domingo, 13 de janeiro de 2013

SURDOS - Educação Inclusiva ou não inclusão?

Educação de surdos no ensino regular: inclusão ou segregação?
(*) Andressa Vieira da Silva, professora em Rondonópolis (MT)

A valorização das pessoas surdas e de sua hitória é o nosso ponto de partida. O mundo do surdo é especial e diferente. É um mundo cercado de luz, cores, movimento, expressões de tristeza e alegria e tudo o que se pode captar com os olhos.

O impacto de uma imagem para alguém que não ouve é extremamente maior, por isso a relação com uma pessoa surda deve ser cuidadosa e atenta. Para garantir sua participação nas atividades escolares e previnir situações de risco de exclusão.

Algumas características atribuídas às pessoas surdas como agressividade, falta de educação, egocentrismo, isolamento, timidez, na maioria dos casos, trata-se de um único problema: falta de comunicação. Alguém que não entende e que não é capaz de se fazer entender pode desenvolver atitudes radicais, que muitas vezes são incompreendidas pela sociedade e pela própria família. Perdendo o referencial familiar e da sociedade, de uma forma geral, o surdo perde a noção de seu espaço e de sua função no mundo, sentindo-se inútil e um fardo a ser carregado.

A motivação é o primeiro passo que leva à troca de experiência entre ambas as culturas. Porque é fundamental motivar a criança a desempenhar por si só o seu potencial, pois ela sente-se participativa a crescer em unidade com os ouvintes querendo contribuir na construção do elo que liga os dois mundos.

A língua de sinais, para o surdo, tem um valor importantíssimo: é ela que possibilita seu relacionamento com o mundo surdo e com o ouvinte; é a língua através da qual expõe naturalmente suas emoções.
Deve-se desenvolver nos educadores competência e conhecimento na causa da educação aos alunos especiais, como direcionar os campos do conhecimento e ciências, tais como matemática, português, ciências, história e demais, pois a cada área do conhecimento tem sua particularidade e forma diferenciada de ensinar e aprender. Ministrar cursos, palestras e encontros, voltados para o surdo, abordando temas relevantes à sua cultura, educação, saúde, orientação e planejamento familiar e matrimonial.

Os hábitos da comunidade surda são pouco divulgados ou divulgados de forma pouco eficaz. Os próprios integrantes desta comunidade, às vezes, não têm consciência de suas especificidades, o que gera em alguns casos, sérios problemas de identidade.

A inclusão Escolar é um processo gradual e dinâmico que pode tomar formas distintas de acordo com as necessidades dos alunos. Acredita-se que essa integração possibilite a construção de processos linguísticos, adequados, de aprendizado dos conteúdos acadêmicos e uso social da leitura e da escrita. Nessa proposta o professor media e incentiva a construção do conhecimento através da interação com ele e com os colegas.
A verdadeira inclusão de surdos se dará quando houver uma proposta que ofereça a possibilidade dos surdos serem como um aluno qualquer, no sentido de terem autonomia em suas atividades, serem compreendidos em sua língua e terem um outro olhar por parte dos professores.

Nós pessoas interessadas em conhecer a “Libras” e procurar devolver à pessoa surda sua auto-estima, orientando-a no sentido de reconhecer seus direitos e deveres enquanto cidadão, seu papel na sociedade, sua condição enquanto pessoa surda, seus verdadeiros “limites”, sua relação com a família e principalmente, o seu “eu”, através de atividades interacionais e de recursos que promovem uma ampliação de conhecimento de mundo.
FONTE - http://www.atribunamt.com.br/?p=116057

LEIA TAMBÉM SOBRE O TEMA NO MEU BLOG INFOATIVO.DEFNET - 

O JUQUINHA, E SUA CADEIRA , por uma Educação Diferente http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/07/juquinha-e-sua-cadeira-por-um-educacao.html

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