sexta-feira, 30 de maio de 2014

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA/TECNOLOGIA ASSISTIVA - Software gratuito ajuda pessoas com deficiência nas compras

Programa ajuda pessoas com deficiência a fazerem suas compras na rede

A ferramenta é gratuita e funciona como uma “cadeira de rodas virtual”
 (imagem - uma foto colorida da tela de um computador com o teclado virtual do programa -Uma empresa canadense desenvolveu uma nova tecnologia digital para facilitar a conexão de pessoas com deficiência física à internet.)

Hoje, mais de 120 empresas já utilizam a ferramenta assistiva em todo o mundo. No Brasil, a Renner, a Magazine Luiza, aMastercard, a 3M e a Universidade Cruzeiro do Sul oferecem gratuitamente o programa para seus clientes e alunos.

O eSSENTIAL Accessibility™ é um software gratuito que funciona como uma “cadeira de rodas virtual”.

A ferramenta possui soluções como substituição de teclado e mouse por meio do sistema "hands-free" (mãos livres) de rastreamento de movimento, autoclique, escaneamento automático de links e outros recursos
Para aqueles com dificuldades de leitura devido a limitações de alfabetização, dislexia ou deficiência visual moderada, o dispositivo utiliza uma ferramenta que lê o conteúdo da web e, também com sistema de reconhecimento de voz.
 
Os softwares existentes no mercado para atender à demanda do deficiente custa, em média, US$ 3 mil, aproximadamente, R$ 6,6 mil. O aplicativo pode ser baixado e instalado rapidamente em um computador com sistema Windows ou MAC. 

O valor inicial investido pela empresa desenvolvedora no mercado brasileiro será de R$ 200 mil.
FONTE - http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/programa-ajuda-pessoas-com-deficiencia-a-fazerem-suas-compras-na-rede-29052014

quinta-feira, 29 de maio de 2014

AIDS/OMS - Estabelecidas metas para combater HIV/AIDS na América Latina e Caribe

OMS - NOVAS METAS PARA COMBATER HIV/AIDS  NA AMÉRICA LATINA E CARIBE SÃO ESTABELECIDAS

(imagem - foto colorida de duas mulheres, uma vestida de camiseta rosa e sendo coletado sangue pela outras de blusa marrom e calça jeans - Centro de Testagem e Aconselhamento no Rio de Janeiro providencia informação, aconselhamento e testes confidenciais. Foto: ONU/ A Waak)
Para reduzir novas infeções pelo vírus HIV, melhorar a qualidade de vida das pessoas com aid,s e diminuir sua mortalidade, países da América Latina e Caribe estabeleceram, nesta quarta-feira (28), no Primeiro Fórum de Latino-americano e do Caribe sobre a Atenção Contínua ao HIV, as novas metas a serem alcançadas até 2020.
Intituladas “90-90-90″, as metas pretendem aumentar em 90% a proporção de pessoas com HIV que saibam seu diagnóstico;  aumentar para 90% aquelas que recebem tratamento antirretroviral; e que 90% das pessoas em tratamento tenham sua carga viral suprimida. Conheça mais detalhes de cada um destas metas neste link.
Segundo o chefe da unidade de HIV, Hepatite, Tuberculose e Infeções de Sexualmente Transmissíveis da Organização Mundial de Saúde (OMS), Massimo Ghidinelli, “se queremos que mais pessoas recebam tratamento e tenham a carga viral suprimida, é essencial que conheçam seu diagnóstico e iniciem um tratamento de forma rápida”.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas viviam com o vírus HIV na América Latina e Caribe em 2012. Este ano houve, aproximadamente, 98 mil novas infeções, segundo o Escritório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
fonte - http://www.onu.org.br/oms-novas-metas-para-combater-o-hivaids-na-america-latina-e-caribe-ate-2020-sao-estabelecidas/

segunda-feira, 26 de maio de 2014

CEGOS/TECNOLOGIA ASSISTIVA - Nova tecnologia espanhola ligada ao Google Grass ajudará deficientes visuais

