quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

ALZHEIMER&Pesquisas - USP pesquisa memória visual para detectar precocemente o Alzheimer

USP PESQUISA memória visual para diagnosticar sinais precoces da Doença de Alzheimer 

Pesquisa da USP de Ribeirão Preto, SP, testa memória visual de voluntários — Foto: Cláudio Oliveira/EPTV


imagem da matéria - Pesquisa da USP de Ribeirão Preto, SP, visa mapear memória visual da população — Foto: Cláudio Oliveira/EPTV

Testes visam mapear e identificar pacientes que tenham algum tipo de comprometimento clínico. Estudo está na fase inicial e busca voluntários.

Pesquisadores do laboratório de psicologia cognitiva da USP de Ribeirão Preto (SP) realizam um estudo sobre memória visual para tentar diagnosticar precocemente possíveis demências como o Alzheimer. A pesquisa visa mapear a memória de pessoas normais para tentar identificar pacientes que tenham algum tipo de comprometimento clínico.

“Esse teste de recordação em que apresentamos formas e cores em localizações diferentes tem sido muito utilizado em outros países e tem se mostrado um bom preditor para manifestação precoce do Alzheimer. É importante que a gente tenha uma base da população normal para entender como esses comprometimentos estão acontecendo e para tentarmos explicar melhor porque eles acontecem”, diz a psicóloga Lorena Macedo.De acordo com o professor de psicologia e diretor da pesquisa César Galera, a memória envelhece com o passar dos anos e não há nada a se fazer para mudar isso.

“Existem vários tipos de memórias e nós focamos na memória visuoespacial, aparentemente, é uma memória simples, mas é extremamente importante no nosso dia a dia. Por exemplo, você precisa saber onde deixou as chaves ou um livro, essa associação local-objeto é muito importante e é uma das memórias que se perde mais rapidamente com o envelhecimento", afirma o diretor da pesquisa.Ainda de acordo com Galera, o envelhecimento não pode ser combatido, mas uma alimentação saudável, exercícios físicos e atividade intelectual podem ajudar a manter a memória em dia.

“Todo mundo a partir dos 25 a 30 anos começa a ter uma pequena perda de memória. Pessoas que perdem essa capacidade de associar cor e forma, nome e face, talvez venham a ter Alzheimer. Essa perda de memória pode ser um indicativo de que a pessoa vai ter um problema no futuro", conta o professor.A pesquisa consiste em observar cores, formas e localizá-las em um programa de computador, que mede o número de acertos e erros em um determinado período de tempo, cerca de 40 minutos. O que parece ser uma tarefa simples, pode confundir na hora dos exercícios.“É fácil, só que é bem rápido e você tem que se concentrar bastante nas formas, porque elas mudam de lugar e, algumas vezes, de cor também e tem que estar bem concentrado”, afirma a voluntária Tainara Albiasetti.

Os pesquisadores explicam que os dados não serão analisados individualmente. Será considerado o comportamento do grupo de voluntários. Além disso, outras linhas de estudo que envolvem emoção e atenção, também estão sendo realizadas.

“Apesar da gente falar muito sobre memória, ainda tem muita coisa que precisamos saber do funcionamento normal da memória para expandir depois para as diferenças clínicas. A partir do tempo de resposta da pessoa e a quantidade de acertos, traçamos um padrão de desempenho”, afirma a psicóloga Lorena.De acordo com a psicóloga, a pesquisa ainda está no estágio inicial e precisa de voluntários. Podem participar dos testes pessoas entre 18 e 35 anos e que tenham visão normal para cor. 

Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (16) 3315-4393.

Fonte - com vídeo da matéria e mais imagens - 
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/01/01/usp-pesquisa-memoria-visual-para-diagnosticar-sinais-precoces-de-doencas-como-alzheimer.ghtml

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