sexta-feira, 31 de maio de 2013

MULHERES/GRAVIDEZ DE ALTO RISCO - Ministério da Saúde investe em serviços especializados para 390 mil mulheres

Saúde amplia assistência à gestação de alto risco

Ministério lança a Portaria 1.020 que amplia a assistência à Gestantes de Alto Risco e Bebês em situações especiais - Investirá 123 milhões por ano para implantação e qualificação dos serviços especializados.
Brasília – O Ministério da Saúde informou que vai investir na ampliação e na qualificação de serviços especializados em atendimento a gestantes que passam por gravidez de alto risco. A portaria que amplia a oferta de maternidades e garante atendimento às gestantes e aos bebês foi publicada hoje (31) no Diário Oficial da União. A estimativa é que sejam investidos R$ 123 milhões ao ano e que 390 mil grávidas sejam beneficiadas.
O ministério informa que existem 196 maternidades de referência em gestação de alto risco habilitadas pelo governo. Com a portaria, a expectativa é que o número chegue a 390, enquanto o número de leitos qualificados atinga 2.885 até 2014. As maternidades habilitadas para alto risco tipo 1 (menor complexidade) e alto risco tipo 2 (maior complexidade) vão receber valores diferenciados por cada procedimento - partos e cesarianas em gestação de alto risco.
O texto prevê o repasse de incentivos por cada leito obstétrico classificado como de alto risco. Os leitos reservados para atendimento de alto risco vão receber incentivo de R$ 220 por diária, enquanto os novos leitos obstétricos habilitados receberão R$ 220 de incentivo mais R$ 260 correspondentes aos procedimentos diferenciados.
Outra ação de que trata a portaria é sobre o dinheiro para a implantação, a ampliação, a reforma e o custeio das chamadas Casas da Gestante, Bebê e Puérpera, espaços vinculados às maternidades de alto risco. Segundo o ministério, em 2012, foram aprovados 33 projetos para implantação de unidades no país, sendo 14 para construção, dois para reforma e 17 para ampliação. Do total, 18 casas devem estar em funcionamento até o fim de 2014.
De acordo com o governo, são consideradas gestantes com gestação de alto risco as mulheres com doenças que podem se agravar durante a gestação ou com problemas desencadeados neste período, como hipertensão, diabetes, infecções, doenças do coração e do aparelho circulatório.
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quinta-feira, 30 de maio de 2013

CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA/VULNERAÇÃO - Relatório da UNICEF constata o risco de maus-tratos mais alto

Crianças com deficiência têm maior chance de serem vítimas de violência 

Crianças com deficiência têm probabilidade três ou quatro vezes mais alta de serem vítimas de violência, revelou um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Unicef, o fundo das Nações Unidas para a infância.

(imagem - foto da capa do Relatório da UNICEF sobre a Situação da Infância no mundo em 2013, com três crianças vestidas com uniformes azuis, sendo a do meio uma criança com deficiência, tirada de uma fila de alunos na Síria, © uniCef/HQ2007-0745/noorani  do site da Unicef)

O relatório "Situação Mundial da Infância 2013: Crianças com deficiência" constatou que a incidência e o risco de maus-tratos é maior em crianças com deficiência do que em seus pares sem deficiência.
As estimativas foram baseadas na primeira revisão sistemática de estudos existentes sobre violência contra crianças com deficiência (com 18 anos ou mais) realizada por equipes da Universidade John Moores, de Liverpool, na Inglaterra, e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No total, 17 estudos, todos de países de alta renda, atenderam aos critérios de inclusão para o levantamento.
Segundo os pesquisadores, as estimativas sobre prevalecência de violência contra crianças com deficiência variaram de 26,7%, para medidas combinadas de violência, a 20,4%, para violência física, e 13,7%, para violência sexual.
Já, em relação ao risco, o documento assinala que crianças com deficiência têm 3,7 mais chances de serem submetidas a medidas combinadas de violência, 3,6 maior probabilidade de serem vítimas de violência física e 2,9 vezes de sofrerem algum tipo de abuso sexual.
Segundo o documento, também houve indícios, ainda que não conclusivos, de que o tipo de deficiência afetaria a incidência e o risco da violência.

Estresse e exclusão

Entre os motivos para a maior incidência e o maior risco de violência em crianças com deficiência está o estresse dos genitores ou das famílias quanto aos cuidados que elas demandam.
Outro fator de risco, segundo o relatório, é que muitas dessas crianças são colocadas sob cuidados institucionais, o que aumenta o risco de abusos físicos e sexuais.
Além disso, crianças com dificuldades de comunicação ficam mais vulneráveis à violência, uma vez que a limitação pode prejudicar sua capacidade de denunciar experiências abusivas.
O estudo também diz que as crianças com deficiência são as menos propensas a receber cuidados de saúde ou ir à escola.
Como resultado, a Unicef alerta que as crianças com deficiências "estão entre as pessoas mais marginalizadas no mundo".
De acordo com o relatório, a exclusão começa nos primeiros dias de vida, com o não registro do nascimento. Na falta de reconhecimento oficial, elas são cortadas dos serviços sociais e das proteções legais, cruciais para a sua sobrevivência e perspectivas.
"Para que as crianças com deficiência sejam levadas em conta, elas devem ser contadas – ao nascer, na escola e na vida", afirma Antony Lake, diretor-executivo da Unicef.

