Nova versão de instrumento usa apenas um alfabeto para leitura e escrita.
Regletes coloridas facilitam a inclusão de crianças com deficiência visual.
*(imagem - foto colorida de um homem cego sentado, com suas mãos sobre um texto, usando o Braille, tendo ao fundo da mesa um monitor de computador - Texto da matéria : Consultor acredita que projeto tem importância mundial - fotografia Felipe Lazzarotto EPTV)
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP) desenvolveram uma nova versão do instrumento de escrita manual para deficientes visuais, que diminui em 60% o tempo de aprendizado do sistema braille. No sistema convencional, com uma espécie de régua chamada reglete, os deficientes precisavam aprender um alfabeto para leitura e outro para a escrita. No novo instrumento, a reglete positiva, um único alfabeto é usado para ler e escrever.
“Na reglete comum os pontos são feitos em baixo relevo, então, tem que começar da direita para a esquerda e com os pontos invertidos. Nesse novo instrumento, já escreve da mesma maneira que lê. A reglete tem os pontos em alto relevo e o punção é convexo. Com isso o aprendizado do Braille se torna muito mais rápido”, explicou Aline Otalara, coordenadora do projeto.
A principal modificação foi no punção, instrumento pontiagudo que fura o papel, formando os caracteres em baixo relevo, que se tornam legíveis e sensíveis quando a folha é virada do lado contrário. No método antigo, os caracteres são escritos espelhados e da direita para a esquerda, formando as palavras de trás para frente.
A principal modificação foi no punção, instrumento pontiagudo que fura o papel, formando os caracteres em baixo relevo, que se tornam legíveis e sensíveis quando a folha é virada do lado contrário. No método antigo, os caracteres são escritos espelhados e da direita para a esquerda, formando as palavras de trás para frente.
O novo punção tem um pequeno buraco na ponta, que contorna o relevo e faz com que os caracteres sejam legíveis sem a necessidade de virar a folha. Com isso, não é necessário escrever de forma invertida.
As novas regletes também foram alteradas e são mais coloridas para facilitar a identificação de quem enxerga pouco. Segundo a coordenadora do projeto, o objetivo também é aumentar a inclusão de crianças com deficiência visual na escola.
“Isso chama a atenção de outras crianças que não têm deficiência e se aproximam de quem tem a deficiência visual para conhecer esse material, que é colorido e interessante visualmente”, disse Aline.
Uilian Vigentim perdeu a visão na infância, mas nunca se afastou da leitura. Ele foi um dos consultores da pesquisa e garante que o novo sistema é mais prático. “Um dispositivo que reduz o tempo de aprendizagem e maximiza a escrita Braille tende a facilitar e difundir mais ainda a acessibilidade à leitura e escrita no país e no mundo”, afirmou Vigentim.
A nova tecnologia está em processo de patente. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3334-6105.
Uilian Vigentim perdeu a visão na infância, mas nunca se afastou da leitura. Ele foi um dos consultores da pesquisa e garante que o novo sistema é mais prático. “Um dispositivo que reduz o tempo de aprendizagem e maximiza a escrita Braille tende a facilitar e difundir mais ainda a acessibilidade à leitura e escrita no país e no mundo”, afirmou Vigentim.
A nova tecnologia está em processo de patente. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3334-6105.
Nenhum comentário:
Postar um comentário