Experiência com macaco dá pistas sobre a esquizofrenia em humanos
(imagem - foto de divulgação com três macacos Rhesus juntos na natureza, utilizados em pesquisas de laboratório, dentro da visão de psiquiatria biologicista)
O cérebro do macaco rhesus pode revelar pistas sobre as raízes da esquizofrenia e de outros distúrbios neuropsiquiátricos em humanos, de acordo com um novo estudo publicado nesta segunda-feira na “Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America” (Pnas).
Os pesquisadores sabem que níveis reduzidos de dois marcadores: negatividade incompatibilidade (MMN) e potenciais de eventos relacionados de P3a (PER) - índices neurofisiológicos das funções cognitiva e sensorial - indicam a ocorrência de esquizofrenia.
Desta forma, o cientista português Ricardo Gil-da-Costa, do Instituto Salk de Estudos Biológicos, nos EUA, desenvolveu um modelo especial de eletroencefalograma com objetivo de acompanhar a reação cerebral da quetamina, um analgésico que bloqueia os receptores neurais NMDA. Esta droga pode provocar sintomas de esquizofrenia em indivíduos normais, reduzindo os níveis de MMN e P3a.
A chave para o modelo, dizem os autores, vem de similaridades entre os cérebros humanos e do macaco rhesus. Com isso, eles mediram as funções sensoriais e cognitivas que eram diretamente comparáveis com as de humanos.
Da mesma forma que ocorrem em humanos com esquizofrenia e em indivíduos normais que tomam a quetamina, eles observaram um significativo declínio de MMN e P3a nos macacos. Segundo o artigo, o modelo abre caminho para a compreensão dos mecanismos celulares e terapias. De acordo com os autores, o modelo com primatas pode dar pistas sobre a esquizofrenia e outros transtornos neuropsiquiátricos em humanos.
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