Dados imprecisos

Segundo o estudo, o apoio e a ajuda às crianças e suas famílias esbarram na falta de dados precisos sobre o número de crianças com deficiência; o tipo de deficiência e como a deficiência afeta a sua vida.
Sem tais informações, poucos governos têm um marco confiável para a alocação de recursos no tratamento dessas crianças, acrescenta a pesquisa.
Além disso, cerca de um terço dos países ainda não ratificaram a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, caso dos Estados Unidos, que apenas assinaram o documento (O Brasil o ratificou em 2008).
No relatório, a Unicef faz um apelo aos governos para que cumpram as promessas de garantir a igualdade de direitos para todos os cidadãos – incluindo suas crianças mais excluídas e vulneráveis.
O Brasil, no entanto, é citado pela Unicef entre os países que vêm adotando iniciativas de proteção social que incluem transferência monetária às crianças com deficiência.
Segundo dados do IBGE, existem no país 24,6 milhões de pessoas com deficiência, sendo 1,9 milhão de crianças e adolescentes.
PARA LER A MATÉRIA DA UNICEF - VEJA A CRIANÇA ANTES DE VER A DEFICIÊNCIA - http://www.unicef.org/brazil/pt/media_25543.htm
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VULNERAÇÃO E MÍDIA NO COTIDIANO DAS DEFICIÊNCIAS http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/04/vulneracao-e-midia-no-cotidiano-das.html

quarta-feira, 29 de maio de 2013

PSICOLOGIA/VIRTUALIDADE - Universidade do Sul da Califórnia inventa um ''psicólogo'' virtual

Universidade americana cria ‘psicólogo virtual’

O Instituto para Tecnologias Criativas, da Universidade do Sul da Califórnia, é pioneiro na criação de humanos virtuais. E o resultado pode ajudar pessoas que precisam de um ombro amigo.

(Imagem - a reprodução de uma tela de computador com uma representação de uma mulher, desenhada, em uma poltrona com as mãos cruzadas, imitando a pose e postura de uma psicóloga)
A terapeuta virtual senta em uma grande poltrona, movendo-se levemente e piscando naturalmente, aparentemente esperando que eu fique confortável diante da tela de TV.
"Olá, eu sou a Ellie", diz ela. "Obrigada por vir.
Ela ri quando digo que ela é um pouco assustadora e logo começa a fazer perguntas, para saber de onde eu vim e onde estudei.
"Não sou uma terapeuta, mas estou aqui para aprender sobre as pessoas e adoraria saber mais de você", diz ela. "Tudo bem?"
A voz de Ellie é suave e calmante, e, à medida que faz perguntas cada vez mais pessoais, eu começo a responder como se falasse com uma pessoa real, e não uma imagem gerada por computador.

Linguagem corporal

"Como você está controlando seu temperamento?", questiona. "Quando foi a última vez que entrou em uma discussão?"
A cada resposta, eu estou sendo assistido e estudado em detalhes por um mero sensor de jogos e uma webcam.
A forma como sorrio, o movimento dos meus olhos, o tom da minha voz e a minha linguagem corporal estão sendo registrados e analisados por um sistema informatizado, que informa Ellie quanto à melhor maneira de interagir comigo.
"Modo Mágico de Oz" é como o pesquisador Louis-Philippe Morency descreve esse experimento acadêmico.
Numa sala ao lado, sua equipe controla o discurso de Ellie, mudando sua voz e sua linguagem corporal para tirar o máximo da conversa comigo.
Pessoas de verdade respondem diariamente às perguntas de Ellie como parte da pesquisa do Instituto para Tecnologias Criativas (ICT na sigla em inglês), e o computador está pouco a pouco aprendendo como reagir em cada situação.

Terapia remota

A máquina está aprendendo a se humanizar e a responder a sinais emitidos por pacientes, como fariam os médicos.
Em breve, Ellie conseguirá funcionar sozinha. Isso abre uma enorme oportunidade para sessões remotas de terapia, usando o conhecimento fornecido por alguns dos mais importantes psicólogos do mundo.
Mas Morency não gosta do termo "psicólogo virtual" e não acredita que seu método possa um dia substituir as sessões com terapeutas reais.
"(A novidade) é mais um assistente para o profissional, da mesma forma que você tira uma amostra de sangue cuja análise é enviada ao médico", diz ele.
O sistema foi projetado para identificar sinais de depressão ou estresse pós-traumático, algo particularmente útil no tratamento de soldados e veteranos de guerra.
"Buscamos respostas emocionais ou mesmo a falta de uma resposta emocional", prossegue Morency. "Agora, temos formas objetivas de medir o comportamento das pessoas, então esperamos que (o programa) possa ser usado para traçar diagnósticos mais precisos."

Militares

O software permite que um médico acompanhe o progresso do paciente ao longo do tempo, comparando sessões por parâmetros científicos.
"Nosso problema, sobretudo com a atual crise de saúde mental no Exército (dos EUA), é que não temos atendentes suficientemente treinados para lidar com o problema", afirma Skip Rizzo, diretor-associado de realidade virtual médica do ICT.
"(O software) não é um substituto para um atendente real, mas pode ajudar a preencher lacunas e ajudar pessoas a obter o tratamento que necessitam."
O centro trabalha em colaboração com militares americanos, que, envolvidos nas longas guerras do Iraque e do Afeganistão, têm de lidar com centenas de milhares de soldados adoecidos por algum tipo de estresse pós-traumático.
"Existe um tabu (entre soldados), que muitas vezes hesitam em falar de seus problemas", diz Rizzo. Um aconselhamento virtual talvez alivie essa relutância.

Comportamento

O laboratório inteiro está fazendo experimentos com humanos virtuais, mesclando diversas tecnologias e disciplinas, como captação de movimento e reconhecimento facial.
Morency é premiado por seu trabalho em relacionar psicologia e movimentos faciais.
"Pessoas ansiosas tendem a mexer mais com suas mãos; pessoas em dificuldades geralmente têm um sorriso mais curto e de menor intensidade. Pessoas deprimidas desviam o olhar" explica ele.
Não é fácil fazer imagens gráficas parecerem humanas, mas, quando se obtém um efeito crível, elas podem ser uma importante ferramenta de ensino e aprendizado. Nessa linha, o laboratório desenvolve diversos projetos para testar o limite e o potencial das interações virtuais.
No andar de baixo, experimentos criam hologramas em 3D de um rosto humano. E, em todo o edifício do instituto, projetos transitam entre os mundos real e imaginário.
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SEREMOS, NO FUTURO, CIBORGUES? Para além de nossas deficiências humanas http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/02/seremos-no-futuro-ciborgues-para-alem.html

