quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Brasileiro no Facebook é 'arroz de festa', 'do contra', 'hooligan' ou 'maricota', define estudo

Os Novos(velhos) tipos criados para definir o público do FACEBOOK no Brasil (?)

Reportagem da Folha de São Paulo - 13/12/2012


YURI GONZAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma pesquisa feita com 1.300 pessoas de 70 cidades do Brasil, entre setembro e outubro deste ano, aponta que 65 milhões de brasileiros usam redes sociais --cerca de um terço da população--, dos quais 84% têm conta no Facebook.
  • Vote: com qual perfil você se identifica mais?

  • O estudo também traçou um perfil desses internautas, dividindo-os entre as categorias "arroz de festa", os mais ativos (30% de todos os usuários de redes sociais); "do contra", politizados que reclamam de tudo o que veem na rede (27%); "hooligans", pessoas que falam quase só sobre futebol (22%); "maricotas", que dão preferência aos temas autoajuda e novela (21%).
"Demo-nos uma licença poética para denominar os perfis, mas nós chegamos a eles usando um método científico", diz Davi Bertoncello, presidente-executivo da Hello Research, firma de análise mercadológica responsável pelo estudo.
Bertoncello diz que, após as entrevistas --presenciais-- terem sido realizadas, os resultados são analisados para buscar comportamentos comuns, o que envolve gênero, idade, faixa de renda e a frequência de uso e de postagem.
"Não significa que você está 100% do tempo se comportando como um pertencente da mesma categoria, mas sempre se encaixa em alguma delas."
Vivem na região Sudeste 55% dos brasileiros que usam redes sociais, enquanto 20% são do Nordeste, 12% do Sul, 7% do Norte e 6% do Centro-Oeste, segundo o levantamento.
Ilustração Pablo Mayer
Uso de redes sociais chega a um terço dos brasileiros, diz estudo
Uso de redes sociais já chega a um terço dos brasileiros
ARROZ DE FESTA
As pessoas enquadradas como "arroz de festa", que podem também ser chamadas de "heavy users" dado o frequente uso dos sites --mais de uma vez por dia--, dão palpites em todos os tipos de assunto.
Costumam compartilhar conteúdos de que gostam, em vez de somente curtir. Pode pertencer a qualquer classe social, ser homem ou mulher.
DO CONTRA
Já os "do contra" apagam ou bloqueiam um contato quando ele posta algo que desagrada. Não publicam conteúdo nas redes, pertencem às classes socioeconômicas A e B e têm entre 31 e 50 anos.
Apesar de acessarem pouco as redes, comentam veementemente posts que não são de seu gosto. O assunto preferido é trabalho, e o mais inoportuno é sexo.
HOOLIGANS
Homens que falam abertamente nesses sites sobre piadas, sexo e, principalmente, futebol, encaixam-se na categoria dos "hooligans", como são denominados alguns dos torcedores de futebol ingleses agressivos.
Quando pessoas classificadas dessa maneira veem algo aprazível, clicam no botão "curtir", e compartilham mais raramente que os "arroz de festa".
Valentin Flauraud/Reuters
Brasileiros se dividem em quatro grupos no Facebook
Pesquisa: Brasil se divide em quatro grupos no Facebook
MARICOTAS
O último grupo, formado pelas "maricotas", é um "verdadeiro 'clube da luluzinha' digital". Nunca fala sobre política, mas sempre sobre novela --em parte porque "conta com a presença de muitas donas de casa", como definiu Stella Mattos, diretora de contas da Hello Research, por meio de comunicado à imprensa.
No geral, as "maricotas" são comentaristas assíduas --e não perdem a oportunidade de dar um pitaco. Quando se deparam com material desagradável, comentam indignadas. Dificilmente curtem ou compartilham conteúdo.
MSN E ORKUT RESISTEM
Entre os cerca de 55 milhões de usuários do Facebook que há no Brasil, segundo o levantamento, 67% deles ainda usam o MSN, serviço de mensagens instantâneas que vai ser descontinuado no ano que vem.
Outro serviço considerado um dinossauro digital, o Orkut (do Google) segue sendo acessado por 55% dos que estão no Facebook.
A outra empreitada do gigante das buscas no mundo social, o Google+, foi utilizada por apenas 12% dos brasileiros com perfil no Facebook.


LEIA TEXTO NO INFOATIVO.DEFNET - 
A questão da criação de terminologias ou ''tipos'' pelas mídias é muito antigo - veja em

VULNERAÇÃO E MÍDIA NO COTIDIANO DAS DEFICIÊNCIAS http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/04/vulneracao-e-midia-no-cotidiano-das.html



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