sexta-feira, 28 de março de 2014

CIBORGUES/OLIMPÍADA - Daqui a dois anos ocorrerá uma Olimpíada entre os atletas ciborgues (com deficiência)

Primeira Olimpíada para 'ciborgues' é anunciada para 2016

A primeira Cybathlon, uma Olimpíada para atletas ciborgues, acontecerá na Suíça em outubro de 2016.
(imagem - o desenho de dois ciborgues sentados em poltronas com toucas que conectam seus cérebros à uma tela de alta definição, como possível espaço para uma competição, inclusive, como diz a matéria, de tetraplégicos que poderão participar com seus cérebros conectados a um computador)

O evento terá uma corrida em que competidores controlam um avatar através de um computador conectado ao cérebro, e corridas com atletas que usam próteses e exoesqueletos.
Sediada pelo Centro de Pesquisa de Competência Nacional na Suíça, espera-se que a competição aumentará o interesse em tecnologias que intensificam a performance humana.
A corrida que utiliza um computador conectado ao cérebro através de um capacete, foi desenvolvida para competidores tetraplégicos. A ideia é que o atleta controle um avatar que estará competindo em uma corrida virtual.
Haverão também provas para aqueles que usam próteses de braços e pernas, aqueles com exoesqueletos, e uma com cadeira de rodas.
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140328_olimpiada_ciborgues_an.shtml
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ROBÔS, POLÍTICA E DEFICIÊNCIA. http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/07/robos-politica-e-deficiencia.html

SEREMOS, NO FUTURO, CIBORGUES? Para além de nossas deficiências humanas http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/02/seremos-no-futuro-ciborgues-para-alem.html

domingo, 23 de março de 2014

SAÚDE MENTAL/SADE - PARA ABALAR OS PRÉ-CONCEITOS - França revê Marquês de Sade

França revê Marquês de Sade dois séculos após sua morte

As comemorações na França do bicentenário da morte do escritor francês Marquês de Sade, neste ano, são marcadas pela reabilitação desse polêmico autor do século 18, que foi censurado no país até 1957 por motivo de "ultraje à moralidade pública e à religião"
Marquês de Sade, em gravura do século 19 de artista desconhecido
*(imagem - a reprodução gráfica de um desenho com o Marquês de Sade acorrentado e com correntes dentro de seu cárcere na Bastilha. Ele morreu em um asilo para pessoas, já nessa época, classificadas como '' loucas'', ou '' alienadas mentais''...)
O marquês Donatien Alphonse François de Sade, nascido em 1740, em Paris, foi preso inúmeras vezes acusado de agressões sexuais e imoralidade e faleceu em dezembro de 1814 em um asilo de loucos, onde passou os últimos 13 anos de sua vida.
Chamado durante muito tempo de "monstro", sua obra era considerada "maldita" e "pornográfica".
Seus textos foram rejeitados em razão do forte erotismo associado a atos de violência e crueldade, com torturas, estupros, assassinatos e incestos.
O nome Sade se tornou famoso em todas as línguas, dando origem à palavra sadismo, que faz referência às cenas de crueldade e de torturas descritas em seus livros.
Os Cento e Vinte Dias de Sodoma é a sua obra mais famosa, escrita na prisão da Bastilha em 1785, pouco antes da Revolução Francesa.
Para impedir que a obra fosse apreendida, Sade recopiou o texto com uma letra minúscula e colou as folhas para formar um fino rolo de papel, que tinha 12 metros de comprimento.
O texto só foi encontrada em 1904 e qualificado pelos opositores como "um longo catálogo de perversões". A obra inspirou o filme "Saló ou os 120 dias de Sodoma", do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini.

Clandestinidade

No século 19, seus textos circulavam clandestinamente, "por baixo dos casacos", diz o historiador Gonzague Saint Bris, autor da biografiaMarquês de Sade – O Anjo das Sombras (em tradução livre), publicada recentemente para celebrar o bicentenário da morte de Sade.
"Victor Hugo, Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, que se inspirou em Sade para escrever A Menina dos Olhos de Ouro, todos liam Sade", afirma Saint Bris.
Foi somente em meados do século 20, em 1957, que uma editor francês, Jean-Jacques Pauvert, tirou Sade da clandestinidade ao publicar, apesar da censura ainda vigente, suas obras com o nome oficial da editora.
Pauvert foi processado, mas conseguiu obter, em um recurso na Justiça, o direito de publicar as obras do marquês.
A verdadeira consagração de Sade na França só ocorreu quase dois séculos depois de seus escritos, com a publicação, em 1990, de suas obras completas pela prestigiosa Pléiade, a mais renomada coleção de livros da França, da editora Gallimard.
A Pléiade inclui em seu catálogo grandes nomes da literatura mundial, como Marcel Proust, Antoine de Saint-Exupéry, Albert Camus e Leon Tolstoi.

Comemorações

Por ocasião do bicentenário, a Pléiade irá publicar cartas escritas por Sade à sua mulher. Outros livros que falam sobre sua personalidade e sua vida repleta de escândalos também estão sendo lançados, como duas obras do escritor Jacques Ravenne, Cartas de uma vida e As sete vidas do marquês (em tradução literal).
"Eu quis reabilitar Sade. Ele deu liberdade à literatura. Dois séculos após Os 120 dias de Sodoma, ninguém foi tão longe. Estudei biografias, arquivos e coleções privadas. Ele era o sol negro do século das luzes", afirma Ravenne, que também é pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França.
Em novembro, o Museu d’Orsay, em Paris, fará uma exposição em homenagem a Sade, que mostrará sua influência na literatura e no mundo das artes.
Outros eventos estão previstos no país, como um festival no castelo de Lacoste, no sul da França, que pertenceu ao marquês e foi adquirido pelo costureiro Pierre Cardin.
Hoje só existem as ruínas do castelo, situado em uma antiga pedreira.

