(imagem- representação gráfica de um cérebro, o nosso SNC, sistema nervoso central, de cor azul, com suas circunvoluções, de onde saem como raios luminosos azuis feixes que tem pontos brilhantes sobre o fundo escuro, publicada na matéria)
Uma em cada 26 pessoas já foi, é ou será acometida pela epilepsia. Embora seja possível controlar as crises em 70% dos casos, ao menos 40% desses pacientes, ou seja, 780 mil estão recebendo tratamento inadequado ou não recebem tratamento algum. O alerta é da Academia Brasileira de Neurologia. Para o Dia Nacional da Conscientização sobre a Epilepsia, hoje, será lançada uma campanha de conscientização com ações diversas, em diversos estados brasileiros.
As pessoas que convivem com a epilepsia muitas vezes são vítimas de preconceito e de exclusão social. Muitas se afastam do convívio com amigos e familiares, tem dificuldade de acesso à escola e ao mercado de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde 70 a 80% das pessoas com epilepsia poderiam apresentar condições de vida melhores se recebessem tratamento adequado. De acordo com o o médico do núcleo de doenças complexas da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, Carlos Danton Machado, desmitificar a epilepsia por meio de informações corretas contribui para diminuir o preconceito sofrido pelo doente. A pessoa com epilepsia é perfeitamente capaz de levar vida normal: estudar, trabalhar, praticar esportes e conviver bem com todos.
“É importante esclarecer que o transtorno não é contagioso; a pessoa saudável não pega a doença tocando em uma pessoa em estado de crise. A doença também não é um tipo de loucura e muito menos possessão demoníaca. Muita gente ainda acredita nisso, o que é triste. Mitos como estes são preconceituosos e amplificam o sofrimento”, disse.
A epilepsia é caracterizada por crises repetidas, que não sejam causadas por intoxicação ou alterações no metabolismo. Possui causas variadas como: traumatismo craniano, tumores cerebrais, sequela de sofrimento fetal e infecção do sistema nervoso. Uma porcentagem muito pequena das epilepsias tem causa hereditária.
Cerca de 70% das pessoas com epilepsia levam vida normal tomando medicamentos. Os outros 30%, que não respondem bem ao tratamento farmacológico, podem ser submetidos à cirurgia ou a outros tratamentos.
Segundo Machado, conhecer o modo de manifestação da doença e saber lidar com ela sem preconceitos é a melhor maneira de garantir uma vida melhor e mais saudável.
“Diante de uma crise epilética é importante manter a calma. Posicione a pessoa de lado. Afaste os objetos que ofereçam risco. Não tente desenrolar a língua. Não coloque objetos na boca, não dê substâncias para cheirar nem dê líquidos para ela beber. Esfregar álcool, vinagre ou outras substâncias no corpo da pessoa também não são indicados. Se a crise durar mais que de 5 a 10 minutos, chame uma ambulância”, explica. O diagnóstico da epilepsia é simples e pode ser feito em uma entrevista com o médico. O tratamento também é simples e eficaz, e os medicamentos necessários estão disponíveis gratuitamente no SUS.
As pessoas que convivem com a epilepsia muitas vezes são vítimas de preconceito e de exclusão social. Muitas se afastam do convívio com amigos e familiares, tem dificuldade de acesso à escola e ao mercado de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Saúde 70 a 80% das pessoas com epilepsia poderiam apresentar condições de vida melhores se recebessem tratamento adequado. De acordo com o o médico do núcleo de doenças complexas da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, Carlos Danton Machado, desmitificar a epilepsia por meio de informações corretas contribui para diminuir o preconceito sofrido pelo doente. A pessoa com epilepsia é perfeitamente capaz de levar vida normal: estudar, trabalhar, praticar esportes e conviver bem com todos.
“É importante esclarecer que o transtorno não é contagioso; a pessoa saudável não pega a doença tocando em uma pessoa em estado de crise. A doença também não é um tipo de loucura e muito menos possessão demoníaca. Muita gente ainda acredita nisso, o que é triste. Mitos como estes são preconceituosos e amplificam o sofrimento”, disse.
A epilepsia é caracterizada por crises repetidas, que não sejam causadas por intoxicação ou alterações no metabolismo. Possui causas variadas como: traumatismo craniano, tumores cerebrais, sequela de sofrimento fetal e infecção do sistema nervoso. Uma porcentagem muito pequena das epilepsias tem causa hereditária.
Cerca de 70% das pessoas com epilepsia levam vida normal tomando medicamentos. Os outros 30%, que não respondem bem ao tratamento farmacológico, podem ser submetidos à cirurgia ou a outros tratamentos.
Segundo Machado, conhecer o modo de manifestação da doença e saber lidar com ela sem preconceitos é a melhor maneira de garantir uma vida melhor e mais saudável.