Google Glass como aliado para deficientes visuais

Iniciativa da Universidade de Alicante poderá transformar o Google Glass é um novo aliado para os deficientes visuais.
1x1.trans Google Glass como aliado para deficientes visuais
(imagem - foto colorida de uma pessoa com o Google Glass acoplado diante de seu olho, com a câmera 3D, que fazem parte de um protótipo do aplicativo que utiliza as câmeras duplas do LG Optimus 3D Max. fotografia da matéria)

É sempre bacana conhecer novos projetos que envolvem tecnologia e acessibilidade, depois do lançamento do primeiro celular em braile que noticiamos aqui no ZUTI, surge mais uma iniciativa bem interessante pensado para os deficientes visuais.
Foi recentemente patenteada uma nova tecnologia para ajudar que os deficientes visuais possam detectar os obstáculos à frente deles, através de avisos de som e vibração, em um projeto que surgiu na Espanha. Este software foi desenvolvido pela Universidade de Alicante e está pronto para chegar para o Google Glass brevemente.
A vibração, bem como o som é o que o aplicativo utiliza a fim de alertar os usuários sobre os obstáculos. Esta tecnologia foi demonstrada através de um telefone, equipado com uma câmera 3D; o LG Optimus 3D Max para ser exato. De acordo com a Live Science, o app foi testado com sucesso em nove participantes deficientes visuais, que usavam o dispositivo em torno de seus pescoços.
Em termos de como funciona,  a câmera 3D apresenta duas lentes diferentes, uma entre elas é usada para a detecção de profundidade. Isso significa que ela pode calcular a distância entre o sujeito e um objeto específico na frente deles.
Desta forma, sempre que a câmera vê algo que é cerca de seis metros de distância, o telefone vibra ou emite um som de alerta. E se a pessoa continua se movendo para mais perto deste objeto, os sinais são intensificados, ajudando-os a mudar a direção facilmente.
Desde que foi demonstrado apenas em um telefone 3D, ainda será um longo caminho até a app se popularizar. Mas esse processo foi acelerado graças a Fundação Vodafone Espanha, que tinha oferecido os desenvolvedores um enorme subsídio para continuar sua pesquisa.
Para trazê-lo para o Google Glass para usuários deficientes visuais, algumas grandes modificações serão necessárias principalmente porque não há nenhuma configuração de câmera dupla neste dispositivo. Os fabricantes do app esperam poder lança-lo já em 2015
FONTE -http://www.zuti.com.br/google-glass-como-aliado-para-deficientes-visuais/

sexta-feira, 23 de maio de 2014

MULHERES COM DEFICIÊNCIAS/SAÚDE - Aprovada proposta que obriga SUS a oferecer equipamentos adequados para prevenção de Câncer

Comissão aprova equipamentos de exame adaptados a mulheres com deficiência

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou proposta que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer equipamentos adequados às mulheres com deficiência para a realização de exames de detecção dos cânceres do colo uterino e de mama. A proposta também prevê condições adequadas a essas mulheres para o tratamento dessas doenças.
O texto aprovado é do Projeto de Lei 3595/12, do Senado.
O relator do projeto, deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), apresentou parecer favorável. Ele lembrou que, atualmente, as mulheres com deficiência encontram dificuldades para realizar os exames.
"Nós ouvimos depoimentos de pacientes que chegaram às unidades de saúde para a realização de exames preventivos e não encontraram macas ou leitos adaptados. Houve o caso de uma paciente que colheu o material para o exame preventivo do câncer de colo do útero na própria cadeira de rodas e terminou sofrendo um acidente. Sofreu um ferimento no aparelho genital", disse o deputado.
Paulo Rubem Santiago afirmou que, apesar de a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência ter completado 12 anos, ainda existem reclamações sobre a qualidade e a eficiência dos exames. "É inadmissível que, em pleno século 21, nós tenhamos ainda mulheres que morrem no Brasil por falta de prevenção e por falta de tratamento", criticou.
Mamógrafos
Para a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), a falta de mamógrafos adaptados é um dos maiores erros que o Brasil pode cometer em relação à saúde das mulheres. "A mulher, quando faz o exame de mamografia, têm que estar em pé e grudada no equipamento. Como é que um equipamento se aproxima do corpo de uma mulher que está sentada? O equipamento tem que ter essa possibilidade, tem que ser acessível", declarou.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será examinado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Da Redação - PT
Com informações da Rádio Câmara
  fonte - http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/468324-COMISSAO-APROVA-EQUIPAMENTOS-DE-EXAME-ADAPTADOS-A-MULHERES-COM-DEFICIENCIA.html?utm_campaign=boletim&utm_source=agencia&utm_medium=email