Bastilha

"Sade estava à frente do seu tempo", diz o historiador Saint Bris. Suas obras eram repletas de perversidade e violência, mas Sade, na avaliação do autor, "era um humanista".
"Sade defendia a abolição da pena de morte", diz Saint Bris.
Foi justamente por gritar através das grades de sua cela na Bastilha às pessoas que passavam na rua que prisioneiros estavam sendo degolados no local que Sade foi transferido, às pressas, para um asilo de doentes mentais pela primeira vez.
Ele foi solto em 1790, após a Revolução, mas foi novamente internado em um hospício sem julgamento, em 1801, na época de Napoleão I, e nunca mais foi liberado.
O marquês foi preso sob todos os regimes políticos da época em que viveu (monarquia, república, consulado – na época de Napoleão Bonaparte – e império). No total, ele ficou detido 27 de seus 74 anos.
FONTE - Daniela Fernandes  De Paris para a BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140318_marques_sade_pai_df.shtml
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RETORNAR À CASA VERDE, RETROCEDER E INSTITUCIONALIZAR A LOUCURA? OU SOMOS “TODOS” LOUCOS? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2013/05/retornar-casa-verde-retroceder-e.html

terça-feira, 18 de março de 2014

CÉLULAS TRONCO/FUTURO - Experimentos poderâo levar a cura de lesões medulares

A cura pode estar ao lado

Pesquisa aponta que célula nervosa presente na própria medula espinhal pode ser a chave para recuperação de lesões medulares. Testes com camundongos mostraram que essas células, denominadas astrócitos, podem ser convertidas em neurônios.
A cura pode estar ao lado
(imagem - foto colorida e microscópica de astrócitos - com amarelo como cor predominante no centro - Ao introduzir o gene SOX2 em células nervosas da medula espinhal chamadas astrócitos, os pesquisadores conseguiram transformá-las em neuroblastos (progenitores de neurônios), cujos núcleos estão marcados em azul. (foto: Chun-Li Zhang)

Células-troncorobôs e até estímulos luminosos: as estratégias usadas para tentar curar lesões na medula espinhal são diversas. Agora um estudo publicado na revistaNature Communications mostrou que a solução pode estar na própria medula. Ao transformar astrócitos (células com formato de estrela responsáveis por dar suporte ao sistema nervoso) em neurônios em testes com camundongos, pesquisadores deram o pontapé inicial para a possível regeneração da espinha dorsal.

A técnica se divide em duas partes. Primeiro, os cientistas introduzem um vírus contendo o gene SOX2 nos astrócitos da medula lesionada do camundongo. Tal gene é capaz de converter os astrócitos em neuroblastos, células progenitoras que dão origem a neurônios. A seguir, o camundongo recebe ácido valproico, medicamento comumente usado para tratar epilepsia e transtorno bipolar, mas que, nesse caso, impulsiona o amadurecimento dos neuroblastos em neurônios.

Diferentemente de técnicas em que a célula é reprogramada in vitro para depois ser implantada no camundongo, o método usado no estudo faz com que a célula retorne ao estágio de progenitora dentro do próprio animal. “Por serem produzidos localmente, esses neurônios têm maior chance de formar conexões com neurônios preexistentes”, explica o geneticista Chun-Li Zhang, pesquisador da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e coautor do estudo. “Além disso, o neurônio é produzido a partir de um astrócito do próprio paciente, o que evita rejeição pelo sistema imune.”

O pesquisador esclarece que a produção de neurônios na medula é muito limitada e os próprios astrócitos impedem a regeneração do órgão após a lesão. Ao formar uma espécie de cicatriz no local lesionado, os astrócitos criam uma barreira física e liberam substâncias que impedem que neurônios localizados antes da lesão se comuniquem com os que estão depois dela. “Mas é importante salientar que os astrócitos normais são benéficos para o sistema nervoso e que o nosso objetivo é converter em neurônios apenas os astrócitos da cicatriz”, esclarece.
Zhang destaca outro ponto positivo da técnica: após observar os camundongos por um ano, não foi identificada formação de tumor nos animais. Esse efeito adverso preocupa os cientistas que trabalham com conversão de células adultas em células progenitoras.

Resultados preliminares

Apesar das vantagens, os resultados obtidos com a terapia ainda são preliminares. Segundo Zhang, a quantidade de astrócitos convertida em neurônios é baixa; portanto, não foi possível medir o grau de recuperação da medula espinhal dos camundongos após o tratamento.
O pesquisador esclarece que a produção de neurônios na medula é muito limitada e os próprios astrócitos impedem a regeneração do órgão após a lesão. Ao formar uma espécie de cicatriz no local lesionado, os astrócitos criam uma barreira física e liberam substâncias que impedem que neurônios localizados antes da lesão se comuniquem com os que estão depois dela. “Mas é importante salientar que os astrócitos normais são benéficos para o sistema nervoso e que o nosso objetivo é converter em neurônios apenas os astrócitos da cicatriz”, esclarece.
Zhang destaca outro ponto positivo da técnica: após observar os camundongos por um ano, não foi identificada formação de tumor nos animais. Esse efeito adverso preocupa os cientistas que trabalham com conversão de células adultas em células progenitoras.
“Cerca de 6% dos astrócitos que receberam o gene foram convertidos, o que equivale a alguns milhares de neurônios produzidos”, diz. Por conta disso, a equipe não fez testes para saber se os animais, que tinham lesão medular severa, conseguiram recuperar a capacidade de locomoção.
Mas o pesquisador está esperançoso quanto aos próximos passos da pesquisa. Agora, a equipe pretende analisar formas de converter os astrócitos em um número maior de neurônios, além de avaliar se esses neurônios conseguem se conectar com as células preexistentes, transmitindo informações a elas. “Por último, pretendemos fazer testes que permitam identificar se a medula espinhal desses camundongos recuperou sua função por completo”, finaliza o geneticista.