“Diante de uma crise epilética é importante manter a calma. Posicione a pessoa de lado. Afaste os objetos que ofereçam risco. Não tente desenrolar a língua. Não coloque objetos na boca, não dê substâncias para cheirar nem dê líquidos para ela beber. Esfregar álcool, vinagre ou outras substâncias no corpo da pessoa também não são indicados. Se a crise durar mais que de 5 a 10 minutos, chame uma ambulância”, explica. O diagnóstico da epilepsia é simples e pode ser feito em uma entrevista com o médico. O tratamento também é simples e eficaz, e os medicamentos necessários estão disponíveis gratuitamente no SUS.
TIRE SUAS DÚVIDAS
O que fazer durante uma crise?
Fora do ambiente hospitalar o observador deve voltar a cabeça do paciente para o lado, se possível, sobre uma almofada ou travesseiro. Isso ajuda a proteger contra traumatismos na cabeça e também evitar que ocorra aspiração de alimentos, salivação ou vômitos para o pulmão. Não se deve tentar puxar a língua do paciente, pois o observador pode sofrer lesão grave da mão e neste tipo de crise, ao contrario dos desmaios, a língua costuma ficar em sua posição normal. Geralmente a crise dura alguns segundos a minutos e o paciente pode ser levado ao hospital com tranqüilidade, se a crise for inédita ou conforme orientação médica. Caso a crise dure mais que 5 minutos, deve-se levar o paciente imediatamente ao hospital, para que se possam usar medicamentos para abortar a crise.
Fora do ambiente hospitalar o observador deve voltar a cabeça do paciente para o lado, se possível, sobre uma almofada ou travesseiro. Isso ajuda a proteger contra traumatismos na cabeça e também evitar que ocorra aspiração de alimentos, salivação ou vômitos para o pulmão. Não se deve tentar puxar a língua do paciente, pois o observador pode sofrer lesão grave da mão e neste tipo de crise, ao contrario dos desmaios, a língua costuma ficar em sua posição normal. Geralmente a crise dura alguns segundos a minutos e o paciente pode ser levado ao hospital com tranqüilidade, se a crise for inédita ou conforme orientação médica. Caso a crise dure mais que 5 minutos, deve-se levar o paciente imediatamente ao hospital, para que se possam usar medicamentos para abortar a crise.
Sem tratamento, há danos irreversíveis
Se fica sem tratamento por muito tempo, o prejuízo é imenso para o indivíduo e para o Estado.
São questões que reforçar o fato de que, apesar de a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para portadores de epilepsia estar desenhada e implantada, ainda funciona de forma precária, assimétrica e desproporcional às necessidades dos pacientes. Os motivos são vários: o treinamento em epilepsia é insuficiente, o retorno às unidades de saúde é muito demorado, os Centros de Neurologia estão sobrecarregados (com recursos pessoais e diagnósticos insuficientes) e a comunidade não conhece bem a doença. Uma das soluções capazes controlar as crises epilépticas em 50% dos pacientes com epilepsia é fazer este atendimento na rede básica de saúde.
Atualmente a ABN atua nesse sentido, participando da Comissão do Ministério da Saúde/OPAS para elaborar o Caderno de Ações Básicas de Saúde (CAB) em epilepsia para capacitar os profissionais que atuam neste nível de atendimento.
Se fica sem tratamento por muito tempo, o prejuízo é imenso para o indivíduo e para o Estado.
São questões que reforçar o fato de que, apesar de a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para portadores de epilepsia estar desenhada e implantada, ainda funciona de forma precária, assimétrica e desproporcional às necessidades dos pacientes. Os motivos são vários: o treinamento em epilepsia é insuficiente, o retorno às unidades de saúde é muito demorado, os Centros de Neurologia estão sobrecarregados (com recursos pessoais e diagnósticos insuficientes) e a comunidade não conhece bem a doença. Uma das soluções capazes controlar as crises epilépticas em 50% dos pacientes com epilepsia é fazer este atendimento na rede básica de saúde.
Atualmente a ABN atua nesse sentido, participando da Comissão do Ministério da Saúde/OPAS para elaborar o Caderno de Ações Básicas de Saúde (CAB) em epilepsia para capacitar os profissionais que atuam neste nível de atendimento.
Para a população em geral, o risco de ter epilepsia é de 1%
Para a população em geral o risco de ter epilepsia é de 1%. Se um dos pais apresentar a doença, esse risco aumenta para 2 a 4 %. Porém se os dois tiverem crises, o risco pode chegar a 30%. Já para irmão gêmeos, quando um deles tem crises epilépticas, o risco para o outro é de 10 a 20 % se não forem gêmeosidênticos é de 80% se forem idênticos.
O exame mais importante para o diagnóstico de epilepsia é o Eletroencefalograma (EEG), que pode ser realizado no intervalo ou durante as crises, quando então a chance de identificar o local e a causa do problema é bem maior. O EEG ajuda o médico na classificação do tipo de epilepsia, na escolha da medicação mais adequada, na definição do tempo de tratamento e na programação de outros exames complementares como, por exemplo, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética que podem identificar lesões cerebrais e constatar a causa da epilepsia. Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por “sintomática”, ou seja, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65% dos casos não se identifica nenhuma causa, é a epilepsia “idiopática”.
