quinta-feira, 12 de setembro de 2013

SAÚDE MENTAL/LUTA ANTIMANICOMIAL - A necessidade de Políticas Públicas estruturais consolidando a Reforma psiquiátrica

Especialistas apontam necessidade de mais políticas públicas para a saúde mental

Reforma psiquiátrica, de 2010, estabeleceu novas diretrizes para o tratamento de doentes mentais, com maior inserção social
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(imagem - foto colorida de três pessoas, três mulheres de mãos dadas, vistas de costas, com suas sombras projetadas em uma parede onde está escrito Pavilhão, o nome de alas psiquiátricas em grandes manicômios do país, onde muitos 'doentes mentais' ainda permanecem internados - fotografia da reportagem FolhaPress/arquivo/RBA)
São Paulo – A reforma psiquiátrica, que ocorreu com a instituição da Lei 10.216, de 2010, estabeleceu um novo modelo para o tratamento de indivíduos doentes mentalmente, em que os serviços de atenção à saúde mental foram transferidos do hospital para uma rede de atenção psicossocial. Esta rede é estruturada em unidades de serviços comunitários, eliminando assim a internação como uma forma de exclusão social.
Ainda assim, especialistas apontam a necessidade de maior empenho na formulação de políticas públicas na saúde mental. “A saúde mental não está restrita às pessoas que têm patologia psíquica de fato, está intrinsecamente ligada a qualquer cidadão que adoece pela não garantia de seu direito, ou pela violência do estado, pela segregação, preconceito, racismo”, disse Fábio Belloni, da Associação Brasileira de Saúde mental, à TVT.
Daniela Arbex, escritora e jornalista, lamenta a disseminação da prática da internação involuntária e compulsória de dependentes de crack, que desde janeiro ocorre através do Centro de Referência de Álcool e Drogas (Cratod), projeto do governo do estado de São Paulo. “Houve um grande avanço no Brasil com a reforma psiquiátrica, não há dúvida disso, mas temos um desafio enorme ainda pela frente. E estamos à volta com a reinternação compulsória que pode ser uma reedição dos abusos do passado e que precisa ser rediscutida”, afirma.
A coordenadora do Ala Loucos pela X, Simone Ramalho, explica que a reinserção no mundo do trabalho é a maior dificuldades para pessoas com problemas na saúde mental. O projeto trabalha com a confecção de materiais carnavalescos. “A gente sabe que a inserção no mundo do trabalho é um problema pra essas pessoas, e a gente tem encontrado uma saída bacana para isso que é o trabalho no mundo do carnaval, o que mostra que há muitos espaços solidários na vida da cidade em que a diferença é bem vinda”, afirma.
veja reportagem com vídeo da TVT - acesse o link acima.
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