fonte - http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/03/a-cura-pode-estar-ao-lado  Mariana Rocha

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA/ESTATUTO - Novo Estatuto pode ser chamado "Lei Brasileira da Inclusão "....

Nova versão do estatuto tem convenção da ONU como parâmetro

Direitos Humanos - deficiente - acessibilidade cadeirantes
(imagem - foto colorida de dois cidadãos em suas cadeiras de rodas, ao alto, com uma grande escadaria à sua frente e abaixo, como representação das barreiras arquitetônicas existentes, inclusive em espaços públicos, e o direito à acessibilidade, fotografia da matéria de Valter Campanato - Abr)
A falta de consenso que tem impedido a aprovação do estatuto ao longo de 14 anos de tramitação na Câmara ainda não está totalmente superada. Porém, o fio condutor da nova lei já está claro. Trata-se da Convenção Internacional da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Ela foi assinada em Nova Iorque, em 2007, e confirmada pelo Congresso Nacional brasileiro em 2008 (Decreto Legislativo 186/08).
Logo em seu artigo primeiro, a convenção da ONU é contundente ao manifestar a intenção de "promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente".
Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Ricardo Tadeu da Fonseca ressalta a necessidade de reformulação de todas as propostas que estavam em tramitação no Congresso, a partir da convenção da ONU.
"Esse projeto tramita, de fato, há muitos anos, mas precisou de uma profunda reelaboração, tendo em vista a ratificação constitucional da convenção. O projeto estava obsoleto", afirma Fonseca.
Conferência nacional
Outra contribuição para o estatuto que será votado na Câmara vem da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada em 2012. A Secretaria Nacional de Direitos Humanos também elaborou uma minuta com sugestões para o estatuto, a partir da contribuição de juristas, representantes da sociedade civil e de parlamentares. O documento foi pessoalmente entregue ao Congresso pela ministra Maria do Rosário.
"O projeto de lei precisava ser melhorado e a Câmara e o Senado aceitaram trabalhar isso juntamente com o poder Executivo, o Ministério Público, juízes e a sociedade civil”, aponta o desembargador.

Mudança de nome
Entre as mudanças previstas no estatuto está até o nome que batizaria a lei. "Esse texto, na verdade, não é um estatuto, não é uma compilação da legislação da pessoa com deficiência. É praticamente um documento que vai regulamentar a convenção da ONU e fazer com que ela seja exequível e saia do papel", explica a relatora, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). "O nome que foi mais mencionado nas audiências públicas foi Lei Brasileira da Inclusão. Estou fazendo laboratório, testando as pessoas. E todo mundo tem uma boa reação quando ouve esse nome".
FONTE - http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/463683-NOVA-VERSAO-DO-ESTATUTO-TEM-CONVENCAO-DA-ONU-COMO-PARAMETRO.html
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O SURDO, O CEGO E O ELEFANTE BRANCO http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/05/o-surdo-o-cego-e-o-elefante-branco.html

domingo, 16 de março de 2014

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA/LEIS - No Senado é aprovada isenção em pedágios

Aprovada isenção de pedágio para Pessoas com Deficiência

Emenda acatada ontem pela Comissão de Assuntos Econômicos estabelece que o Poder Executivo vai regulamentar o benefício, fixando os critérios para a concessão da gratuidade
(imagem - foto colorida com os senadores presentes - Plenário da Comissão de Assuntos Econômicos em sessão que aprovou gratuidade nos pedágios para condutores deficientes Foto: Marcos Oliveira)

Os veículos conduzidos pelas pessoas com deficiência poderão ficar isentos do pagamento de pedágio em rodovias. A medida é prevista em projeto de lei (PLS 452/2012) aprovado ontem pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa.
De autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), a proposta recebeu parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Na CAE, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) apresentou relatório a favor do projeto, lido pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS). Emenda apresentada pela relatora remete ao Poder Executivo o regulamento dos termos de concessão do benefício.
O projeto condiciona a isenção ao princípio da preservação do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão de rodovias. Lúcia Vânia observa que, como o projeto não menciona recursos orçamentários para a despesa decorrente, “conclui-se que o benefício seria custeado pelo aumento do valor do pedágio para os demais ­motoristas”.
A relatora na CAE considera necessário impor limite à gratuidade para assegurar viabilidade econômica à proposta. Segundo ela, tal limitação pode se dar em função de fatores como a renda da pessoa com deficiência, o grau de comprometimento da acessibilidade e os recursos médico-hospitalares de que necessita alcançar utilizando a rodovia.
Por considerar a matéria eminentemente técnica e sujeita a atualizações constantes, a relatora não acha conveniente fixar tais parâmetros em lei. Optou por emenda que remete a proposta à regulamentação do Poder Executivo.
Durante a discussão, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) manifestou dúvida quanto à eficácia do projeto, pelo fato de não indicar fonte de recursos para custear o benefício.
Matéria do dia 17/03/2014 - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na terça-feira projeto (PLS 452/2012) de Ana Amélia (PP-RS) que isenta da cobrança de pedágio veículo conduzido por pessoa com deficiência. Para evitar que o benefício seja custeado com aumento do pedágio para os demais motoristas, a relatora na Comissão de Assuntos Econômicos, Lúcia Vânia (PSDB-GO) apresentou emenda para que o Executivo regulamente o benefício, fixando critérios para a gratuidade. O texto segue para a Câmara se não houver recurso para votação em Plenário.
FONTE - JORNAL DO SENADO 
http://www12.senado.gov.br/jornal/edicoes/2014/03/12/aprovada-isencao-de-pedagio-para-deficientes

