segunda-feira, 22 de abril de 2013

SÍNDROME DE DOWN/ESPORTES - Nadador com Síndrome de Down poderá ser um campeão na Paralimpíada?

NADADOR COM SÍNDROME DE DOWN GANHA 07 TÍTULOS E SONHA COM NOVA CLASSE 


(imagem - foto colorida de um nadador com touca verde amarela dentro de uma piscina, ele é Caíque Aimoré, que sonha com as Paralimpíadas em 2016 - fotografia de divulgação Paratleta)
As chances são pequenas, quase remotas, mas o Brasil pode ter mais um grande destaque das piscinas disputando uma Paraolimpíada. Mas se ele ficar fora de 2016, ou mesmo de 2020, não será por falta talento, e sim pela ausência de uma categoria específica para quem tem síndrome de down.
Essa é a única barreira de Caíque Aimoré, 20 anos, um dos MELHORES do mundo em sua categoria, ainda não reconhecida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC).
Mas às vezes a ausência dos Jogos nem parece ser grande coisa. Enquanto Daniel Dias e André Brasil chamavam a atenção do mundo nos Jogos de 2012, Caíque se tornava também o melhor do planeta, pena que com bem menos holofotes. No fim de 2012, ele ganhou sete medalhas de ouro no Campeonato Mundial para portadores de síndrome de down, em Loano, na Itália. Uma a mais do que Daniel Dias acabara de conquistar em Londres.
"Ele é muito dedicado e tem conquistado ótimos resultados entre pessoas com síndrome de down. Mesmo na categoria S14, a que ele tem condições de competir, ele sempre ganha alguma medalha aqui no Brasil, até em etapas nacionais", diz o irmão do nadador, Caiubi Aimoré, ao Paratleta Brasil, que completou:
"Em eventos internacionais, há uma movimentação nos bastidores para que entre uma categoria apenas de down nos Jogos. Atletas tem. Mas é muito difícil disso acontecer até os Jogos de 2016, não contamos com isso, infelizmente".
Mas Caíque compete em desvantagem nesta categoria, voltada para pessoas com deficiência intelectual, já que a síndrome de down provoca também algumas dificuldades físicas. Mesmo assim, ele faz planos de disputar uma Paralimpíada pelo Brasil, ainda que nesta condição desigual. Talento ele tem e não são só as medalhas que dizem. De todas as provas de natação, ele só não nada no estilo borboleta.
"Tenho orgulho de tudo que já conquistei, principalmente das 7 medalhas de ouro no Mundial de 2012, mas ainda sonho em representar o Brasil em uma paralimpíada. Quem sabe um dia, quero muito! Nado desde os 6 anos, cresci nas piscinas, e hoje a natação é a minha profissão, meu grande prazer. Todos que nadam comigo merecem ser vistos assim, como atletas, porque o que fazemos é mais do que superação, é esporte de alto rendimento", disse o nadador, à nossa reportagem.
Quem também falou com a nossa reportagem foi Murilo Barreto, coordenador técnico da Seleção Brasileira de natação. Ele confirmou que a possibilidade da categoria fazer parte dos Jogos de 2016 é mínima, mas elogiou o atleta, que vem representando a natação brasileira cada vez melhor.
"É muito complicado, porque a categoria que ele compete, a S14, entrou há muito pouco tempo. Então, fica muito difícil de subdividirem essa categoria mais uma vez. Mas ele vai bem. É uma pena que não tenhamos essa subdivisão".
Mas nas etapas do Mundial, Caíque pode continuar disputando, vencendo e defendendo seu posto de melhor do mundo. Assim, o Brasil ganha outro fenômeno paraolímpico das piscinas
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EM BUSCA DE UM CORPO “PERFEITO” PERDIDO, no tempo das Olimpíadas...http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/08/em-busca-de-um-corpo-perfeito-perdido.html

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