(imagem - foto colorida de uma mulher, envelhecida, com os olhos fechados e levando à testa as duas mãos, como se fosse o esforço para se lembrar de alguma coisa)
Perda de memória, apatia, dificuldades para executar tarefas cotidianas. Estes são os sintomas iniciais da doença de Alzheimer, que se manifesta principalmente a partir dos 65 anos de idade e prejudica de maneira significativa a autonomia dos pacientes. A mais comum das doenças neurodegenerativas, ela não tem cura, mas vários estudos buscam formas mais eficientes de diagnóstico e tratamento, e exploram caminhos para a prevenção.
O professor Paulo Caramelli, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, explica que, atualmente, o tratamento à base de medicamentos é iniciado na fase sintomática da doença, com drogas capazes de atenuar os sintomas, além de reduzir a velocidade de progressão da doença, proporcionando, assim, melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Por outro lado, o tratamento complementar consiste na aplicação de técnicas de estimulação cognitiva, como exercícios de memória, leitura, jogos, programas de terapia ocupacional, entre outros, sempre sob supervisão de profissionais de saúde. “Uma alimentação balanceada e a prática de atividade aeróbica leve e regular também são importantes para o melhor funcionamento do cérebro”, ressalta o professor.
Novas possibilidades
Paulo Caramelli afirma que há mais de cem estudos em curso com o objetivo de desenvolver tratamentos mais específicos, capazes de retardar a evolução da doença e com poucos efeitos colaterais. “As novas medicações, atualmente em fase de testes, poderão ter maior chance de êxito se administradas em fases muito iniciais da doença, idealmente quando os sintomas são bastante leves”, aponta. Para isso, grandes esforços foram feitos na última década na busca de novos métodos diagnósticos, visando à detecção mais precoce e precisa.
No curto prazo, analisa o neurologista, pode-se obter avanços nos estudos que investigam a eficácia da medicação utilizada para tratar outras enfermidades também para a doença de Alzheimer.
Vacina
Quanto ao possível desenvolvimento de uma vacina contra a doença de Alzheimer, o professor pondera que as formas testadas até o momento apresentaram problemas sérios de segurança, com grandes riscos de provocar encefalite (inflamação aguda do cérebro).
“Tratamentos eficazes em animais não necessariamente funcionam em humanos”, alerta. Para o médico, a descoberta da cura ainda depende de muitas pesquisas e o mais importante é que as novas técnicas sejam desenvolvidas e testadas com cautela, para que sejam comprovadamente eficazes e seguras.
Prevenção
A prevenção por remédios ainda não é possível, mas alguns fatores de risco para o desenvolvimento da demência já são conhecidos, como problemas cardiovasculares e o diabetes tipo 2. Prevenir estes males é uma das maneiras de também precaver o surgimento da doença de Alzheimer. “Proteger o cérebro antes da velhice também é muito importante” garante Caramelli. Evitar o abuso de álcool e drogas, manter atividade intelectual intensa ao longo de toda a vida e um convívio social frequente são algumas das formas de se incrementar a chamada “reserva cognitiva”, que favorece as conexões entre os neurônios, dificultando o processo futuro de degeneração cerebral.
fonte - http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=32271
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