quarta-feira, 12 de março de 2014

ROBÔS/FUTURO - Criado um Roboy que é humanóide e com "músculos/movimentos" humanos

Pesquisadores suíços criam robô com movimentos humanos

No futuro, o robô poderá ser usado para ajudar médicos a diagnosticar vítimas de AVCs

.Os criadores do robô Roboy querem que ele se movimente da forma mais humana possível, usando um esqueleto de ossos e juntas impressas em 3D, tendões e molas espirais em músculos.
roboy2
*(imagem - foto colorida de divulgação da matéria, com o robô, conectado a fios, sentado, com seus mecanismos e sua grande cabeça, com um singelo chapeuzinho azul, do Roboy)
Espera aí, molas?
As molas estão lá para dar aos movimentos do Roboy a fluidez necessária. Uma razão pela qual a maioria dos robôs humanoides ainda se movimentam, bem, roboticamente é porque os seus movimentos são muito rígidos.
Os músculos humanos são elásticos, então se levamos uma cotovelada ou sofremos uma colisão no meio do caminho, gentilmente empurrados de volta; ou se saltamos ou caímos, podemos absorver o impacto, explica Rafael Hostettler, gerente do projeto Roboy no Swiss Federal Institute of Technology Zurich.
É possível modelar essa maleabilidade em software, assim um robô pode usar sensores para detectar quando há resistência nos seus movimentos e modificar a força aplicada - mas há, inevitavelmente, um atraso no processamento de tais dados, de modo que o movimento não será tão natural como o nosso, disse Hostettler durante a feira Cebit, em Hanover, Alemanha.
A elasticidade de nossos músculos também nos permite colocar mais energia nos movimentos como arremessar, construindo a tensão em um músculo contra o outro e, de repente, soltar.
Isso é mais difícil de modelar em software, por isso os pesquisadores decidiram usar molas reais nos músculos dos seus robôs - grossas e em espiral, do tipo visto em suspensão de carro, só que menor.
A musculatura do Roboy é parecida com a nossa, com atuadores emparelhados operando em oposição em cada junta e fios no lugar de ligamentos. Outros robôs podem usar um único motor capaz de puxar em qualquer direção. 
A resistência oferecida pelos 12 motores em cada um dos braços do Roboy parece quase humana quando realiza um aperto de mãos - embora esse gesto, com apenas um motor, é menos natural.
O trabalho faz parte de um projeto de pesquisa europeu mais amplo chamado Myorobotics, o qual tem por objetivo a criação de robôs que são mais baratos de construir e mais seguros de se ter por perto - a ideia é que ser atingido por um robô flexível seja menos perigoso do que colidir com um robô sólido.
Se o Roboy pudesse se levantar, ele teria 1,42 metros de altura, mas seus músculos da perna e do pé não são fortes o suficiente para equilibrar o seu peso de 30 quilos - por isso o robô só pode se sentar.
A coisa mais impressionante sobre o Roboy é sua enorme cabeça, com olhos brilhantes que, no melhor estilo cartoon, ficam vermelhos quando o robô está simulando raiva. 
Um projetor dentro da cabeça também anima os lábios e pode dar a impressão de que o robô está ficando com vergonha.
O Roboy levou cerca de nove meses para ser construído. Além do que ele representa no campo da tecnologia robótica, os pesquisadores têm outras aplicações em mente. 
"O vemos como uma ferramenta de treinamento para os médicos, para aprender testes padrão para o diagnóstico de acidente vascular cerebral", disse Hostettler.
Isso é algo difícil de se aprender por meio de vídeos ou livros, de acordo com ele, uma vez que exige dos médicos sentir a forma como os pacientes reagem a estímulos físicos.
A capacidade do robô para demonstrar diferentes expressões faciais será útil para esse projeto, mas seu principal objetivo é servir como meio de comunicação em pesquisa robô, disse. As multidões que param para olhar e apertar as mãos do Roboy na Cebit provam o ponto.
fonte - http://idgnow.com.br/internet/2014/03/12/pesquisadores-suicos-criam-robo-com-movimentos-humanos/
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA/LEIS - Escolas regulares devem oferecer cuidador para alunos com deficiência

Câmara aprova cuidador nas escolas para alunos com deficiência

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (12), em caráter conclusivo, medida que obriga as escolas regulares a oferecer cuidador específico para alunos portadores de necessidades especiais, se for verificado que o aluno precisa de atendimento individualizado. A iniciativa está prevista no Projeto de Lei 8014/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que agora será analisado pelo Senado.

