Epilepsia sai da sombra
Entenda a desordem neurológica mais comum do mundoO neurologista Li Li Min lidera a seção brasileira da campanha mundial que visa capacitar o sistema de saúde a atender corretamente o portador de epilepsia
Acordo todos os dias no mesmo horário, me sento em frente ao computador e começo a trabalhar. Levo minha vida, mas sinto falta do contato com outras pessoas, conta o paulista Eduardo Caminada Júnior, de 37 anos. Formado em matemática, ele tem epilepsia desde os 3. De lá para cá, muita coisa já lhe aconteceu. Em 2002, por exemplo, ele foi demitido após uma crise e nunca mais conseguiu voltar ao mercado de trabalho. Desde então, exerce a profissão em casa.
A dificuldade de convívio seja pessoal, seja profissional é um problema. E isso porque há muita desinformação e preconceito. Basta lembrar que, em pleno século 21, a epilepsia continua, por incrível que pareça, com o mesmo estigma do passado, quando a vinculavam a magias ou fenômenos sobrenaturais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população do globo é portadora de epilepsia. No Brasil, os epilépticos somam 1 milhão a desordem é a segunda maior causa de procura por atendimento nos serviços de neurologia do Brasil, aponta um levantamento da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior paulista.
Apesar de ser a condição neurológica com maior prevalência no planeta, são poucos os que recebem um tratamento adequado e poucos também aqueles que a encaram com naturalidade. E isso obriga o epiléptico a se esconder, lamenta o neurologista Li Li Min, da Unicamp. Vencedor do II Prêmio SAÚDE!, da Editora Abril e do Prêmio de Sustentabilidade Científica, oferecido pelo laboratório Sanofi-Aventis, que apoiou o evento , Li Li Min coordena a seção brasileira de um projeto encabeçado pela OMS nomeado Epilepsia Fora das Sombras. Ao lado da colega Ana Paula Andrade Noronha e da psicóloga Paula Teixeira Fernandes, ele trabalha em uma série de ações educativas para desfazer as idéias errôneas sobre o tema.
FONTE - http://saude.abril.com.br/edicoes/0296/medicina/conteudo_272697.shtml
Conheçam o site - EPILEPSIA SEM PRECONCEITO (Epilepsia Não é Doença Contagiosa) http://epilepsiasempreconceito.com.br/
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