CÉLULAS TRONCO/PESQUISA - No RS experiência feita em cobaias teve êxito no tratamento de nervos e tecidos

Pesquisa brasileira prova que células-tronco são capazes de reconstruir órgãos

Experiência do RS foi feita em animais e teve 50% de êxito no tratamento de tecidos e nervos

JBrasil Maria Luisa de Melo



Uma pesquisa genuinamente brasileira, que teve seus resultados concluídos esta semana, revelou que a chance de regeneração de tecidos, órgãos e cartilagens por meio de células-tronco chega a 50%. O trabalho foi desenvolvido pela estudiosa Patrícia Pranke, coordenadora do Laboratório de Hematologia e Células-Tronco da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O trabalho foi feito junto com outros 20 pesquisadores.
Conforme explicou Patrícia, o objetivo do trabalho desenvolvido nos últimos anos foi investigar qual a probabilidade da regeneração de vasos e nervos usando a nanotecnologia. Os testes foram feitos em porcos que tiveram os focinhos e a faringe lesionados. Ambas as partes do corpo foram reconstruídas com a técnica em 50% dos animais.
Os resultados, segundo a pesquisadora, apontam que há grandes chances de reconstruções de órgãos humanos. Assim, testes em humanos devem ser realizados nos próximos meses. Há grande expectativa da equipe de pesquisadores da UFRGS de que os resultados verificados nos animais sejam os mesmos em humanos. Assim, há chance da técnica ser adotada na rede de saúde do Brasil.
"Com o bom resultado que notamos nos animais, vamos começar a testar a técnica em humanos. No caso dos bichos, a pesquisa mostrou que a técnica é perfeitamente capaz de refazer a laringe, por exemplo. Ou seja, em casos de laringectomia para tratamento de câncer, há uma chance de reconstrução através das células-tronco. Isso é muito positivo para os pacientes brasileiros", destaca a pesquisadora.
Barateamento para rede pública
Apesar de a pesquisa ainda não ter sido feita em humanos, os pesquisadores já falam em usar a técnica em larga escala, na rede pública de saúde de todo o Brasil.
"Tudo depende dos testes que temos nos próximos meses, com humanos. Mas a nossa expectativa é de que o trabalho seja levado para o maior número de pessoas possível. Tudo depende também da matéria prima a ser usada. A base desta técnica são os polímeros (tipo de resina). Podemos usar polímeros mais baratos ou mais caros. Ainda estamos pesquisando quais as melhores matérias-primas", pontua Patrícia. 

SURDOS/TECNOLOGIAS - Procuram-se voluntários para testa aplicativo para comunicação por telefone

Em PE, projeto testa software para surdos que converte SMS em voz

Edital lançado nesta terça (28) busca 621 voluntários para avaliar programa.
Aplicativo permite que deficiente auditivo possa se comunicar por telefone.

Software transforma mensagem de texto do surdo em voz, para comunicação ao telefone (Foto: Divulgação)
*(imagem de divulgação - um teclado com uma imagem escrito SOFTEX  Recife, com um campo aberto escrito acima Conectado ao Serviço Fone Fácil)

Um projeto está convocando 621 voluntários para testar um software que transforma mensagens de texto em voz e vice-versa, para que surdos possam se comunicar por telefone. Os interessados em participar deverão preencher os requisitos no edital, disponível neste link ( . O material, lançado nesta terça-feira (28), faz parte do projeto Nambiquara Audição Digital, desenvolvido pelo governo do estado

"O programa tem um prazo de dois anos para conseguir os voluntários, para que a gente possa ajustar todos os defeitos do sistema, que já é usado experimentalmente por 50 surdos há mais de três anos, e assim o sistema poder ser lançado comercialmente", explicou o gestor de inovação da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Alexandre Stamford.
O governo investiu R$ 320 mil para o desenvolvimento do software. Os selecionados irão receber um aparelho smartphone com o sistema implantado com tradutor de voz. Como o software permite que até 3 mil usuários participem simultaneamente, outros 2.379 deficientes auditivos que possuam aparelho compatível com o sistema operacional Android 2.2 ou superior também poderão participar do projeto, além dos 621 voluntários.
"O programa direciona ao um servidor, que recebe o texto do surdo e transforma a mensagem em voz", explicou Stamford. A pessoa do outro lado da linha responde e o sistema converte a voz dela em mensagem de texto, para que o surdo possa entender.
O gestor da  Secretaria de Ciência e Tecnologiaavalia acredita que, pelos teste anteriores realizados pelos deficientes auditivos, o principal desafio do sistema é a transformação fiel da voz em mensagem de texto. "O problema é calibrar o tradutor de voz para texto, pois cada um tem uma maneira de falar; há pessoas que possuem voz fina, outras têm voz grossa, e isso dificulta no reconhecimento de padrões", argumentou.
A entrega dos documentos dos interessados em participar do projeto deve ser feita até 15 dias úteis depois do lançamento do edital, à Comissão Especial de Seleção e Credenciamento, na Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência, na Rua João Ivo da Silva nº 342, Madalena, Zona Oeste do Recife,  das 9h às 17h. O programa é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

terça-feira, 28 de maio de 2013

SÍNDROME DE DOWN/INCLUSÃO ESCOLAR - Jovem curitibana com Down ganha prêmio em concurso de redação

ALUNA COM SÍNDROME DE DOWN GANHA PRÊMIO EM CONCURSO DE REDAÇÃO

Menina tem 11 anos  e estuda em escola particular de Curitiba.  Ela ganhou um prêmio especial na categoria  superação.

Uma estudante com Síndrome de Down de uma escola particular de Curitiba venceu um concurso nacional de redação infantil. Com o apoio dos professores e dos colegas de classe, Camila Manzolli, de 11 anos, redigiu um texto sobre a própria história.