A legislação brasileira incentiva a inclusão dos portadores de deficiência no ensino regular, deixando o ensino especial para aqueles com características específicas. Por isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96) prevê o serviço de apoio especializado aos alunos portadores de deficiência matriculados nas escolas regulares. O projeto inclui explicitamente o cuidador como parte desse suporte, desde que necessário.

Segundo o projeto, o cuidador acompanhará o estudante de maneira mais individualizada no ambiente escolar para facilitar sua mobilidade e auxiliar nas necessidades pessoais e na realização de tarefas.

Íntegra da proposta:  
fonte - http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/438330-CAMARA-APROVA-CUIDADOR-NAS-ESCOLAS-PARA-ALUNOS-COM-DEFICIENCIA.html

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A INCLUSÃO ESCOLAR AINDA USA FRALDAS? http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2010/07/inclusao-escolar-ainda-usa-fraldas.html

terça-feira, 11 de março de 2014

ALZHEIMER/BIOÉTICA - Você poderá saber, com antecedência, sobre este diagnóstico?

'Exame de sangue é capaz de prever Alzheimer em pessoas saudáveis'

Um exame de sangue pode prever com precisão o aparecimento da doença de Alzheimer, de acordo com pesquisadores americanos.
Idosa
(imagem - foto colorida das mãos de uma senhora idosa, fotografia da BBC)
Eles mostraram que testes de nível de 10 gorduras no sangue permitiria detectar - com 90% de precisão - o risco de uma pessoa desenvolver a doença nos próximos três anos
Os resultados, publicados na revista Nature Medicine, agora passarão por testes clínicos maiores.
Especialistas dizem que os resultados ainda precisam ser confirmados, mas que tal exame seria "um verdadeiro passo em frente."
Há 44 milhões de pessoas vivendo com demência em todo o mundo, número que deve triplicar até 2050.
A doença ataca o cérebro "silenciosamente" por mais de uma década antes que os sintomas surjam. Os médicos acreditam que tratamentos com remédios estão falhando porque os pacientes estão sendo submetidos a eles tarde demais.
É por isso que a descoberta de um teste que prevê o risco de demência é uma das principais prioridades para o campo.

Pistas no sangue

Cientistas da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., analisaram amostras de sangue de 525 pessoas com idade superior a 70 anos, como parte de um estudo de cinco anos.
Eles compararam os exames de 53 deles que desenvolveram Alzheimer, ou algum comprometimento cognitivo leve, com os de 53 que permaneceram mentalmente ágeis. Os pesquisadores encontraram diferenças nos níveis de lipídos, ou 10 gorduras, entre os dois grupos.
E quando a equipe olhou as outras amostras de sangue, esses 10 marcadores de Alzheimer permitiam prever em quem era provável que o declínio mental surgisse nos anos seguintes.
Howard Federoff, professor de neurologia na Universidade de Georgetown, disse à BBC: "Há enorme necessidade de um exame como este. Mas temos de testar com um maior número de pessoas antes que possa ser utilizado na prática clínica."
Agora os pesquisadores estão investigando se o exame funciona para prever a doença com ainda mais antecedência do que três anos. Não está claro exatamente o que está causando as mudanças de gorduras no sangue, mas poderia ser um resíduo das primeiras mudanças no cérebro.

Desafios éticos

Um teste bem sucedido para a doença de Alzheimer pode transformar a pesquisa médica e permitir testar tratamentos com medicamentos em um estágio muito anterior da doença.
Segundo Federoff, abrandar o ritmo da doença pode ter um enorme impacto: "Mesmo um pequeno atraso de sintomas já terá um benefício econômico tremendo só em termos do custo do atendimento."
Simon Ridley, médico de uma ONG que pesquisa a doença no Reino Unido, disse que os resultados foram encorajadores.
"Para testar a eficácia de potenciais novos medicamentos, é importante ser capaz de recrutar pessoas para ensaios clínicos nas fases iniciais da doença, quando esses tratamentos são potencialmente mais eficazes".
Doug Brown, médico da Alzheimer's Society's, outra instituição britânica especializada no tema, disse que o teste poderia representar desafios éticos.
"Se isso se desenvolver no futuro, deve ser dada às pessoas a possibilidade de escolha sobre se gostariam de saber, compreendendo plenamente as implicações".

O que é demência?

É um termo genérico que agrange cerca de 100 doenças em que as células cerebrais morrem em grande escala
Todas afetam memória, linguagem, agilidade mental, compreensão e capacidade de julgamento
Adoença de Alzheimer é a forma mais comum, afetando 62% das pessoas que vivem com demência
Ela fica pior com o tempo e, eventualmente, as pessoas ficam completamente dependentes de assistência
É incurável

Números da doença

44 milhões têm demência no mundo
135 milhões terão a doença em 2050
71% pobres ou de renda média
US$ 600 bilhões é o custo global da doença
Fonte: Alzheimer's Society
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140310_sangue_alzheimer_ms.shtml
James Gallagher
Repórter de Ciência e Saúde da BBC News
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MÃES, ALZHEIMER E MÚSICA.http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/05/maes-alzheimer-e-musica.html

domingo, 9 de março de 2014

ACESSIBILIDADE/FUTURO - Em Portugal calçadas 'portuguesas' podem ser removidas (imaginem o calçadão de Copacabana)

Câmara de Lisboa justifica remoção de calçada por causa do “tsunami demográfico que aí vem”

Um dos arquitetos da CML explicou a estratégia prevista durante um debate sobre "O fado da calçada portuguesa".
(imagem - foto colorida de uma calçada, revestida por pedras portuguesas, como as das calçadas daqui, formando ondas brancas alternadas por pedras pretas, em uma foto montagem de recortes da mesma fotografia com duas pessoas sentadas no canto direito da foto - divulgação da matéria Público)

Pedro Homem de Gouveia, coordenador do Plano de Acessibilidade Pedonal da Câmara de Lisboa (CML), afirmou que “a cidade não está preparada para o tsunami demográfico que está a acontecer” – o envelhecimento da população. O arquitecto da CML garantiu na quinta-feira na conferência "O fado da calçada portuguesa" que não se acabará com o histórico chão. Porém, os pró-calçada não ficaram convencidos.