A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente e resultado dos exames complementares. 70% das pessoas com epilepsia têm as crises completamente controladas com esses medicamentos. E o primeiro passo para o controle adequado das crises é o uso coreto destas medicações, respeitando rigorosamente a orientação do médico quanto às doses e horários em que devem ser tomadas. Em geral a medicação deve ser usada por anos ou até o final da vida. Para os 30 % restantes que não controlam as crises com medicamentos, há alternativas, como o tratamento cirúrgico, que promove a remoção da parte do cérebro que dá origem à descargas elétricas que causam a crise. Em determinadas situações o médico pode recomendar a mudança no padrão alimentar, que pode levar a uma alteração no metabolismo do paciente, favorecendo o controle das crises.
Para a população em geral o risco de ter epilepsia é de 1%. Se um dos pais apresentar a doença, esse risco aumenta para 2 a 4 %. Porém se os dois tiverem crises, o risco pode chegar a 30%. Já para irmão gêmeos, quando um deles tem crises epilépticas, o risco para o outro é de 10 a 20 % se não forem gêmeosidênticos é de 80% se forem idênticos.
O exame mais importante para o diagnóstico de epilepsia é o Eletroencefalograma (EEG), que pode ser realizado no intervalo ou durante as crises, quando então a chance de identificar o local e a causa do problema é bem maior. O EEG ajuda o médico na classificação do tipo de epilepsia, na escolha da medicação mais adequada, na definição do tempo de tratamento e na programação de outros exames complementares como, por exemplo, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética que podem identificar lesões cerebrais e constatar a causa da epilepsia. Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por “sintomática”, ou seja, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65% dos casos não se identifica nenhuma causa, é a epilepsia “idiopática”.
A escolha da medicação antiepiléptica a ser utilizada é feita com base no tipo de crise apresentada pelo paciente e resultado dos exames complementares. 70% das pessoas com epilepsia têm as crises completamente controladas com esses medicamentos. E o primeiro passo para o controle adequado das crises é o uso coreto destas medicações, respeitando rigorosamente a orientação do médico quanto às doses e horários em que devem ser tomadas. Em geral a medicação deve ser usada por anos ou até o final da vida. Para os 30 % restantes que não controlam as crises com medicamentos, há alternativas, como o tratamento cirúrgico, que promove a remoção da parte do cérebro que dá origem à descargas elétricas que causam a crise. Em determinadas situações o médico pode recomendar a mudança no padrão alimentar, que pode levar a uma alteração no metabolismo do paciente, favorecendo o controle das crises.
PROGRAMA
Atendimento Integral do HC
O Grupo de Epilepsia do Hospital de Clínicas da UFPR realiza atendimento ambulatorial de epilepsia de difícil controle em adultos, desde 1992; videoeletrencefalografia, desde 1994; e cirurgia de epilepsia, desde 1996. Em maio de 1997, foi credenciado pelo Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde como um dos oito centros nacionais de referência para exploração e tratamento cirúrgico de epilepsia.
Nos dois ambulatórios de epilepsia são atendidos, semanalmente, de 40 a 45 pacientes e, mensalmente, são realizadas de oito a dez explorações e três a quatro cirurgias. Para o atendimento integral aos pacientes com epilepsia, o Programa conta com vários profissionais de diversas áreas.
O Grupo de Epilepsia do Hospital de Clínicas da UFPR realiza atendimento ambulatorial de epilepsia de difícil controle em adultos, desde 1992; videoeletrencefalografia, desde 1994; e cirurgia de epilepsia, desde 1996. Em maio de 1997, foi credenciado pelo Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde como um dos oito centros nacionais de referência para exploração e tratamento cirúrgico de epilepsia.
Nos dois ambulatórios de epilepsia são atendidos, semanalmente, de 40 a 45 pacientes e, mensalmente, são realizadas de oito a dez explorações e três a quatro cirurgias. Para o atendimento integral aos pacientes com epilepsia, o Programa conta com vários profissionais de diversas áreas.
QUAIS SÃO AS CAUSAS DA APILEPSIA?
Muitos fatores, genéticos ou adquiridos podem causar lesão nos neurônios a ponto de causar epilepsia. As causas mais frequentes são:
- Traumatismos cranianos
- Drogas ou tóxicos
- Acidente vascular cerebral
- Doenças degenerativas do cérebro
- Doenças infecciosas e parasitárias
- Distúrbios vasculares, metabólicos e nutricionais
- Tumores
- Fatores genéticos
- Traumatismos de parto
- Malformações cerebrais
- FONTE http://www.bemparana.com.br/noticia/275645/um-em-cada-26-brasileiros-teve-tem-ou-tera-epilepsia
ótimo!!!
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