"Foi um processo bem difícil, mas foi bem legal trabalhar com ela. Eu ia levantando algum tema, mas ela mesma construía as frases e no final ficou bem bacana a história", explica a professora Giovana de Bassi. Dentre os assuntos descritos na redação, Camila fez questão de lembrar quando ganhou uma medalha de ouro nas paraolimpíadas na categoria de ginástica. O texto surpreendeu os organizadores do concurso, que criaram um prêmio específico para a garota na categoria superação.
O troféu foi entregue durante uma solenidade no Museu de Arte Moderna, em São Paulo. A mãe, Liziane Manzolli, contou que se sentiu orgulhosa da filha após mais uma conquista. "É muita emoção, eu jamais imaginaria", afirma a mãe, que completa e diz que o reconhecimento é só o começo das conquistas que ainda estão por vir. Quando crescer, Camila conta que quer ser professora.
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CARTA A UM JOVEM COM SÍNDROME DE DOWN NA UNIVERSIDADEhttp://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/02/carta-um-jovem-com-sindrome-de-down-na.html

segunda-feira, 27 de maio de 2013

ANENCEFALIA/ABORTAMENTO - Ainda permanecem algumas barreiras, dizem os médicos e a bioética

Um ano após decisão do STF, aborto de anencéfalos esbarra em entraves

Paula Adamo Idoeta

Passado um ano desde que o Supremo Tribunal Federal autorizou o aborto em casos de gravidez de fetos anencéfalos (sem cérebro), pacientes brasileiras estão tendo acesso mais fácil ao procedimento, mas ainda há importantes deficiências a serem resolvidas, dizem médicos consultados pela BBC Brasil.
Foto: PA
(imagem - foto de divulgação com uma mulher grávida com a mão sobre a sua própria barriga)
A decisão do STF – tomada em abril de 2012 e detalhada no mês seguinte em resolução do Conselho Federal de Medicina – tem forte oposição de grupos religiosos, que a veem como um retrocesso das garantias do direito à vida.
Antes, mulheres grávidas de fetos sem cérebro tinham de pedir à Justiça autorização para interromper a gestação, algo que podia ou não ser concedido pelo juiz.
"Em São Paulo, isso poderia levar de uma semana a dois ou três meses", afirma o ginecologista Cristião Rosas, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Atualmente, esse período foi reduzido a dias, caso a mulher decida pelo procedimento.
"Mas a rapidez não vem em primeiro lugar", complementa o ginecologista Thomaz Gollop, coordenador de um grupo de estudos sobre o aborto. "A paciente deve receber orientação psicológica e ter tempo de amadurecer (sua decisão)."

Informações

A gravidez de anencéfalos é considerada de alto risco, porque o feto fica em posição anormal e há o perigo de acúmulo de líquido no útero, descolamento de placenta e hemorragia. E não há perspectivas de longa sobrevivência para o feto, que em muitos casos morre durante a gestação.
Os médicos aguardam a publicação de uma norma técnica do Ministério da Saúde, com diretrizes claras sobre como os profissionais devem lidar com o tema. A norma está em fase final, mas não há data para sua publicação.
Enquanto isso, especialistas dizem que há desinformação, tanto entre pacientes quanto entre as próprias equipes de saúde; que os serviços que realizam o aborto (entre 50 e 60) são insuficientes; e que muitos profissionais alegam razões de foro íntimo para não informar as gestantes de seu direito ou mesmo para negar o procedimento.
"Ainda há (entre alguns médicos) a falsa ideia de que a interrupção é mais arriscada do que deixar a gravidez evoluir. E é ao contrário", explica Cristião Rosas. "Daí o médico posterga tanto que, quando a mulher chega ao hospital (para interromper a gestação), já está em situação de risco."

'Chorei tanto'

A dona de casa pernambucana Elisa (nome fictício), de 23 anos, descobriu estar grávida de um bebê anencéfalo no mês passado, seu quinto de gestação.
"Era uma menina, uma filha que eu desejei muito", diz Elisa. "Chorei tanto. Fiz de novo o ultrassom e o médico falou que eu poderia interromper a gravidez. Decidi interromper."
Mas o hospital procurado por Elisa, a 680 km de Recife, é dirigido por religiosos católicos, que negaram o procedimento. Elisa recorreu a uma prima, enfermeira em um hospital em Recife, onde a jovem fez a antecipação terapêutica do parto.
O Ministério da Saúde afirma que, diante da decisão do STF e sendo o Brasil um Estado laico, hospitais que se negarem a realizar procedimentos legais podem ser acionados na Justiça.
Já a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende o direito de médicos e entidades exercerem objeções de consciência.

Disparidades

Polêmicas à parte, para Thomaz Gollop, o direito ao aborto no caso de anencefalia está consolidado "por 21 anos de (emissão de) alvarás judiciários (autorizando a prática), algo sacramentado pela decisão do Supremo". Mas a ausência da norma técnica abre espaço para disparidades.
"O procedimento é rápido nos Estados onde existe o serviço legal (de aborto)", diz ele. "Não acredito que as mulheres estejam desassistidas. Mas não temos nenhuma mensuração."
Não há dados oficiais sobre os abortos legais de anencéfalos no Brasil nem sobre o impacto da decisão do Supremo.
Mas o médico Jefferson Drezzet, do hospital Pérola Byington – referência em saúde da mulher em São Paulo -, diz que a decisão do Supremo não fez aumentar o número de procedimentos.
"A anencefalia é uma doença cuja incidência obedece a uma constante. É diferente do aborto de gestações indesejadas. Portanto, não houve aumento de casos", diz.
"O que mudou é que as mulheres diagnosticadas não precisam passar pela torturante tarefa de ir a uma vara criminal por um pedido que podia ou não ser concedido."