O debate promovido pelo CDS-PP começou com Pedro Homem Gouveia a explicar o Plano de Acessibilidade previsto para os próximos quatro anos. “O Plano é uma estratégia”, sublinha o coordenador. Uma estratégia que partiu do princípio de que Lisboa não parece uma capital europeia. “Estacionamentos selvagens”, passeios desmontados, ruas apertadas sem espaços para os peões. “Uma cidade para quem?” Por isso, diz, pretendem requalificá-la para os idosos e pessoas com mobilidade reduzida. *(e pessoas com deficiência, indaga o DefNet?)

Concluíram que a calçada portuguesa provoca quedas, uma manutenção cara à câmara e um trabalho que deveria ser feito por profissionais especializados que não existem. “Temos quatro calceteiros totalmente qualificados no país”, adianta Pedro Homem Gouveia. Este arquitecto da CML propõe “combater a calçada sem qualidade” e a começar a implementar um pavimento acessível. E garante: “Não vamos terminar com a calçada, nem arrancá-la”.

Contrapondo-o, Luís Marques da Silva, membro do Fórum Cidadania Lisboa (FCL), disse que “aos bocadinhos ou de uma só vez, vão acabar com a calçada”. O membro do FCL contou que já teve acidentes em pisos que não eram de pequenas pedras de calcário. Luís Marques da Silva argumenta que o problema não é a calçada, mas sim a falta de manutenção e fiscalização. “Não existe uma entidade competente que responsabilize quem não faz o seu trabalho como deveria fazer. A calçada está mal colocada e por isso gera tantos problemas.”

Por seu lado, Carina Brandão, membro da Lisboa (In)Acessível, explica que andar sob este pavimento não é igual a outro qualquer. Para os cidadãos com mobilidade reduzida, existe um grande desconforto em cima da calçada. A oradora explicou que “as pedras mesmo quando estão bem colocadas dificultam a circulação”. E sugere: “Se não acreditam, podemos organizar uma gincana de cadeira-de-rodas e no final digam-me se a vossa opinião se mantem”.

Outro membro desta organização reiterou que a calçada provoca um grande desconforto em cima da cadeira-de-rodas devido à inevitável trepidação. Acrescentou ainda que só quem a usa 24h por dia compreende aquilo com que tem de se deparar. E deixou uma pergunta no ar a que ninguém deu uma resposta concreta. “O que é mais importante: o patrimônio ou o cidadão?”

“Vão mesmo manter a calçada artística como prometem?”, questionou Aline Hall de Beuvink, directora da Associação de Defesa do Património de Lisboa (ADPLx)
Apontando a culpa para a falta de manutenção da câmara, a directora da ADPLx não concorda que a solução seja substituir a calçada. Para refutar, mostrando que não acredita que não vão retirar aquela que é artística, enumera dois exemplos onde isso já aconteceu: o Terreiro do Paço e a Rua da Vitória, na Baixa lisboeta.

Por sua vez, outro membro do público interveio a favor da calçada. Sofia Silveira defendeu que “o problema é a não manutenção daquilo que temos, da nossa cultura”. Justifica a sua posição dizendo que se o calcetamento fosse bem aplicado e a manutenção regular, não existiam tantos problemas. “Se as pedras estivessem sob terra e bem unidas, as pessoas com mobilidade reduzida já não sentiriam tantas dificuldades”, argumenta.

Já Nuno Nave, um dos membros da equipa de Pedro Homem de Gouveia, não vê a questão do mesmo modo. “As pessoas estão em negação. O problema da degradação da calçada é não ser um material indicado para um pavimento”, diz. Conclui a sua intervenção referindo-se ao individualismo crescente na sociedade. “Vejo que se degrada a solidariedade e a preocupação com o outro.”

CML faz experiências
Nuno Nave, membro da equipa do Plano de Acessibilidade da CML, disse ao PÚBLICO que algumas das acções já tomadas são “testes, mas que não estão previstos no Plano”. A Rua da Vitória, na Baixa, o Alto de Santa Catarina, a Avenida de Roma, o cruzamento da Elias Garcia com a 5 de Outubro e a Rua José António Serrano, junto do Martim Moniz, são alguns dos locais onde a calçada foi substituída.

Existem zonas de Lisboa onde a calçada portuguesa desapareceu, total ou parcialmente. Na Rua José António Serrano, por exemplo, o chão passou a ser em xadrez de pedra branca de calcário e preta de granito.

Pedro Nave explica que a solução tem de passar obrigatoriamente pela oferta disponível no mercado. Depende dos fornecedores e dos materiais que estes têm e criam. “Agora vamos experimentar um líquido anti-derrapante para colocar sobre a calçada”, mesmo sabendo que a longo prazo não resulta porque sai e a manutenção é dispendiosa.

