Neurocientistas da The University of Texas Health
Science Center at Houston, nos EUA, conseguiram reverter a perda de memória em
células cerebrais animais.
A pesquisa representa um grande passo nos esforços
para ajudar pessoas com perda de memória ligada a distúrbios cerebrais, tais
como a doença de Alzheimer.
Usando células nervosas do caracol de mar, os
cientistas inverteram a perda de memória determinando quando as células estavam
preparadas para a aprendizagem.
Os cientistas foram capazes de ajudar as células a
compensar a perda de memória treinando-as através da utilização de esquemas de
formação otimizados.
Os resultados aparecem no The Journal of
Neuroscience.
"Apesar de muito trabalho ainda precisar ser feito,
temos demonstrado a viabilidade de nossa nova estratégia para ajudar a superar
os déficits de memória", afirma o autor sênior John " Jack"
Byrne.
Em 2012, Byrne e seus colegas mostraram um aumento
significativo na memória de longo prazo em caracóis marinhos saudáveis chamados
Aplysia californica, animal que possui um sistema nervoso simples, mas com
células com propriedades semelhantes a outras espécies mais avançadas, incluindo
seres humanos.
A coautora da pesquisa Yili Zhang desenvolveu um
sofisticado modelo matemático que pode prever quando os processos bioquímicos no
cérebro do caracol estão preparados para a aprendizagem.
O modelo é baseado em cinco sessões de treino
programadas em intervalos de tempo diferentes que variam de 5 a 50 minutos. Ele
pode gerar 10 mil horários diferentes e identificar o cronograma mais em
sintonia com a aprendizagem ideal.
"A questão de acompanhamento lógica era se poderíamos
usar a mesma estratégia para superar um déficit na memória. A memória ocorre
devido a uma mudança na resistência das ligações entre os neurônios. Em muitas
doenças associadas com déficits de memória, essa mudança é bloqueada", explica
Byrne.
Para testar se sua estratégia iria ajudar na perda de
memória, os pesquisadores simularam um distúrbio do cérebro em uma cultura de
células, pegando as células sensoriais do caracol do mar e bloqueando a
atividade de um gene que produz uma proteína da memória. Isto resultou em uma
diminuição significativa na força das conexões dos neurônios, que é responsável
pela memória de longo prazo.
Para imitar as sessões de treinamento, as células
receberam um produto químico em intervalos prescritos pelo modelo matemático.
Após cinco sessões de treino, que, como o estudo anterior foram em intervalos
irregulares, a força das ligações voltou quase ao normal nas células
danificadas.
"Esta metodologia pode ser aplicada aos seres humanos
se pudermos identificar os mesmos processos bioquímicos nos seres humanos.
Nossos resultados sugerem uma nova estratégia para o tratamento de déficit
cognitivo", conclui Byrne.
fonte - isaude - http://www.jptl.com.br/?pag=ver_noticia&id=57782
Nenhum comentário:
Postar um comentário