Luto

A isso – e independentemente se a mulher decida fazer ou não o aborto - se soma um dolorido processo de luto, explica Drezzet.
"A mulher sente culpa, derrota. É uma situação emocionalmente difícil."
Elisa diz à BBC Brasil que ainda tem crises de choro quando pensa na filha que não teve.
"Todas as vezes que eu mexo nas coisinhas que comprei para ela, eu lembro e choro."
Dados globais indicam que a incidência de anencefalia é de em média 1 em cada 10 mil gestações, mas – por razões não totalmente compreendidas – o Brasil é um dos países com o maior número de casos. A prevenção é feita com a ingestão de ácido fólico antes da gestação, o que reduz consideravelmente os riscos, diz Drezzet.
Os médicos consultados dizem que, em meio à perda, é importante que a mulher não se sinta como culpada ou criminosa.
"Ela tem que saber que tem liberdade de decidir", diz Gollop.
Para Débora Diniz, pesquisadora da Anis (grupo de bioética que propôs a ação no Supremo), a decisão do STF acabou com a instabilidade jurídica antes enfrentada pelas mulheres.
Mas o tema está longe de consensos.
"Nos preocupa o modo como o Supremo decidiu pela não-vida do anencéfalo", diz à BBC Brasil Lenise Garcia, da comissão de bioética da CNBB. "Sua perspectiva de vida é pequena, mas ele só pode morrer porque está vivo. E a vida humana precisa ser resguardada até a morte."
Garcia relata histórias de mulheres que optaram por dar continuidade à gravidez de anencéfalos, os fetos sobreviveram mais do que o esperado e, até sua morte, "existiu uma interação de muito amor" entre mãe e filho.
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QUEM SÃO ELAS? O ABORTAMENTO ´POLÍTICO' DO ABORTO http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/10/quem-sao-elas-o-abortamento-politico-do.html


EDUCAÇÃO INCLUSIVA/PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Em Sorocaba 300 crianças estão na rede municipal em Inclusão Escolar

Educação inclusiva beneficia mais de 300 crianças da rede municipal

*(Imagem- fotografia colorida de uma criança com deficiência em sua cadeira de rodas, com um laptop à sua frente sobre uma mesa com um teclado adaptado, usado para pessoas com paralisias cerebrais, mielomeningocele ou déficits neuromotores, é auxiliado por uma professora que está em pé atrás de sua cadeira de rodas) 
Há pouco mais de um ano o pequeno Felipe chegou à EM "Hélio Rosa Baldy", do Jardim São Guilherme 3. Junto com as dificuldades e limitações impostas pela mielomeningocele (deficiências múltiplas), o garoto de 7 anos carregava o grande desejo de estudar, de aprender e conviver com outros garotos. Foi recebido pela professora Débora Cardoso Rodrigues, uma das especialistas em educação inclusiva da rede municipal, e sua vida começou a mudar.
Hoje, ele escreve e lê normalmente, não perde um só dia de aula e com ajuda da Sala de Recursos Multifuncionais consegue acompanhar os demais coleguinhas. A dedicação e força de vontade do menino para aprender deixam orgulhosa também a professora Adriana Gomes Traghetta Guidone, que trabalha com ele em classe. "Ele tem suas limitações e as vezes temos de adaptar tarefas para que consiga fazê-las, mas surpreende no desempenho", conta Adriana.
Aos 13 anos, Pedro conquistou o respeito e a admiração da equipe escolar e dos colegas da 8ª série da EM "Matheus Maylasky". A paralisia cerebral comprometeu por completo o movimento de seus membros inferiores e superiores, impedindo que possa se locomover ou escrever com as mãos. Com isso, para poder frequentar a escola, Pedro necessitava da ajuda permanente de uma auxiliar de educação que escrevia as lições passadas pela professora.
Sua vida começou a mudar no início do ano passado, quando recebeu um notebook e com esse equipamento ganhou a autonomia de poder estudar sozinho, fazer as lições. O nariz substitui os dedos para a digitação, enquanto o queixo controla o mouse. Seu desempenho nos estudos enche de orgulho não só a professora, Rosi Cruz Alexandre, a auxiliar Vilma Bombardelli, que o acompanha em classe, como também os demais educadores.
Inclusão é realidade
Pedro e Felipe estão entre as 328 crianças com deficiências, que frequentam a escola e estudam normalmente, graças ao trabalho desenvolvido em parceria pela equipe multidisciplinar do Centro de Referência em Educação (CRE), com gestores das unidades escolares e os professores que atuam no ensino regular nas escolas municipais. A secretária municipal da Educação, Dulcina Guimarães Rolim, ressalta o trabalho dos profissionais do CRE, que garante a essas crianças e adolescentes não só frequentar a mesma classe, mas acompanhar o mesmo nível de desenvolvimento dos demais alunos.
Moradora no Jardim Santa Cecilia, Zona Norte de Sorocaba, Cristiane Queiroz de Jesus, vibra a cada avanço, a cada conquista do filho Felipe. "Antes era difícil, ele queria ir à escola, mas não podia, porque não desenvolvia, não conseguia acompanhar, ficava triste. Hoje ele é alfabetizado, é outra criança. Tem até facebook para conversar com os amiguinhos", revela feliz.
Já Ezoil Benitez conta que o computador portátil se tornou as mãos e o caderno, um instrumento essecial na vida do filho Pedro. Graças ao equipamento cedido pelo Centro de Referência em Educação, pode fazer as lições e tirar boas notas, às vezes, superior aos demais alunos da classe. "Tratamos normalmente e exijo sempre boas notas dele na escola", afirma Benitez.
 Escolas preparadas
 Atualmente, são 29 escolas municipais equipadas e preparadas, que contam com o suporte da Sala de Recursos, criadas pelo Centro de Referência em Educação. Consiste na realidade em um espaço dotado de equipamentos voltados à acessibilidade, onde crianças que apresentam alguma deficiência podem estudar normalmente e o que é melhor, aprender ao lado das outras. Assim como Débora, outras 9 professoras do município fizeram o curso Atendimento Educacional Especializado (AEE), desenvolvido pelo Ministério da Educação.
Além dos alunos da EM "Hélio Rosa Baldy", Débora atende também 14 crianças de unidades de bairros vizinhos. Juntamente com os profissionais do Centro de Referência (fisioterapeutas, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores), entre outros, é estabelecido um plano de atendimento para cada aluno, respeitando suas dificuldades e habilidades.
As vezes demanda a aquisição de equipamentos diferenciados para que a criança tenha condições de estudar, como é o caso de Pedro. Pode ser uma cadeira especial, uma cadeira de rodas, uma mesa, um computador com configuração diferente ou utensílios. Toda essa preocupação é para que o mesmo trabalho aplicado aos demais alunos, possa ser acompanhado por aquele que tem alguma deficiência. "Essa é uma das ações do Centro de Referência que busca uma educação de qualidade na perspectiva inclusiva", afirma Miriam Rosa Torres de Camargo, responsável pelas Salas de Recurso Multifuncional.
 Trabalho diferenciado atende 328
 Funcionando na rede municipal desde 2010, as Salas de Recursos foram responsáveis por mais de 10 mil atendimentos só em 2012. Atualmente, são 328 crianças e jovens do ensino infantil, fundamental I e II, ensino médio e EJA, beneficiadas com esse trabalho diferenciado, realizado por profissionais especializados. "A inclusão é o melhor caminho. Aprender com as outras crianças, observar os demais alunos pode mudar a vida dessa criança e da escola toda", afirma a professora Débora.
Na rede municipal de ensino, a inclusão esteve sempre presente, porém a partir de 2009 por meio das ações da equipe multidisciplinar e dos programas desenvolvidos pela Secretaria da Educação, os alunos com necessidade educacional passaram a receber, por meio das salas de recursos multifuncionais, o apoio que é essencial para o seu desenvolvimento escolar no ensino regular. A rede foi dividida em setores, visitados regularmente pelas equipes, que trabalham individualmente cada aluno e com isso garantindo não só a frequência a sala de aula, mas também o aprendizado.
Além da capacitação contínua, professores que trabalham com esses alunos, recebem apoio integral dos profissionais do CRE, especialistas como: pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeuta, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, que atuam em sintonia com os educadores (professores, diretores, coordenadores e supervisores).

