Conselho de Direitos Humanos condena discriminação contra albinos
Resolução foi aprovada em Genebra nesta quinta-feira; países pedem medidas que garanta a segurança das pessoas com a condição.
(imagem - fotografia colorida do amplo salão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com as mesas em formato arredondado e concêntricas, com um belo teto onde o azul é predominante)
O Conselho de Direitos Humanos adotou uma resolução que condena ataques e discriminação de pessoas albinas. O documento foi aprovado nesta quinta-feira, em Genebra.
O órgão também pede medidas para garantir a proteção de pessoas com albinismo. A resolução foi uma proposta das nações africanas.
Investigação
Na alteração genética, ocorre uma falha na produção de melanina, causando ausência parcial ou total da pigmentação da pele, olhos e cabelos.
Os países que fazem parte do Conselho de Direitos Humanos pedem garantias da prestação de contas, através de uma conduta imparcial e da investigação rápida e eficaz dos ataques contra albinos.
Objetivos
O embaixador de Angola junto às Nações Unidas em Genebra, Apolinário Jorge Correia, destacou em entrevista à Rádio ONU a promoção dos direitos dos albinos como objetivo fundamental da resolução.
"Ainda há tendências, em algumas sociedades, onde é visível a discriminação contra os albinos. Estes têm dificuldades de encontrar emprego e de se inserir na sociedade, porque ainda há preconceitos. Esta resolução visa, precisamente, acabar com esses estereótipos. É uma resolução do grupo africano que foi apoiada por outros países fora do continente e passou por consenso."
Bruxaria
Segundo a ONU, na Tanzânia, onde os ataques contra albinos são recorrentes, houve 72 homicídios desde 2000. Os casos estão geralmente ligados à bruxaria.
A resolução prevê ainda que seja garantido o acesso das vítimas e das suas famílias a remédios apropriados e à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Resposta
O embaixador Correia falou da situação dos albinos em Angola.
"A importância é lutar para a promoção e igualdade para os direitos dos Albinos. Em Angola estamos avançados, já temos a Associação de Apoio aos Albinos de Angola, para combater este tipo de discriminação e marginalização que ainda existia."
O Conselho pediu ao Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos que apresente um relatório preliminar sobre os ataques e a discriminação contra as pessoas com albinismo na próxima sessão.
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