tratamento, é ele quem dá o apoio e analisa as fases da reabilitação. “Eu entro na piscina com o paciente, vou ao parque, participo de cada etapa”, disse o patologista.

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