terça-feira, 20 de maio de 2014

CEGOS/ACESSIBILIDADE - Primeiro celular em Braille é lançado na Inglaterra

Celular com teclado em Braille começa a ser vendido no Reino Unido

A empresa britânica OwnPhone lançou um aparelho que diz ser o primeiro telefone em Braille a ser comercializado no mundo.
(imagem - foto colorida de diferentes cores do celular com o teclado em braille, vermelho, violeta, verde, azul, parte da customização e personalização dos aparelhos, cujas faces dianteira e traseira podem ser modificadas - foto da publicação)

Outros telefones em Braille já haviam sido inventados, mas a OwnPhone diz que o seu aparelho - cujas faces dianteira e traseira foram feitas em impressoras 3D e podem ser customizadas - é o único a ser colocado à venda.
Para deficientes visuais que não conhecerem a linguagem Braille, é possível imprimir letras e números em relevo no teclado.
O telefone por enquanto é vendido apenas no Reino Unido, por 60 libras (R$ 223). Segundo seu inventor, Tom Sunderland, a impressão das capas em 3D ajuda a baratear seu custo.
"A impressão é uma forma rápida e economicamente eficiente de criar botões personalizados em Braille", diz à BBC.

Personalizado

Em 2012, a OwnPhone havia lançado o primeiro telefone parcialmente feito com a ajuda de impressoras 3D. No ano seguinte, desenvolveu uma edição voltada para crianças, chamada 1stFone - um aparelho do tamanho de um cartão de crédito com botões programados para ligar para números pré-determinados.
O "Braille-fone" é baseado nesses aparelhos prévios, mantendo seu tamanho pequeno e seu design colorido.
"Ele pode ser personalizado com dois ou quatro botões em Braille, pré-programados para telefonar a amigos, parentes, colegas de trabalho ou serviços de emergência", explica Sunderland.
Apesar das inovações, a ideia não é completamente original.
A start-up indiana Kriyate construiu um protótipo de smartphone habilitado com a linguagem Braille e que usa comandos ligados à vibração do telefone para ajudar o deficiente visual.
Algumas dessas vantagens podem até ser substituídas por aplicativos, como o VoiceOver, da Apple, que tem um leitor de tela que permite ao usuário navegar pelo celular ouvindo o que está na tela.
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140519_braille_fone_fn.shtml
http://www.bbc.com/news/technology-27437770
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UMA LUZ NO FIM DO LIVRO http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/09/uma-luz-no-fim-do-livro.html

quinta-feira, 15 de maio de 2014

CRIANÇAS/ADOLESCENTES/PROTEÇÃO - Aprovado na Câmara o projeto de lei sobre exploração sexual como crime hediondo

