domingo, 29 de março de 2015

PARALISIA CEREBRAL/SUPERAÇÃO - Irmão de Lewis Hamilton, Nicolas prova sua habilidade no automobilismo

O outro campeão Hamilton que desafia os limites da paralisia cerebral


Irmão mais novo do piloto de Fórmula 1 decidiu, há quatro anos, tentar a sua sorte no automobilismo, inspirado pelas proezas de Lewis. Agora vai estrear-se no Campeonato Britânico de Turismo.
O outro campeão Hamilton que desafia os limites da paralisia cerebral

(imagem - foto colorida da matéria, pela Reuters, com os irmãos Hamilton, dentro de um espaço de fórmula 1 do automobilismo, com Lewis Hamilton, negro, de blusa clara, com seu irmão em cadeira de rodas, com blusa cinza escuro, sendo empurrado por ele, o jovem Nicolas Hamilton)

Quando Lewis Hamilton, em 2008, garantiu a conquista do seu primeiro título mundial de Fórmula 1, alcançado no Grande Prêmio do Brasil, apressou-se a abraçar um fã muito especial que o esperava junto às boxes do circuito de São Paulo. Era o irmão, Nicolas, sete anos mais novo. Mas Lewis não se limitou a dar uma alegria ao irmão: a partir daquele momento também passou a ser uma inspiração.
"Decidi que queria ser como ele. Diferente, mas queria ser como ele. A minha própria versão", explicou, mais tarde, Nicolas, num documentário da BBC. Nic, como é carinhosamente tratado pelo irmão, completa hoje o 23.º aniversário e prepara-se para fazer história no Campeonato Britânico de Turismo (BTCC): vai disputar cinco das dez etapas, ao serviço da AmD Tuning, e será o primeiro piloto com paralisia cerebral da história da competição.
fonte - http://www.dn.pt/desporto/outrasmodalidades/interior.aspx?content_id=4480824

segunda-feira, 2 de março de 2015

CEGOS/CEGUEIRA - Jornalista cego desmitifica a "visão" de ''tudo preto'' em sua vida

‘O que sinto mais falta é da escuridão’, diz jornalista cego


Credito: BBC
(imagem - fotografia da matéria com o jornalista Damon Rose, um homem branco, vestindo uma camisa xadrez, foto da BBC)

Pessoas cegas vivem em uma escuridão total e veem tudo preto, certo? Errado, pelo menos no caso do jornalista da BBC Damon Rose.
Rose perdeu a visão na infância e, hoje, vê luzes coloridas a todo momento. "O que sinto mais falta é da escuridão", afirma.
Leia abaixo seu depoimento.
"As pessoas normalmente acham que as pessoas cegas vivem em uma escuridão completa, mas na minha experiência isso está longe da ser verdade.
Eu acho que isso vai soar estranho vindo de uma pessoa que não enxerga, mas quando as pessoas me perguntam o que eu mais sinto, a minha resposta é sempre "escuridão".
Deixe-me explicar. Eu pertenço a um grupo muito pequeno de pessoas que não têm visão alguma. Sou de fato cego. Sou um "total", como costumávamos dizer na escola.
Eu perdi minha visão há 31 anos, graças a uma cirurgia mal feita, e no certificado de registro da deficiência há três letras, hoje desbotadas, NLP - ausência de percepção luminosa, na sigla em inglês.
O pressuposto lógico é que, quando a visão é extinta, a pessoa fica na escuridão. Se você mergulhar debaixo dos cobertores na cama você não vê nada. Se fechar os olhos, tudo fica preto. Então cegueira significa escuridão? Faz sentido, certo? Aparentemente, não.
Embora eu tenha tido a ligação entre meus olhos e meu cérebro cortada, o mundo não ficou preto. Todas as metáforas, analogias e floreios literários sobre cegueira e escuridão devem deixar de ser usados, porque eu estou dizendo que é longe de ser escuro. É exatamente o oposto.
O que substitui a visão colorida e 3D quando a perdemos? A resposta - pelo menos no meu caso - é luz. Muita luz. Brilhante, colorida, em constante mudança, muitas vezes perturbadora.
Nem sei como começar a explicar... Vou tentar. Agora eu estou vendo um fundo marrom escuro, na frente e no meio tem uma luminescência turquesa. Na verdade, acaba de mudar para verde ... agora está azul brilhante, com manchas amarelas, e tem um laranja ameaçando entrar e cobrir tudo.
O resto do meu campo de visão é ocupado por formas geométricas, rabiscos e nuvens que eu nunca conseguiria descrever - menos ainda antes que elas mudassem de novo. Daqui a uma hora, tudo estará diferente.
Se eu tentar bloquear toda essa distração, fechando meus olhos, não funciona. Isso nunca vai embora.
Tenho saudades daqueles momentos pacíficos de quase escuridão: caminhar durante a noite olhando para as luzes da rua, as sombras em uma sala com uma lareira acesa, ou viajar para casa tarde no carro do meu pai vendo olhos de gato brilhando no meio da estrada.
Para mim, escuro passou a significar calma, e como esses fogos de artifício "embutidos" na minha cabeça nunca vão embora, eu descrevo o que eu tenho como uma espécie de zumbido visual.
Quando fiquei cedo eu achava que as luzes coloridas eram um sinal de que meus olhos estavam tentando funcionar novamente. Isso me deu um pouco de esperança e eu fiquei completamente fascinado. Eu costumava sentar e ficar olhando para aquilo. Agora eu sei que é meu cérebro tentando compensar o fato de que ele não recebe mais nenhuma imagem.
Algumas pessoas de fé já tentaram me dizer que eu estou vendo a vida após a morte, e eu nunca sei como responder a isso. Mas o que eu nunca fui capaz de descobrir é se outras pessoas que não têm nenhuma percepção luminosa também veem o que eu vejo.
E, partindo do princípio de que enxergar completamente e dirigir um carro não são opções, eles também anseiam por um pouco de escuridão?"
fonte - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/03/150302_cego_escuridao_lab