FONTE - http://www.publico.pt/local/noticia/camara-de-lisboa-pretende-substituir-calcada-porque-a-cidade-precisa-prepararse-para-o-tsunami-demografico-que-ai-vem-1627480 (Alexandra Guerreiro)

sexta-feira, 7 de março de 2014

FRATURAS/AVANÇOS - Engenheiros médicos criam parafusos de seda, que poderão diminuir dores no futuro

Cientistas desenvolvem parafusos de seda para tratar fraturas

Parafusos feitos totalmente de seda foram usados pela primeira vez para tratar fraturas em cobaias.
Parafusos de seda (Gabriel Perrone/Tufts University)
(imagem - foto colorida com parafusos brancos espalhados sobre um fundo preto, feitos a partir da seda, parte dessa experiência bem sucedida com cobaias, que abrem novos caminhos com parafusos que não causariam nem dor ou infecção - fotografia de Gabriel Perchet Tufs University)
Uma equipe formada por engenheiros médicos da Universidade Tufts, do Estado americano de Massachusetts (nordeste dos EUA), e do Centro Médico Beth Israel Deaconess, também nos Estados Unidos, produziu 28 parafusos a partir de moldes nos quais foram colocadas proteínas obtidas de casulos de bicho-da-seda.
Eles foram implantados nos ossos de seis ratos por entre quatro e oito semanas, ao final das quais eles já tinham começado a se dissolver.
Os pesquisadores atribuíram o fato deles se dissolverem à fibra natural em sua composição.

Metal

A expectativa dos cientistas é que essas peças venham a substituir as de metal usadas atualmente no reparo de ossos quebrados.
Quando um osso é fraturado, placas e parafusos de metal são usados para religar e fixar as partes rompidas. Mas, além de serem rígidas e incômodas, essas peças geram risco de infecção.
Em muitos casos, elas têm de ser removidas depois que a fratura foi corrigida, o que requer uma nova cirurgia.
Materiais sintéticos usados como alternativa para evitar esses problemas são difíceis de serem implantados e podem gerar reações inflamatórias, afirmam os pesquisadores.
Já no caso da seda, além de sua composição e rigidez serem parecidas com as do osso, o fato dela ser absorvida pelo organismo torna o material promissor.
"Queremos produzir uma série de aparelhos ortopédicos baseados nessa tecnologia para os casos em que não é desejável que as peças permaneçam no corpo", diz David Kaplan, cientista-chefe do estudo, à BBC News.
"Esse tipo de material não interfere em aparelhos de raio x, não dispara alarmes e não gera sensibilidade ao frio como o metal."

Prevenindo dor

Divulgada em um estudo na publicação científica Nature Communications, a nova técnica só foi testada em cobaias até agora.
A seda já fora usada em suturas, mas recentemente tem sido aplicada também em implantes médicos.
Pesquisadores alemães cobriram próteses de silicone com uma fina camada de proteínas de seda geradas em laboratório.
Estudos pré-clínicos sugerem que isso reduz ou previne dores causadas pelos implantes.
FONTE - Helen Briggs  Da BBC News  http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140305_parafusos_seda_rb.shtml
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NENHUMA DOR A MENOS OU A MAIS http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/10/nenhuma-dor-menos-ou-mais.html

quinta-feira, 6 de março de 2014

HIV/AIDS/AVANÇOS - Pesquisadores dos EUA usaram terapia genética para 'melhorar' sistema imunológico

Médicos usam terapia genética para proteger pacientes de ação do vírus HIV

Pesquisadores nos Estados Unidos usaram terapia genética para "melhorar" o sistema imunológico de 12 pacientes com HIV para protegê-los contra a ação do vírus, que causa a Aids.
Célula-T infectada pelo vírus HIV
(imagem - uma foto em microscópio eletrônico que nos mostra as Células-T  que foram alteradas geneticamente com mutação que dá resistência à ação do HIV - fotografia BBC)

A experiência aumenta a perspectiva de que os pacientes não precisem mais tomar medicamentos diários para controlar a infecção.
Glóbulos brancos (células responsáveis pelo combate a infecções) foram retiradas dos pacientes e reinjetados após passarem por um tratamento para dar a elas resistência ao HIV.
Cliqueestudo, divulgado na publicação científica New England Journal of Medicine, sugere que a técnica é segura

Mutação

Algumas pessoas nascem com uma rara mutação genética que os protege do HIV.
Essa mutação altera a estrutura das células-T, parte do sistema imunológico, o que faz com que os vírus não consigam entrar nas células e se multiplicar.
A primeira pessoa a se recuperar totalmente da infecção pelo HIV, Timothy Ray Brown, teve seu sistema imunológico extinto com um tratamento contra leucemia e depois reposto com um transplante de medula óssea de alguém com a mutação genética.
Agora os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia estão adaptando os próprios sistemas imunológicos dos pacientes para dar a eles a mesma defesa.
Milhões de células-T foram tiradas do sangue e cultivadas em laboratório até que os médicos tivessem bilhões de células com as quais pudessem trabalhar.
A equipe de cientistas alterou então o DNA dentro das células-T para dar a elas a mutação protetora - conhecida como CCR5-delta-32.
Cerca de 10 bilhões de células foram então reinjetadas, apesar de que apenas 20% delas haviam sido modificadas com sucesso.
Quando os pacientes tiveram a medicação suspensa por quatro semanas, o número de células-T não protegidas ainda no corpo caiu dramaticamente, enquanto as células-T modificadas pareciam estar protegidas e ainda poderiam ser encontradas no sangue vários meses depois.