Câmara aprova projeto que torna crime hediondo a exploração sexual de crianças

Votação do Projeto de Lei 7220/14, do Senado, que torna hediondo o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes, impedindo o condenado de obter anistia, graça ou indulto ou pagar fiança
(imagem - foto colorida da Câmara dos Deputados, de Gustavo Lima. Plenário aprovou projeto que impede condenado por exploração sexual infantil de obter anistia, graça ou indulto.)
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) o Projeto de Lei 7220/14, do Senado, que torna hediondo o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes, impedindo o condenado de obter anistia, graça ou indulto ou pagar fiança. A matéria será enviada à sanção presidencial.
Quem é condenado por crime hediondo tem ainda de cumprir um período maior no regime fechado para pedir a progressão a outro regime de cumprimento de pena. É exigido o cumprimento de, no mínimo, 2/5 do total da pena aplicada se o apenado for primário; e de 3/5, se reincidente.
A votação do projeto nesta quarta-feira foi acertada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, com os líderes partidários após pedido da ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos.
O próximo domingo, 18 de maio, é o Dia Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo a ministra, que se reuniu mais cedo com o presidente, a aprovação do projeto foi “uma das contribuições inestimáveis” que os parlamentares deram para eliminar essa forma de violência.
A Lei do Crime Hediondo (8.072/90) já prevê essa classificação para outros dez crimes graves, como estupro de crianças e adolescentes menores de 14 anos e pessoas vulneráveis (que não têm condições de discernimento para a prática do ato devido a enfermidade ou deficiência mental), latrocínio e sequestro seguido de morte.
Proprietário do local
Segundo o projeto, será considerado hediondo o crime tipificado no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) de submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou vulnerável. A pena é de 4 a 10 anos dereclusão e é aplicável também a quem facilitar essa prática ou impedir ou dificultar o seu abandono pela vítima.
Iguais penas são atribuídas a quem for pego praticando sexo ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos no contexto da prostituição.
Da mesma forma, pode ser enquadrado nesse crime o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que ocorre a prostituição.
Se o crime for praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Rodovias federais
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), relatora da matéria pela Comissão de Seguridade Social e Família, lembrou que levantamento da Polícia Federal e da Secretaria de Direitos Humanos mostra a existência de mais de 1,8 mil pontos de risco de exploração sexual de crianças e adolescentes em rodovias federais.
“Esse tipo penal suscita repúdio social, sendo um atentado à liberdade sexual e se revela como a face mais nefasta da pedofilia”, afirmou.
Pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) apresentou parecer favorável à matéria, destacando que incluir esse crime na lista dos hediondos não banaliza a lei porque se trata de uma tipificação claramente hedionda. “A matéria não deve ser confundida com a criminalização da prostituição de pessoas adultas que desejam atuar nessa atividade”, explicou.
Segundo a relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, deputada Liliam Sá (Pros-RJ), existe uma verdadeira rede de exploração de pessoas dessa faixa etária em vários pontos do Brasil. “Esta Casa está dando um grande passo com esse projeto, mas ainda existem muitos pedófilos e exploradores de crianças que precisam ser presos e, somente assim, as crianças serão prioridade neste País”, disse.
A presidente da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), ressaltou que esse tipo de crime cria uma cadeia de vitimização: as crianças são empurradas, pela pobreza, ao regime de exploração sexual; têm a infância e a adolescência roubadas; são desumanizadas na exploração; e, finalmente, são culpadas pela exploração de que são vítimas.

Íntegra da proposta:

  • PL-7220/2014 
  • Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira
    Edição – Pierre Triboli
  • fonte - http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/468026-CAMARA-APROVA-PROJETO-QUE-TORNA-CRIME-HEDIONDO-A-EXPLORACAO-SEXUAL-DE-CRIANCAS.html

sexta-feira, 9 de maio de 2014

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS/UNICEF - Relatório traz avanços do Brasil nesse combate

Unicef: Brasil se destaca na luta contra violência infantil

Opinião é do relatório sobre a América Latina do Movimento Mundial pela Infância da América Latina (MMI-LAC+) e do Car"ibe e da Unicef

Criança é carregada no colo nas ruas alagadas de São Carlos, em Porto Velho
(imagem - foto colorida de uma criança olhando no canto direito, vestida com uma camiseta colorida, no colo de pessoa que não aparece, fotografia de criança em Porto Velho, tendo ao fundo uma casa imersa em águas - autoria Lunae Parracho - Greenpeace)

