sábado, 29 de dezembro de 2012

CÂNCER - SUS terá 11 novas terapias


SUS terá 11 novas terapias para câncer 


O Ministério da Saúde lançou um pacote de medidas para remodelar o tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lista de procedimentos foi atualizada, com a inclusão de 11 terapias, readequação de 20 e exclusão de 9, consideradas obsoletas. Além da revisão dos procedimentos, o ministério criou uma gratificação para incentivar hospitais a fazer mais cirurgias.

"O País dispõe de centros com capacidade para aumentar o número de atendimentos com a infraestrutura existente", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O incentivo será dado para hospitais classificados com porte A e B, que realizam, respectivamente, mais de 1,6 mil cirurgias para tratamento de pacientes com câncer por ano.

Aqueles que superarem a meta receberão um acréscimo de 20% nos valores pagos pelos procedimentos. "A ideia é que centros ganhem em escala. Muitos podem perfeitamente trabalhar em três turnos, realizando, por exemplo, cirurgias ou quimioterapia à noite para pacientes internados", completou Padilha.

A estratégia começou a ser estudada no início do ano por uma equipe do ministério, integrantes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. "O objetivo é reduzir ao máximo a espera para o início do tratamento de câncer", disse o ministro.

Além de aproveitar a capacidade já instalada dos centros, Padilha disse ser necessária a criação de pontos de atendimento em áreas onde hoje a oferta ainda é deficiente. "Precisamos reduzir as desigualdades. Para criação de novos serviços, é preciso também garantir profissionais."

O ministro conta que a partir de 2013 uma nova dinâmica para discussão do atendimento de pacientes com câncer será adotada. A ideia é fazer reuniões periódicas com direção de hospitais e representantes de Estados e municípios onde serviços funcionam para avaliar as necessidades, criar estímulos e, se necessário, reorganizar o atendimento.

Fragilidades

O grupo formado no início do ano identificou duas fragilidades no atendimento: a oferta de serviços de radioterapia e cirurgias. Numa primeira etapa, o governo anunciou a expansão dos centros de radioterapia. A meta é ter, até 2014, 80 centros de atendimento. Além dos serviços públicos, o governo autorizou a realização de tratamentos radioterápicos em serviços especializados particulares conveniados com o SUS.

"Novos centros foram credenciados, sobretudo nas Regiões Norte e Nordeste", disse o ministro. A meta agora é melhorar a oferta de cirurgias. "Além da incorporação de novas técnicas, decidimos reajustar as tabelas." Entre as novas cirurgias, cinco são de cabeça e pescoço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE - http://www.dgabc.com.br/News/6001335/sus-tera-11-novas-terapias-para-cancer.aspx

RACISMO - Maestro negro foi vítima de ato racista na Espanha


Músico brasileiro afirma que foi vítima racismo na Espanha

Ele estava com outro brasileiro em um bar quando policias chegaram
 (imagem publicada - Foto do maestro e músico Israel de França tocando um violino)

Um músico brasileiro que vive na Europa afirma que foi vítima de preconceito na Espanha. Ele denunciou a violência à embaixada brasileira em Madri. De acordo com o Itamaraty, a embaixada pediu esclarecimentos à corregedoria da polícia espanhola e vai acompanhar o caso de perto.

Israel de França é maestro da Orquestra de Câmara de Granada, na Espanha. Em entrevista por telefone, ele afirmou que foi vítima de racismo. Ele estava com outro brasileiro em um bar quando policiais chegaram. O amigo, que é branco, foi liberado. Israel foi levado para a delegacia e lá, disse que foi agredido com socos e pontapés na noite do último domingo (23).

Essa não é a primeira vez que Israel é vítima de racismo. Na adolescência, ele foi detido e levado para uma delegacia porque corria apressado em um parque com um violino para uma apresentação. O músico teve que tocar o instrumento para mostrar que não era ladrão. A história foi mostrada na Rede Globo, nos anos 80.

O episódio motivou Israel a continuar estudando. Ele estreou como solista em 1982. Passou pela Orquestra Sinfônica de Campinas e Sinfônica da Paraíba. Depois, recebeu uma bolsa de estudos da embaixada brasileira em Portugal. Em Granada, onde vive até hoje, estudou regência e foi um dos fundadores da Orquestra de Câmara da cidade.
FONTE - http://www.jornale.com.br/portal/mundo/81-01-mundo/28798-musico-brasileiro-afirma-que-foi-vitima-racismo-na-espanha.html

INCLUSÃO NOS ESPORTES: São Silvestre tem corredora com Síndrome de Down


Menina de 11 anos com síndrome de down vai participar da São Silvestre

Debaixo de chuva ou sol, Ana Luíza Pereira, de 11 anos, já se prepara para participar da corrida, ajudada pelo pai e contando com o apoio do irmão

Por Thiago FidelixMogi das Cruzes, SP

Quem define limites? Quem sabe até onde uma pessoa pode chegar? São respostas que dependem de cada um e o impossível está na cabeça dos outros. Ana Luíza, com 11 anos, prova que os obstáculos existem para serem vencidos. A menina tem síndrome de down e, pelo segundo ano consecutivo, participa da Corrida de São Silvestre. O gosto pelo esporte surgiu ao ver o pai, Norberto Pereira, competir em diversas provas no estado de São Paulo.