O SURDO, O CEGO E O ELEFANTE BRANCO http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/05/o-surdo-o-cego-e-o-elefante-branco.html

ALZHEIMER/NOVAS IDÉIAS - Na Holanda é criada uma vila só para pessoas vivendo com Alzheimer

ALDEIA ONDE TODOS OS HABITANTES TÊM ALZHEIMER

Foto retirada de: mirror.co.uk
(imagem - foto colorida com o bairro criado, com visão de árvores, plantas e flores, e uma área que é interna aos prédios, onde se destacam mesas, bancos e locais para reunir estas pessoas vivendo com Alzheimer - fotografia da matéria retirada de mirror.co.uk)
A ideia surgiu na Holanda e pretende dar a possibilidade dos doentes de Alzheimer terem uma vida normal com o mínimo de medicação possível num ambiente seguro, sem a necessidade do “aprisionamento” de um lar.
O projeto “Dementiaville”, criado por Frank van Dillen e Michael Bol, dois arquitectos que têm desenvolvido vários edifícios na zona, consiste num bairro para doentes de Alzheimer, onde lhes é dada a possibilidade de viver de forma segura. O principal objetivo é fazer com que estas pessoas levem uma vida o mais normal possível, de forma a pensarem que moram numa vila como todas as outras. O bairro, criado apenas com o propósito de albergar estes doentes, tem uma equipa de auxiliares que os ajudam em tarefas diárias e está equipada com um supermercado, cinema, barbeiro e mais de 30 clubes sociais.
Esta construção pretende assegurar que as pessoas possam ter as condições necessárias para fazerem o seu dia-a-dia da forma mais normal possível e, assim, afastarem-se da ideia dos lares que acabam por isolar os pacientes que lá vivem.
Os criadores desta ideia deixam que os moradores decidam os seus horários e rotinas, planeiam as compras e refeições em conjunto. Podem pintar, jogar e passear em jardins realistas.
O bairro foi construído de forma a proporcionar o máximo de conforto e segurança de todos os pacientes. Para comprovar a qualidade deste bairro na terapia dos pacientes, a ideia foi mesmo nomeada para o “Hedy d’Ancona Award”, um prémio que visa prestigiar edifícios onde a arquitetura ajuda a assegurar cuidados de saúde com um ambiente acolhedor em termos de design urbano, de interiores e envolvência geral de espaços exteriores e interiores.
A ideia já chegou aos Estados Unidos da América, onde vai ser inaugurada brevemente a “Mahal Cielo Village” com a mesma finalidade, a de tratar os doentes com perturbações mentais, como o Alzheimer, com a dignidade que merecem.
GAZETA DO ROSSIO
Fonte: p3.publico.pt