Substituição

A experiência foi desenvolvida para testar apenas a segurança e a possibilidade de utilização do método, e não se ele poderia substituir o tratamento mais comum no longo prazo.
"Esta é a primeira vez que isso é feito. A edição genética nunca havia sido testada antes em seres humanos (para o combate ao HIV)", afirmou à BBC o diretor do Laboratório de Produção de Vacinas e de Células Clínicas da Universidade da Pensilvânia, Bruce Levine.
"Nós conseguimos usar essa tecnologia com o HIV e mostrar que ela é segura e praticável, então essa é uma evolução no tratamento do HIV a partir da terapia antirretroviral diária", afirmou.
Segundo ele, o objetivo agora é desenvolver uma terapia que possa substituir a cara medicação diária que os pacientes com HIV tomam.
"E se pudermos agora avançar para um tratamento que pode durar anos?", sugere Levine.
Um tratamento desse tipo poderia ser caro, então qualquer benefício dependeria de quanto tempo as pessoas poderiam ficar sem tomar as drogas tradicionais e por quanto tempo duraria a proteção contra a ação do vírus.
Levine argumenta que isso poderia durar vários anos, o que poderia significar um gasto menor no longo prazo.
FONTE - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140306_terapia_genetica_tratamento_hiv_rw.shtml
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PRECONCEITO É TEMA DO DIA MUNDIAL DE COMBATE À AIDS 2009 http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2009/11/infoativo_30.html

ALZHEIMER/DDT - Exposição ao pesticida é associada ao Alzheimer nos EUA

Pesticida e Alzheimer

Estudo aponta relação entre a exposição ao DDT, agrotóxico proibido em vários países, e o desenvolvimento dessa doença neurodegenerativa. O efeito da substância parece estar associado a fatores genéticos.

Pesticida e Alzheimer
*(imagem - foto colorida de um homem com uma máquina manual de aspersão de pesticida, presa nas suas costas, com uma máscara, em um campo de plantação de arroz, fotografia com a legenda na matéria : O DDT foi banido dos Estados Unidos na década de 1970. No Brasil, o uso desse pesticida só foi proibido em 2009. Mas o composto ainda é usado legal ou ilegalmente em vários países. (foto: Global Water Partnership/ Flickr – CC BY-NC-SA 2.0)
O contato com um pesticida pode aumentar a incidência e a severidade da doença de Alzheimer. Os mesmos dados que apontaram essa relação podem ajudar no desenvolvimento de um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz dessa doença neurodegenerativa.
O chamado DDT foi banido na década de 1970 dos Estados Unidos. Antes disso, por cerca de 30 anos, foi usado para controlar insetos que destroem safras e causam doenças em humanos e animais de criação. No entanto, em vários países do mundo, essa substância tóxica, com muitos efeitos colaterais para humanos e meio ambiente, continua sendo usada para esses fins – muitas vezes, clandestinamente.
Estudo publicado em janeiro na versão on-line de Jama Neurology, feito pela equipe de Jason Richardson, da Universidade Rutgers (EUA), encontrou níveis elevados de subprodutos do DDT no sangue de portadores de Alzheimer em fase avançada, quadro marcado pela perda progressiva de memória. Os índices mais altos estavam em portadores com mais de 60 anos de idade – a idade média dos voluntários era de 74 anos.
O pesticida parece não ter esse efeito em todos. Segundo a equipe, é preciso suscetibilidade genética para que a substância faça aumentar o risco da doença. No estudo, dos 84 portadores de Alzheimer, 74 deles tinham níveis sanguíneos de subprodutos do pesticida quatro vezes mais altos que os 79 outros voluntários sem a doença. Entre aqueles 74, os que tinham o gene ApoE4 – que, sabe-se, aumenta o risco para Alzheimer – apresentaram problemas cognitivos ainda mais profundos que os outros portadores.
Outro dado impressiona: apesar de o DDT ter sido banido há mais de 30 anos dos Estados Unidos, os subprodutos desse pesticida foram encontrados em cerca de 80% das amostras de sangue coletadas e analisadas recentemente, para uma pesquisa, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças daquele país. Estudos anteriores já haviam mostrado que o DDT e subprodutos aumentam no cérebro a quantidade de uma proteína que está associada ao desenvolvimento do Alzheimer.
A sensibilidade genética a esse fator ambiental pode iluminar o caminho até um método que possibilite um diagnóstico precoce do Alzheimer. Não se sabe ainda como os pesticidas interagem com o gene ApoE4.
Parece problema distante. Mas, segundo os autores, não o é, pois o DDT pode ainda estar sendo ingerido por meio do consumo de frutas, grãos e vegetais importados de países em que a substância é usada legal ou ilegalmente. No Brasil, o DDT foi banido em 2009.
A Universidade Emory e a Universidade do Texas, ambas nos EUA, também participaram da pesquisa, cujos dados sobre a relação entre pesticida e Alzheimer ainda precisam ser confirmados. 
Cássio Leite Vieira
Ciência Hoje/ RJ
FONTE - http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/03/pesticida-e-alzheimer
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ALZHEIMER NÃO É UMA PIADA, mas pode ser poesia de vida http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2011/06/alzheimer-nao-e-uma-piada-mas-pode-ser.html