Professor de educação física e dono de academia em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo, Norberto sempre levou uma vida voltada ao esporte. A rotina de treinos e exercícios desenvolveu o mesmo desejo na filha. E aos nove anos ela surpreendeu a todos.

- Eu não estava esperando, mas ela pediu para correr comigo. Eu não sabia o que fazer, mas senti que era minha obrigação atender à vontade dela – disse o pai.

O limite para um portador de síndrome de down geralmente é estipulado pelos outros, e Ana Luíza mostra que as barreiras estão na cabeça de quem as veem. Com tranquilidade e inocência de uma criança, sem saber, carrega uma bandeira contra o preconceito.

- Quando treinamos pelas ruas de Mogi das Cruzes, temos que fazer isso com carro de apoio. Os outros motoristas passam xingando, buzinando e muitas vezes olham como se estivessem se perguntando: “Por que ela está fazendo isso?”. Eles não respeitam. Por outro lado, minha filha está se tornando um exemplo para muitos que correm.
Ana São Silvestre (Foto: Thiago Fidelix / Globoesporte.com)Ana Luíza treinando com o pai e o irmão no Complexo Esportivo Hugo Ramos (Foto: Thiago Fidelix / Globoesporte.com)
Ana Luíza e Norberto participaram de uma das corridas realizadas em Mogi, em 2009. Durante a prova, eles receberam várias palavras de incentivo. Um dos apoiadores acabou sendo contagiado pela força da dupla.

- Ele gritava para nós não desistirmos no começo dos 15km, e no final encontramos com ele e o cara estava mais cansado. Quando nos viu, ele disse que não tinha incentivo maior do que a gente, se nós não desistimos, ele deveria seguir firme até o final - contou Norberto.

Todo a competição fica emocionante quando Ana está correndo. Os participantes e o público ficam em êxtase quando olham aquela menininha com um sorriso no rosto completando a prova.

- Eu fico emocionado. Muitos olham diferente para minha irmã. Nós todos somos iguais. Quando ela passa o clima da corrida muda, muitos choram e outros ficam com um sorriso e, por um momento, esquecem a competitividade – disse o irmão João Vitor, de 16 anos, que vai correr ao lado da irmã pela primeira vez na São Silvestre.
São Silvestre Ana Luíza Mogi das Cruzes (Foto: Thiago Fidelix / Globoesporte.com)Ana Luíza pronta para a São Silvestre
(Foto: Thiago Fidelix / Globoesporte.com)
Atualmente, Norberto leva Ana Luíza em uma cadeira feita para corrida, mas o começo não foi assim.

- Ela não precisa de cadeira de rodas no dia a dia. Então, quando eu decidi correr com ela, tive que arranjar uma cadeira que não era adaptada para isso. Conseguimos fazer várias provas durante o ano, mas eu sempre sentia dores nas costas. Nesta São Silvestre vamos correr melhor – afirmou.

Tempo de prova para eles é um detalhe. Recorde ou velocidade não importa. A família quer correr. Como a própria Ana Luíza diz: o pai a leva em uma carruagem. Brincando, ela ultrapassa barreiras e está cada vez mais envolvida socialmente.
 - Não sei onde isso vai parar. Vou com ela até quando eu puder. Acho que no futuro ela vai correr sozinha, tudo vai depender dela!
FONTE - http://globoesporte.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2012/12/menina-de-11-anos-com-sindrome-de-down-vai-participar-da-sao-silvestre.html
LEIAM TAMBÉM NO MEU BLOG INFOATIVO.DEFNET: 

NÃO SOMOS ANORMAIS, SOMOS APENAS CIDA-DOWNS....http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/03/nao-somos-anormais-somos-apenas-cida.html


AOS MEUS “COLEGAS”, INTOCÁVEIS E INDEPENDENTES – O Cinema reverencia as Deficiências.http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/08/aos-meus-colegas-intocaveis-e.html

SAÚDE MENTAL E MANICÔMIOS JUDICIÁRIOS? Punição eterna

"Loucos infratores" passam mais tempo nos manicômios do que deveriam

Um em cada quatro internos de manicômios judiciários no país já poderia estar livre. Muitos, entretanto, passam a vida inteira nas instituições

Renata Mariz - Correio Braziliense

Por pior que seja o crime cometido, ninguém pode ficar preso mais de 30 anos no Brasil. O limite previsto no Código Penal e confirmado por jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), porém, não se aplica a uma população até então invisível: os louco infratores. Enquanto a lei determina que façam tratamento psiquiátrico compulsório em hospitais de custódia até se restabelecerem, em vez de ir para a cadeia, a realidade se encarrega de condená-los a uma pena perpétua. Dentro das unidades conhecidas popularmente como manicômios judiciários espalhadas pelo país, a pergunta não é “quando”, mas sim “se” chegará o dia de ganhar a liberdade.