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DIREITOS HUMANOS COMO QUESTÃO PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/05/imagem-publicada-uma-foto-de-tres.html

domingo, 26 de maio de 2013

AUTISMO/TEMPLE GRANDIN - Ela afirma sobre a diferença de um cérebro autista

"Autismo é parte de mim, mas não me define", diz a cientista Temple Grandin

RODOLFO LUCENA

Temple Grandin, que tem autismo e pesquisa sobre o comportamento animal
(imagem- fotografia colorida de Temple Grandin, à direita, com uma camisa de cores vermelha e branca, típica das que gosta de usar, acariciando um belo cavalo, à esquerda, 
foto de divulgação da matéria)

O melhor tratamento para as crianças autistas é descobrir seus pontos fortes e desenvolver essas habilidades, de modo que elas possam vir a ter uma vida independente e garantir o próprio sustento.

Essa é a mensagem de Temple Grandin, 65, uma das mais reconhecidas autoridades em autismo no mundo, que acaba de lançar nos EUA o livro "The Autistic Brain: Thinking Across The Spectrum" (O cérebro autista: pensando através do espectro).

No livro, ela mostra evidências de que o cérebro dos autistas é fisicamente diferente e diz que isso deve ser levado em consideração na identificação e no tratamento de pessoas com o distúrbio.

Também discute as definições de autismo na nova edição da chamada "bíblia" da psiquiatria, o DSM (Manual de Estatísticas de Diagnósticos), cuja versão mais recente foi lançada nos EUA.

A nova edição elimina as diversas classificações de autismo e as junta numa categoria só com diferentes graus de severidade.

Mas, principalmente, Grandin procura mostrar como pensam os autistas e como eles podem ser orientados. Ela mesma autista, inventou uma "máquina de abraçar", que a ajudava a controlar a ansiedade provocada por sua condição.

Cientista especializada em comportamento dos animais, sua história virou um filme ("Temple Grandin", de 2010), que ganhou prêmios em penca, inclusive sete Emmy.

"O autismo é parte de quem eu sou", escreve ela. "Mas não vou permitir que ele me defina. Sou uma expert em animais, professora, cientista, consultora."

Foi de seu escritório na Universidade do Estado do Colorado, onde dá aulas e realiza pesquisas, que ela concedeu por telefone esta entrevista à Folha.

Folha- Qual sua avaliação da nova definição de autismo estabelecida no novo manual de psiquiatria, o DSM-5?
Temple Grandin - Alguns indivíduos não vão mais ser considerados autistas depois das novas definições. Elas terão impacto também sobre o acesso que essas pessoas têm ao seguro de saúde. O diagnóstico é todo baseado em análise do perfil de comportamento da pessoa. Não são levados em consideração os conhecimentos que temos sobre o cérebro dos autistas.

Seu novo livro trata do cérebro dos autistas. Em que ele é diferente?
As ligações são diferentes, meu cérebro é diferente do cérebro de um neurotípico [pessoa sem o transtorno]. Não é culpa da mãe ou da educação, autistas nascem com diferenças físicas.

Como deve ser o tratamento das crianças com autismo na escola?
A educação deve levar em consideração as habilidades da criança, investindo nelas. Se a criança tem habilidade para as artes, vamos investir nisso. É preciso trabalhar com a criança para enfrentar suas dificuldades. Se ela tem problemas para se relacionar, é preciso ensinar aos poucos as habilidades sociais, ensiná-la a cumprimentar, a dar a mão. Se não consegue falar, é preciso atacar esse problema, uma palavra de cada vez, ou usar música.

Como os país podem saber se seu filho é autista?
Não é preciso fazer ressonância magnética do cérebro para identificar autistas ou crianças com problemas de desenvolvimento. Se uma criança chega aos três anos e ainda não consegue falar, existe algum problema.

