sábado, 20 de abril de 2013

DOENÇAS RARAS/PESQUISAS - Estudo da USP - Síndrome de Williams provoca estresse mais elevado

Estudo da USP
Síndrome de Williams provoca estresse mais elevado em crianças com seu quadro 

São Paulo - Inspirado nas dificuldades enfrentadas por crianças e adolescentes que sofrem da Síndrome de Williams-Beuren no contexto escolar, um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina (FM) da USP apontou um elevado índice de estresse dessas pessoas comparado com outras sem a doença.

A Síndrome de Williams-Beuren é uma doença congênita rara, que atinge 1 entre 20.000 nascidos vivos. A pessoa doente apresenta anomalias cardiovasculares e cardíacas importantes, podendo ter hipertensão arterial, alterações renais no trato urinário e musculoesquético, como escoliose, lordose e alteração osteoarticular.
Problemas gastrointestinais, oculares e má formação dentária também aparecem como sintomas da doença, podendo apresentar também hiperacusia, ansiedade, depressão, déficit de atenção e deficiência intelectual de leve a moderada. Devido a condição clínica, as crianças e adolescentes com síndrome de Williams têm dificuldades na coordenação motora fina, como amarrar cadarços, usar tesoura, escrever com letra cursiva e outros.
A pesquisa, desenvolvida pela psicopedagoga Vera Alice Amaral, partiu de uma iniciativa de estudo sobre estresse dos professores. Devido às características próximas dos sintomas de quem sofre de estresse, os pacientes que sofrem da Síndrome de Williams passaram a ser o foco do estudo.
Se uma pessoa sem a síndrome no enfrentamento de estresse podem ter problemas cardíacos, hipertensão e problemas mentais, uma pessoa com doença, sem a devida atenção e sofrendo de estresse, pode estar em maior perigo”, conta a pesquisadora.
Vera Alice afirma que, em muitos casos, os professores não conseguem reconhecer os sintomas da síndrome, o que pode agravar o nível de estresse do aluno. “Na minha atuação como professora, sempre me incomodei com as crianças que apresentavam dificuldades de aprendizagem”, conta.
“Busquei respostas na Psicopedagogia e fiquei intrigada com a deficiência intelectual”, relata, ressaltando que “se especializou no assunto e se surpreendeu com as mais variadas síndromes, especialmente a de Williams, quando se tornou voluntária da Associação Brasileira da Síndrome de Williams”.

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