(Imagem - o professor de judô com sua roupa própria para o esporte e sua faixa preta orienta dois alunos, um faixa azul e outro com faixa amarela)
No judô, Wantuir achou a arma para o bullying sofrido na infância; agora ele usa o mesmo esporte para tratar crianças autistas e com TDAH
ão havia resposta simples. Para interromper a rotina escolar composta por surras diárias dos colegas – todos maiores e mais fortes do que ele – o franzino Wantuir Jacini, aos 8 anos, precisou escolher um caminho. Arriscou o judô.
A prática do esporte coincidiu com o fim do bulliyng, na época nem conhecido por este nome, mas já comum na sala de aula das muitas escolas que frequentou.
“Nunca precisei revidar o tapa ou o soco. Mas o judô deu a confiança que faltava para dizer ‘chega’. Parei de apanhar e me apaixonei pela atividade”, lembra.
Filho de policial federal, os endereços até chegar à Faculdade de Educação Física foram muitos (São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, são só alguns). Mal se instalava em uma nova casa e já procurava um espaço para praticar a arte marcial. Conquistou a faixa preta na luta antes do diploma universitário. Wantuir só não imaginava que, na profissão, bateria de frente com aquela sensação de não existir resposta única. Sensação que surgiu quando passou a atender alunos autistas e com transtorno de déficit de atenção (TDAH) .
“Na minha formação como educador físico, comecei a pesquisar a área da neurociência”, lembra.
“Para o mestrado, fiz avaliação cerebral de judocas, corredores e sedentários. O objetivo era pesquisar se existiam diferenças no comportamento do cérebro nos três grupos. As análises mostraram que, nos praticante de judô, a área da memória, da concentração e do equilíbrio eram muito estimuladas. Fiquei com aquilo na cabeça”, lembra Wantuir.
Como professor de educação física, especializado em fisiologia do esporte, Wantuir acabou cruzando também com a área da psicologia infantil. Focou os estudos nas manifestações comportamentais de problemas de saúde como o autismo, TDAH, bipolaridade e outras síndromes.
“Todos eles, de alguma forma, tinham alterações cerebrais que poderiam ser melhoradas ou desenvolvidas com a prática de judô, conforme eu tinha constatado na elaboração do mestrado”, lembra.
Há 10 meses, Wantuir Júnior escolheu o caminho do judô ao aceitar o desafio de ingressar na equipe do Instituto Priorit, organização do Rio de Janeiro que foca não só no tratamento médico, mas também o acolhimento global de crianças e adolescentes autistas, bipolares e com TDAH.
No total, já são 13 meninos e meninas que vestem o quimono e duas vezes por semana sobem no tatame para receber os ensinamentos de Wantuir. Três deles têm déficit de atenção, dois são autistas, um é bipolar, um têm Síndrome de Asperger e o restante algum problema de relacionamento social.
“O objetivo da aula é garantir a autoconfiança, despertar a autonomia e mostrar aos meninos que eles podem ser o que quiserem”.
Significado do caminho
Os problemas de saúde que frequentam as aulas de Wantuir são de causas multifatoriais, não muito bem catalogados pela medicina. Por conta disso também, os tratamentos não são bem definidos e, dependendo da conduta terapêutica, podem apresentar melhores resultados para uma parte dos pacientes e menos efetividade para outros.
A filosofia do Priorit é justamente essa: ampliar o leque de condutas e encontrar a que melhor se adequa para cada frequentador do Instituto. Rafael Biachels de Oliveira, 16 anos, tem TDAH e foi o primeiro aluno de Wantuir. Ele diz que as aulas deram não só mais consciência do próprio corpo – “antes eu andava e derrubava tudo, agora parece que sei melhor o espaço que ocupo”, diz – como ajudaram a definir o foco nos sonhos.
“É ano de vestibular e a minha ideia é tentar entrar em medicina”, diz.
Wantuir sabe e reforça que a arte marcial não é alternativa nem interferência única. Funciona como um complemento importante do que preconiza a medicina tradicional. Mas, conta ele, pode amenizar angustias, afetando também os pais dos 13 alunos que frequentam as aulas.
Talvez seja só coincidência. Mas quando escolheu trilhar a rota judoca para o autismo, o TDAH e os outros transtornos infantis, o educador físico fez jus ao significado da palavra judô: “caminho suave".
FONTE - http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2013-02-25/ele-encontrou-um-caminho-suave-para-o-autismo.html
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oi boa noite meu nome daniel cristovao sou faixa preta de jiu jitsu e ministro aula em uma escola particular e nesta escola tem alguns alunos com autismo eles adoram esporte so que eu nao sei lhe dar com tal situacao mas nao quero desistir to desposto aprender e quero pergunta de vc se vc pode me dar uma ajuda como eu devo o que devo e como devo fazer pra chamar atencao deles e conseguir que eles pratiquem jiu jitsu
ResponderExcluirdesde ja
agradeco a atencao
daniel cristovao