Panamá - O Brasil está entre os países que mais avançaram no combate à violência infantil, revela um relatório sobre a América Latina do Movimento Mundial pela Infância da América Latina e do Car"ibe (MMI-LAC+) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A falta de recursos econômicos e humanos e de sistemas integrais de informação afeta o avanço das políticas públicas e programas que buscam combater a violência contra a infância em 10 países sul-americanos, segundo um relatório regional apresentado hoje no Panamá.
Essas são as principais conclusões do estudo, elaborado entre setembro e novembro de 2013, que envolve Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O documento avalia a partir de uma pesquisa e de estudos de progressos o grau de avanço na implementação das recomendações do Estudo do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre Violência contra as Crianças (EVCN), apresentado em 2006.
O relatório se concentra em três recomendações do EVCN: a criação de políticas públicas, estratégias e planos integrais nacionais para a não violência contra a infância; legislações para garantir a proteção da infância e a criação de sistemas de informação e dados sobre a violência contra meninas e meninos.
O documento, de 38 páginas, alerta que foram avaliados os avanços realizados nos países quando a violência ainda não havia sido erradicada, já que alcançá-lo faz parte de um processo em médio e em longo prazos.
"A América do Sul é a sub-região que mais avançou na criação de políticas de proteção da infância, mas carece de sistemas de informação e reporte de violência contra meninos e meninas", diz o relatório, divulgado nesta quinta-feira pelo escritório regional para a América Latina e o Caribe do Unicef.
Além disso, a maioria (70%) dos planos setoriais não têm alocação de recursos financeiros e humanos específicos para sua implementação e medição de objetivos, destaca.
As maiores conquistas na criação de políticas públicas, planos e programas foram do Brasil, da Argentina, do Equador, do Paraguai, do Peru e do Uruguai, enquanto os progressos mais lentos foram observados na Bolívia, no Chile e na Venezuela, de acordo com o estudo.
Como exemplo desses avanços, o relatório cita o programa argentino de prevenção de abuso em centros residenciais, "para o qual foi estipulado o aumento gradual de recursos para quatro anos", e o "aumento progressivo de oferta de serviços e investimento dentro da linha da reparação no Chile".
"Ressalta o baixo desempenho da Venezuela. O fato poderia obedecer em baixa qualidade das relações (das organizações civis defensoras da infância) com o Estado, o que torna difícil a coleta de uma informação mais completa", acrescenta.
O estudo identifica como fraqueza a falta de difusão em massa de campanhas de sensibilização sobre a violência contra a infância, que foi assinalado por Nações Unidas como uma ferramenta efetiva para combater o problema.
Quanto à aprovação de leis para assegurar a proteção da infância, os países estudados conseguiram dar avanços "em uma medida adequada para uma melhor prevenção da violência, sanção aos responsáveis e assistência às vítimas".
Argentina, Chile e Paraguai criaram novas leis no âmbito escolar, que previnem o assédio ou bullying e a violência nas escolas, cita o documento, entre outros.
A maior fraqueza da região está na ausência praticamente total de sistema de dados para apoiar políticas públicas, estratégias e planos integrais contra a violência infantil.
"Observamos em todos os países estudados a grande dificuldade de avançar em um sistema integral de dados que dê conta da violência contra meninos e meninas, e que possa refletir de forma sistemática, consistente e periódica os avanços ou retrocessos na incidência dos atos de violência", afirma o relatório.
Também não se registram países que tenham conseguido construir indicadores nacionais que permitam de forma sistemática coletar informação com enfoque de direitos, ressalta.
FONTE - http://exame.abril.com.br/geral/noticias/unicef-brasil-se-destaca-na-luta-contra-violencia-infantil
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UMA VIOLÊNCIA COTIDIANA E BANAL? A VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/06/uma-violencia-cotidiana-violacao-de.html

quinta-feira, 8 de maio de 2014

MATERNIDADE/VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA - Realizado Seminário sobre Violência Contra Mulher na Câmara Federal

