Menina de 11 anos com síndrome de down vai participar da São Silvestre
Debaixo de chuva ou sol, Ana Luíza Pereira, de 11 anos, já se prepara para participar da corrida, ajudada pelo pai e contando com o apoio do irmão
Por Thiago FidelixMogi das Cruzes, SP
Quem define limites? Quem sabe até onde uma pessoa pode chegar? São respostas que dependem de cada um e o impossível está na cabeça dos outros. Ana Luíza, com 11 anos, prova que os obstáculos existem para serem vencidos. A menina tem síndrome de down e, pelo segundo ano consecutivo, participa da Corrida de São Silvestre. O gosto pelo esporte surgiu ao ver o pai, Norberto Pereira, competir em diversas provas no estado de São Paulo.
Professor de educação física e dono de academia em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo, Norberto sempre levou uma vida voltada ao esporte. A rotina de treinos e exercícios desenvolveu o mesmo desejo na filha. E aos nove anos ela surpreendeu a todos.
- Eu não estava esperando, mas ela pediu para correr comigo. Eu não sabia o que fazer, mas senti que era minha obrigação atender à vontade dela – disse o pai.
O limite para um portador de síndrome de down geralmente é estipulado pelos outros, e Ana Luíza mostra que as barreiras estão na cabeça de quem as veem. Com tranquilidade e inocência de uma criança, sem saber, carrega uma bandeira contra o preconceito.
- Quando treinamos pelas ruas de Mogi das Cruzes, temos que fazer isso com carro de apoio. Os outros motoristas passam xingando, buzinando e muitas vezes olham como se estivessem se perguntando: “Por que ela está fazendo isso?”. Eles não respeitam. Por outro lado, minha filha está se tornando um exemplo para muitos que correm.
Professor de educação física e dono de academia em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo, Norberto sempre levou uma vida voltada ao esporte. A rotina de treinos e exercícios desenvolveu o mesmo desejo na filha. E aos nove anos ela surpreendeu a todos.
- Eu não estava esperando, mas ela pediu para correr comigo. Eu não sabia o que fazer, mas senti que era minha obrigação atender à vontade dela – disse o pai.
O limite para um portador de síndrome de down geralmente é estipulado pelos outros, e Ana Luíza mostra que as barreiras estão na cabeça de quem as veem. Com tranquilidade e inocência de uma criança, sem saber, carrega uma bandeira contra o preconceito.
- Quando treinamos pelas ruas de Mogi das Cruzes, temos que fazer isso com carro de apoio. Os outros motoristas passam xingando, buzinando e muitas vezes olham como se estivessem se perguntando: “Por que ela está fazendo isso?”. Eles não respeitam. Por outro lado, minha filha está se tornando um exemplo para muitos que correm.
Ana Luíza e Norberto participaram de uma das corridas realizadas em Mogi, em 2009. Durante a prova, eles receberam várias palavras de incentivo. Um dos apoiadores acabou sendo contagiado pela força da dupla.
- Ele gritava para nós não desistirmos no começo dos 15km, e no final encontramos com ele e o cara estava mais cansado. Quando nos viu, ele disse que não tinha incentivo maior do que a gente, se nós não desistimos, ele deveria seguir firme até o final - contou Norberto.
Todo a competição fica emocionante quando Ana está correndo. Os participantes e o público ficam em êxtase quando olham aquela menininha com um sorriso no rosto completando a prova.
- Eu fico emocionado. Muitos olham diferente para minha irmã. Nós todos somos iguais. Quando ela passa o clima da corrida muda, muitos choram e outros ficam com um sorriso e, por um momento, esquecem a competitividade – disse o irmão João Vitor, de 16 anos, que vai correr ao lado da irmã pela primeira vez na São Silvestre.
- Ele gritava para nós não desistirmos no começo dos 15km, e no final encontramos com ele e o cara estava mais cansado. Quando nos viu, ele disse que não tinha incentivo maior do que a gente, se nós não desistimos, ele deveria seguir firme até o final - contou Norberto.
Todo a competição fica emocionante quando Ana está correndo. Os participantes e o público ficam em êxtase quando olham aquela menininha com um sorriso no rosto completando a prova.
- Eu fico emocionado. Muitos olham diferente para minha irmã. Nós todos somos iguais. Quando ela passa o clima da corrida muda, muitos choram e outros ficam com um sorriso e, por um momento, esquecem a competitividade – disse o irmão João Vitor, de 16 anos, que vai correr ao lado da irmã pela primeira vez na São Silvestre.
Atualmente, Norberto leva Ana Luíza em uma cadeira feita para corrida, mas o começo não foi assim.
- Ela não precisa de cadeira de rodas no dia a dia. Então, quando eu decidi correr com ela, tive que arranjar uma cadeira que não era adaptada para isso. Conseguimos fazer várias provas durante o ano, mas eu sempre sentia dores nas costas. Nesta São Silvestre vamos correr melhor – afirmou.
Tempo de prova para eles é um detalhe. Recorde ou velocidade não importa. A família quer correr. Como a própria Ana Luíza diz: o pai a leva em uma carruagem. Brincando, ela ultrapassa barreiras e está cada vez mais envolvida socialmente.
- Ela não precisa de cadeira de rodas no dia a dia. Então, quando eu decidi correr com ela, tive que arranjar uma cadeira que não era adaptada para isso. Conseguimos fazer várias provas durante o ano, mas eu sempre sentia dores nas costas. Nesta São Silvestre vamos correr melhor – afirmou.
Tempo de prova para eles é um detalhe. Recorde ou velocidade não importa. A família quer correr. Como a própria Ana Luíza diz: o pai a leva em uma carruagem. Brincando, ela ultrapassa barreiras e está cada vez mais envolvida socialmente.
- Não sei onde isso vai parar. Vou com ela até quando eu puder. Acho que no futuro ela vai correr sozinha, tudo vai depender dela!
FONTE - http://globoesporte.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2012/12/menina-de-11-anos-com-sindrome-de-down-vai-participar-da-sao-silvestre.html
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