Como a família pode ajudar a criança?
A melhor forma é ficar muito tempo com a criança, horas a fio, conversando com ela, tentando ensinar uma palavra, um gesto de cada vez. Avós são muitos boas para isso; em geral, têm tempo para se dedicar aos netos e habilidades pedagógicas.

Na escola, devem ser colocadas em classes especiais?
As crianças com autismo podem frequentar escolas comuns, mas os professores precisam saber que elas têm necessidades e habilidades especiais. Uma criança autista pode ser muito fraca na escrita, mas ótima com os números. Então, ela deve receber atendimento extra para aprender a escrever ou ler e ser incentivada a progredir naquilo em que for boa --no exemplo, pode passar adiante da classe em matemática.

O que precisa mudar no atendimento à criança autista?
Os educadores devem focar nas habilidades das crianças autistas, não só nas suas deficiências, para que elas tenham melhores condições de se integrar à sociedade. As crianças autistas devem ser incentivadas a se especializar em alguma atividade.
Quando eu estive na escola, sofri muito com as críticas e as gozações dos outros. Eu me refugiei no desenho, no trabalho com os animais. A atividade especializada é muito boa para os autistas: música, artes, robótica, seja o que for.

O que fazer para que os autistas possam ter uma vida independente?
É preciso entender que os autistas pensam diferente. Alguns pensam em padrões, outros por imagens. É preciso aproveitar isso para ajudá-los, para que possam contribuir com a sociedade. Mas é preciso ajudá-los.
Eu sugiro que, a partir dos 12 anos, as crianças recebam orientações e treinamento em áreas que possam lhes ser úteis para que venham a ter um emprego, seja atendendo em uma loja, seja trabalhando com animais ou qualquer outra coisa.

THE AUTISTIC BRAIN: THINKING ACROSS THE SPECTRUM
AUTORES Temple Grandin e Richard Panek
EDITORA Houghton Mifflin Harcourt
PREÇO US$ 9,17 em e-book na Amazon.com (256 págs.)

LEIAM TAMBÉM SOBRE OS AUTISMOS NO MEU BLOG INFOATIVO.DEFNET - 

A TERRA É AZUL e o AUTISMO TAMBÉM...http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/03/terra-e-azul-e-o-autismo-tambem.html

sábado, 25 de maio de 2013

SÍNDROME DE DOWN/CINEMA - Curta metragem venezuelano, Sonho Down, é premiado em Festival

Sueño Down triunfó como mejor cortometraje internacional

(imagem - foto colorida de três pessoas, o diretor Ignacio Márquezm conversa com os atores com Síndrome de Down, que são os primeiros atores com Down da Venezuela - fotode arquivo)

El cortometraje Sueño Down, de Ignacio Márquezm bajo la producción deCNAC Trampolín, Villa del Cine y Procine, fue reconocido con la Mención Especial Mejor Corto Internacional en la décimo quinta edición del Festival Corti Da Sogni de la ciudad de Ravenna, Italia.
El primer trabajo cinematográfico venezolano protagonizado por actores con síndrome de Down fue aclamado tanto por el jurado como por el público del festival, compuesto por alrededor de dos mil espectadoras y espectadores, informó un comunicado de prensa del despacho de Cultura.
Durante los cuatro días, el festival contó con una gran participación de público y cineastas. En particular, este año contó con la presencia de creadores de diversas partes del mundo como Nueva York, Caracas, El Cairo y Berlín, y un total de 90 cortos participantes.
Sueño Down, protagonizado por Carlos García de Castro y Alberto Sasson González, fue estrenado el pasado 2 de abril en la ciudad de Caracas y se proyectará en las salas comerciales del país como prólogo del largometraje Corpus Christi del director César Bolívar a partir del mes de agosto.
LEIA TAMBÉM SOBRE O TEMA NO MEU BLOG INFOATIVO.DEFNET - 

O VIGÉ"SS"IMO PRIMEIRO DIA - CINEMA E SÍNDROME DE DOWN http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/03/o-vigessimo-primeiro-dia-cinema-e.html


AOS MEUS “COLEGAS”, INTOCÁVEIS E INDEPENDENTES – O Cinema reverencia as Deficiências.http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/08/aos-meus-colegas-intocaveis-e.html

quinta-feira, 23 de maio de 2013

SÍNDROME DE DOWN/UNIVERSIDADE - Jovem baiana é diplomada em Biologia na Bahia (a conquista de uma vitória)

Baiana com Síndrome de Down é a primeira a concluir universidade no estado
Colação de grau está marcada para a próxima quinta-feira (23), em Vitória da Conquista
Amanda, Bahia (Foto: Arquivo Pessoal)
(foto de arquivo pessoal - e do convite de formatura de Amanda)

A jovem Amanda Amaral Lopes, de 24 anos, é a primeira pessoa com Síndrome de Down da Bahia a concluir curso de nível superior. A colação de grau está marcada para a próxima quinta-feira (23), em Vitória da Conquista. “Sonhar é preciso. "É só acreditar que um dia o sonho se transforma em realidade". Este é um dos trechos da mensagem do convite de formatura da estudante que será diplomada em Biologia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). 

E a universitária já faz planos para o futuro. “O que quero é atuar na área de pesquisa científica, me especializar em genética”. Determinada a jovem promete alçar voos mais altos. “Sonho em trabalhar com Zan Mustacchi”, revela, referindo-se a um dos médicos geneticistas mais reconhecidos no Brasil e que atende pacientes com down há mais de 30 anos.

A estudante não é a primeira pessoa com Síndrome de Down a concluir um curso de nível superior no país. No ano passado, o paulista João Vitor, de 26 anos, colou grau no curso de Licenciatura em Educação Física, em Curitiba, e em 2009 ele concluiu o bacharelado na mesma área. 

