(imagem - representação com desenhos de nanodiamantes com o formato de pequenas bolas de futebol, de cor azul, em grupos de três, que têm de 4 a 6 nanômetros de diâmetro - UCLA)
Recentemente, os médicos começaram a categorizar o câncer de mama em quatro grupos principais, de acordo com a composição genética das células cancerosas.
A categoria do câncer em geral determina o melhor método de tratamento.
Mas o câncer de um dos quatro grupos - o chamado "tipo basal" ou câncer de mama "triplo negativo" (CMTN) - tem sido particularmente difícil de tratar porque geralmente não responde aos medicamentos que são muitas vezes eficazes no tratamento de outros tipos de câncer de mama.
Felizmente, uma terapia pode estar a caminho, uma terapia baseada em uma substância que parece ter pouco ou nada a ver com medicamentos.
Dean Ho e seus colegas da Universidade da Califórnia (EUA) desenvolveram um tratamento potencialmente mais eficaz para o CMTN que usa diamantes.
São diamantes minúsculos, em escala nanométrica, tão pequenos que são conhecidos como nanodiamantes.
Os nanodiamantes têm entre 4 e 6 nanômetros de diâmetro e têm a forma de pequenas bolas de futebol.
Subprodutos da mineração convencional que procura diamantes para joias e uso industrial, os nanodiamantes formam aglomerados quando são associados com as drogas da quimioterapia, levando o medicamento diretamente às células a serem tratadas.
Isto melhora significativamente o efeito das drogas.
"Este estudo demonstra a versatilidade dos nanodiamantes como agentes de entrega de medicamentos diretamente no tumor," disse Ho. "O agente que nós desenvolvemos reduz os efeitos colaterais tóxicos associados com o tratamento e leva a reduções significativas no tamanho do tumor."
A equipe combinou várias fármacos que combatem o câncer na superfície dos nanodiamantes, incluindo a epirubicina, uma droga de quimioterapia altamente tóxica, mas amplamente utilizada, que é frequentemente administrada em combinação com outros medicamentos contra o câncer.
O novo composto mostrou-se capaz de se ligar a um material da membrana celular revestido com anticorpos que ocorre em grande quantidade na superfície das células tumorais.
Quando testado em camundongos, o agente à base de nanodiamantes diminuiu notavelmente o crescimento do tumor e eliminou os efeitos colaterais devastadores do tratamento convencional do câncer de mama.
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