Mães reclamam de violência obstétrica em seminário sobre violência contra mulher


Seminário - Faces da Violência Contra a Mulher. (E) Dep. Erika Kokay (PT-DF) e Presidente da Associação Artemis, Raquel de Almeida Marques
(imagem - foto colorida do Seminário Faces da Violência Contra a Mulher, com a Deputada Erika Kokay, de braços cruzados,  à esquerda, com uma palestrante, Raquel Marque, ao centro, tendo a bandeira do Brasil junto a um cartaz do evento ocorrido na Câmara Federal, fotografia de Antônio Araújo, Câmara dos Deputados)
O plenário da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados foi tomado por jovens mães com seus bebês nesta quarta-feira (7). O seminário Faces da Violência Contra a Mulher reuniu mulheres de todo o País que reivindicam a autonomia sobre seu parto.
"Pelo direito de parir, pelo direito de nascer. Somos todas Adeli, pelo direito de escolher." O caso da mulher gaúcha Adeli Góes, que foi levada por policiais para realizar uma cesariana que não queria foi o mote para a mesa que discutiu a violência obstétrica e trouxe para Brasília as defensoras do parto humanizado.
Em 2011, dos quase três milhões de nascimentos, 53% foram cesarianas, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável o índice de 15%.
Princípios da bioética
A pesquisadora Daphne Rattner, presidente da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, disse que as instituições médicas não respeitam os princípios da bioética quando tratam da mulher que vai dar a luz. Os princípios da autonomia da mulher e da escolha não são considerados. “Ela não é respeitada em seus sentimentos, história e cultura.”
Daphne Ratter citou como exemplo a pesquisa nascer no Brasil, de 2011 e 2012. Os dados mostram que apenas 44% das mulheres tiveram assegurado o direito ao acompanhante no parto, que já é lei desde 2005.
No entender da especialista, o parto humanizado coloca a mulher como sujeito do parto. “Ela decide como quer, é seu corpo que determina seu início e é ela que faz as opções durante todo o processo.”
Daphne Rattner acrescentou que as evidências científicas cada vez mais mostram que a mulher tem condições de parir. “Muitas das práticas foram sendo incorporadas historicamente à assistência obstétrica, sem uma avaliação de tecnologia. Hoje em dia, com a medicina baseada em evidências, nós sabemos que essas práticas têm de ser eliminadas."
A especialista lamenta que essas práticas sejam correntes na maioria dos hospitais e, além disso, ainda sejam ensinadas nas universidades.
Cesarianas desnecessárias 
A especialista reclamou do aumento das cesarianas desnecessárias. Ela citou pesquisa que mostra que 55,7% dos partos no Brasil foram feitos por cesárias em 2012, com crescimento de 2% ao ano.
Daphne também lembrou outras formas de violência obstetra como o parto deitado, que limita as condições da mulher de ter um parto natural, o método de empurrar o bebê para acelerar o nascimento, cortes e outros procedimentos.
Tanto Daphne, quanto a presidente da Associação Artemis, Raquel de Almeida Marques, defenderam uma ampla mudança que abranja os hospitais, os profissionais e a própria sociedade como a única solução definitiva para essa situação de desumanização da mulher que dá a luz.
Raquel Marques, que preside uma entidade que tem como objetivo prevenir e erradicar a violência obstétrica, disse ainda que é preciso cobrar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aplicação da sua resolução de 2008, que controla os procedimentos adotados nos partos e exige que se tornem públicas informações sobre quais são os hospitais que cumprem essas regras, assim como os números de cesarianas e outros procedimentos por médico e por hospital.
Durante a audiência pública, ficou decidido que um grupo com integrantes da Comissão de Direitos Humanos e da bancada feminina vão pessoalmente entregar esse pedido à Anvisa.
Reciclagem de profissionais
Representantes dos ministérios da Justiça e da Saúde informaram que está sendo feita uma reciclagem dos profissionais de suas áreas para atender os casos de violência contra a mulher.
Especificamente com relação à gestação e ao nascimento, o Ministério da Saúde informou que estão sendo reformadas ou construídas 180 casas de parto ligadas aos hospitais para atender partos nos quais a autonomia da mulher seja respeitada.
FONTE -http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/467482-MAES-RECLAMAM-DE-VIOLENCIA-OBSTETRICA-EM-SEMINARIO-SOBRE-VIOLENCIA-CONTRA-MULHER.html?utm_campaign=boletim&utm_source=agencia&utm_medium=email
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terça-feira, 6 de maio de 2014