Preconceito

Na Bahia, a Serdown, associação que reúne pais de pessoas com a síndrome, promove ações que facilitem o desenvolvimento afim de incluí-las na sociedade. Para o auditor José Raimundo Mota, pai de uma garota com down, a sociedade não pode mais enxergar a síndrome como uma doença. “As pessoas com down devem ser vistas como outras tantas que se vê nas ruas, nos shoppings, nos parques”

Para Amanda, que também já sofreu e ainda sofre preconceitos, o mais importante é nunca desistir de seus objetivos. “Se você ouvir um não, deve sempre seguir em frente


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CARTA A UM JOVEM COM SÍNDROME DE DOWN NA UNIVERSIDADE http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/02/carta-um-jovem-com-sindrome-de-down-na.html

quarta-feira, 22 de maio de 2013

LEUCEMIA/DIAGNÓSTICO - Jovem inventa um algoritmo para diagnóstico de Leucemia

MENINA CRIA ALGORITMO QUE DIAGNOSTICA LEUCEMIA
São Paulo – Muitas garotas de 18 anos costumam ouvir música, navegar na internet e ir às compras. No caso da americana Brittany Wenger, a ciência é outro hobby. A estudante desenvolveu uma ferramenta capaz de diagnosticar a leucemia de linhagem mista, uma das formas mais agressivas e menos detectáveis da doença já catalogadas pela medicina.
Wenger criou uma "rede neural artificial" que detecta determinados padrões na expressão genética dos pacientes. "Diferentes tipos de câncer têm diferentes impressões digitais moleculares", explicou ela ao site Mashable. Ao analisar características específicas como tamanho, forma e espessura das células, o algoritmo pode dizer se a pessoa tem leucemia ou não.
A pesquisa que deu origem à nova ferramenta começou quando a estudante tinha 15 anos. Sua prima foi diagnosticada com câncer de mama e Wenger decidiu juntar seus conhecimentos de programação para ajudar na melhor detecção da doença.
Para isso, ela analisou padrões genéticos a fim de identificar quais aspectos estavam presentes em células cancerígenas. O trabalho voltado para o câncer de mama rendeu a Wenger um prêmio de 10 mil dólares pago pelo Google em 2012. Foi um estímulo para ela prosseguir buscando uma solução similar para a leucemia.
Como funciona - Por meio do site Cloud4Cancer, é possível ter uma ideia de como a ferramenta funciona. A plataforma foi criada pela jovem para que o algoritmo ficasse ao alcance dos médicos. Nela, o especialista preenche um breve formulário sobre os aspectos de uma amostra celular previamente recolhida e recebe na hora o diagnóstico sobre o câncer de mama.
Os números do trabalho são animadores. A ferramenta identificou cerca de 99% dos casos de câncer avaliados – índice de sucesso 5% acima daquele oferecido por outros métodos disponíveis no mercado. Ao todo, mais de 7 milhões de testes já foram realizados com o algoritmo em três anos.
O Instituto Nacional do Câncer estima que 52 mil novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2012. Na última semana, a atriz Angelina Jolie, que tinha predisposição genética para a doença, teve suas mamas removidas cirurgicamente para reduzir as chances de contrair a doença.
Assista aqui ao vídeo (em inglês) no qual Brittany fala sobre sua pesquisa sobre câncer de mama que levou à criação do algortimo premiado pelo Google: fonte - http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/menina-cria-algoritmo-que-diagnostica-leucemia-21052013-39.shl

CEGOS/TECNOLOGIAS ASSISTIVAS - UNESP cria instrumento de escrita que facilita uso do Braille

Unesp cria sistema que reduz em 60% tempo de aprendizado do Braille

Nova versão de instrumento usa apenas um alfabeto para leitura e escrita.
Regletes coloridas facilitam a inclusão de crianças com deficiência visual.


Consultor acredita que projeto tem importância mundial (Foto: Felipe Lazzarotto/ EPTV)
*(imagem - foto colorida de um homem cego sentado, com suas mãos sobre um texto, usando o Braille, tendo ao fundo da mesa um monitor de computador - Texto da matéria : Consultor acredita que projeto tem importância mundial - fotografia Felipe Lazzarotto EPTV)

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP) desenvolveram uma nova versão do instrumento de escrita manual para deficientes visuais, que diminui em 60% o tempo de aprendizado do sistema braille. No sistema convencional, com uma espécie de régua chamada reglete, os deficientes precisavam aprender um alfabeto para leitura e outro para a escrita. No novo instrumento, a reglete positiva, um único alfabeto é usado para ler e escrever.  

“Na reglete comum os pontos são feitos em baixo relevo, então, tem que começar da direita para a esquerda e com os pontos invertidos. Nesse novo instrumento, já escreve da mesma maneira que lê. A reglete tem os pontos em alto relevo e o punção é convexo. Com isso o aprendizado do Braille se torna muito mais rápido”, explicou Aline Otalara, coordenadora do projeto.

A principal modificação foi no punção, instrumento pontiagudo que fura o papel, formando os caracteres em baixo relevo, que se tornam legíveis e sensíveis quando a folha é virada do lado contrário. No método antigo, os caracteres são escritos espelhados e da direita para a esquerda, formando as palavras de trás para frente.

O novo punção tem um pequeno buraco na ponta, que contorna o relevo e faz com que os caracteres sejam legíveis sem a necessidade de virar a folha. Com isso, não é necessário escrever de forma invertida.
As novas regletes também foram alteradas e são mais coloridas para facilitar a identificação de quem enxerga pouco. Segundo a coordenadora do projeto, o objetivo também é aumentar a inclusão de crianças com deficiência visual na escola.
Isso chama a atenção de outras crianças que não têm deficiência e se aproximam de quem tem a deficiência visual para conhecer esse material, que é colorido e interessante visualmente”, disse Aline.

Uilian Vigentim perdeu a visão na infância, mas nunca se afastou da leitura. Ele foi um dos consultores da pesquisa e garante que o novo sistema é mais prático. “Um dispositivo que reduz o tempo de aprendizagem e maximiza a escrita Braille tende a facilitar e difundir mais ainda a acessibilidade à leitura e escrita no país e no mundo”, afirmou Vigentim.
A nova tecnologia está em processo de patente. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3334-6105.