POLIOMIELITE/EPIDEMIAS - OMS lança alerta sobre a emergência internacional da Pólio

Disseminação da pólio é emergência pública internacional, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a disseminação da pólio é uma emergência pública de saúde internacional.
Ativista aplica vacina contra pólio em criança de Aleppo, na Síria (Reuters)
(imagem - foto colorida de uma menina síria, em Alleppo, zona de guerra permanente, recebendo a vacina anti-pólio, apenas uma gota que pode lhe mudar o futuro todo, para além da guerra, como em todos os outros locais onde a poliomielite voltou com força total....apenas um mão estendida de um ativista, mas que precisa de urgentemente ter outras em ação contra a pólio - fotografia reuters)

O surgimento de casos na Ásia, África e Oriente Médio, segundo a agência, é um "evento extraordinário" e é necessária uma "resposta internacional" coordenada.
"As condições para uma emergência pública de saúde internacional foram alcançadas", afirmou Bruce Aylward, diretor-geral assistente da organização.
Aylward deu a declaração depois da reunião de emergência da semana passada, ocorrida em Genebra, que discutiu justamente a doença e incluiu representantes dos países afetados.
"A disseminação internacional da pólio em 2014 constitui um 'evento extraordinário' e um risco para a saúde pública para outros países para o qual uma resposta coordenada internacional é essencial", informou o Comitê de Regulação de Emergência da OMS em uma declaração oficial.
"Se não for controlada, esta situação poderá resultar no fracasso da erradicação global de uma das mais graves doenças que podem ser evitadas com vacinas."
A OMS afirma que países como Paquistão, Camarões e Síria representam "a maior ameaça de maior exportação do vírus da pólio em 2014".
A agência recomendou que cidadãos dos países afetados pela doença que forem viajar para o exterior levem certificados e provas de que foram vacinados.
Segundo a correspondente da BBC em Genebra Imogen Foulkes, esta é a segunda vez na história da OMS que a agência faz este tipo de declaração. A primeira vez ocorreu durante a epidemia de gripe suína em 2009.
A pólio é uma doença infecciosa causada por um vírus que invade o sistema nervoso e pode chegar a causar paralisia total.
Em um em cada 200 casos, essa paralisia é irreversível. As principais vítimas são crianças até de cinco anos.

Violência

O vírus da pólio é considerado endêmico em três países: Paquistão, Afeganistão e Nigéria. Mas os ataques e violência contra as campanhas de vacinação, ocorridos principalmente no Paquistão, permitiram que o vírus se espalhasse através das fronteiras.
A Síria, que havia 14 anos não registrava casos, voltou a ser infectada com o vírus vindo do Paquistão.
Os refugiados estão fugindo da Síria para a Jordânia, Líbano e Turquia e checar se todos eles foram vacinados será impossível, afirmou a correspondente da BBC em Genebra.
Segundo a OMS, no total são dez países infectados pela pólio: Afeganistão, Camarões, Guiné Equatorial, Etiópia, Iraque, Israel, Nigéria, Paquistão, Somália e Síria.

No Brasil

O Brasil, assim como todos os países das Américas, faz parte do grupo de países que não registram casos de pólio há mais de uma década, segundo a OMS.
Segundo o Ministério da Saúde, não há registro de casos de poliomielite no Brasil desde 1990.
"Além disso, o país possui certificado da Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminação da doença e, anualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza campanhas de vacinação, com coberturas superiores a 95%, o que confere alto grau de proteção à população brasileira", afirmou o Ministério em nota enviada à BBC Brasil.
"Em relação ao comunicado da OMS, o documento não faz restrição de viagens para os países que tiveram circulação do vírus nos últimos meses. Entretanto, recomendamos aos brasileiros que queiram visitar estes países que mantenham atualizada a caderneta de vacinação. A vacina contra a poliomielite é ofertada gratuitamente nos postos de saúde."
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140505_polio_epidemia_alerta_fn.shtml