Graves violações aos direitos mais fundamentais, como a liberdade, foram trazidas à tona pela primeira pesquisa nacional da população que cumpre medida de segurança no país – tratamento imposto a doentes mentais que cometeram crimes sem compreender o caráter ilícito do ato. Para traduzir os números levantados no estudo financiado pelo Ministério da Justiça, o Estado de Minas visitou hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico no Rio de Janeiro, em Salvador e em Barbacena (MG), além do Distrito Federal. E mostra, a partir de hoje, a dura realidade dos 3.989 homens e mulheres dentro desse tipo de instituição no Brasil.

Um em cada quatro internos já deveria estar fora. Ou porque tem laudo médico atestando não haver mais perigo em seu comportamento ou até mesmo sentença judicial determinando que saia do sistema. Nem a medicina nem a Justiça, entretanto, foram capazes de libertar Reginaldo (nome fictício), que vive há 31 anos no Hospital de Custódia e Tratamento (HCT) da Bahia, em Salvador. Há pelo menos seis o homem tem toda a documentação necessária para sair. Falta um local para recebê-lo. Os laços familiares não existem mais. Dentro da unidade ele é classificado formalmente como “problema social”.

FONTES - DIARIO DE PERNAMBUCO  E ESTADO DE MINAS http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2012/12/28/interna_brasil,415297/loucos-infratores-passam-mais-tempo-nos-manicomios-do-que-deveriam.shtml

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

DEPENDÊNCIA QUÍMICA - Revista EM DISCUSSÃO - SENADO


Dependência Química

Em discussão! traz nesta edição a cobertura do ciclo de debates sobre o enfrentamento ao crack e a outras drogas, promovido, no Senado, pela Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outros.
Depois de edições sobre infraestrutura (aviação e banda larga), Em discussão! enveredou pela área social. No número anterior, abordou o trabalho escravo e, agora, a dependência química e a ameaça do crack.
Este ano, os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) criaram uma subcomissão que, em vez dos fóruns que analisam a questão sob a ótica da repressão, tem foco na oferta de tratamento aos usuários.
A falta de dados atualizados sobre dependência química no Brasil, especialmente do crack (uma pesquisa prometida para abril teve sua divulgação adiada muitas vezes), não embaraçou a subcomissão, que ouviu representantes do governo e da sociedade.
As avaliações, feitas em sete reuniões (veja a lista na pág. 5), demonstram que a rede pública de atendimento a dependentes químicos é mínima, está desarticulada e, via de regra, não oferece possibilidade de internação. Assim, fica ainda mais difícil a recuperação de quem está aprisionado pelas drogas, entre elas o álcool, cujos riscos para os usuários e disseminação são superiores aos de qualquer outra ­substância.
Na ausência do Estado, comunidades terapêuticas, geralmente ligadas a religiosos, oferecem alternativas às famílias para o tratamento dos seus dependentes químicos. Porém, os serviços dessas entidades não obedecem a padrões e, por isso, ficam sem apoio público.
A escolha da subcomissão de lançar sua atenção sobre as vítimas das drogas coincide com a tendência mundial de repensar a política de combate a entorpecentes. A repressão já provou não ser suficiente. Pior, custa caro aos contribuintes, discrimina os dependentes e ainda abastece a violência do tráfico.
Essa análise também leva em consideração que é impossível afastar por completo as pessoas das drogas. “Por motivos de cura, religiosos, recreativos ou até existenciais, as drogas acompanham a história da Humanidade”, reconhece o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). “Todos somos pré-dependentes químicos por natureza, seja do dinheiro, do poder, do sexo, da droga, da bebida”, resume o médico Aloísio Freitas.
Para acabar com a sensação de que governo e sociedade estão “carregando água na peneira” a cada vez que uma cracolândia esvaziada pela polícia volta a funcionar, é que os senadores elaboram projetos para melhorar o sistema de atendimento aos cidadãos presos na cilada das drogas.
Em discussão!, além da radiografia que confirma a deficiência no tratamento, apresenta essas possíveis saídas para minorar o problema.

DIREITOS HUMANOS e VIOLÊNCIA POLICIAL NO BRASIL



Violência policial é a principal mancha em direitos humanos

No período de 1999 a 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA) recebeu um conjunto de 66 denúncias e petições provenientes do Brasil. A violação mais recorrente nesse conjunto foi a violência policial: 15 dos casos apresentados têm como foco principal relatos de desrespeito a direitos humanos causados pela ação de policiais. Em seguida, com 13 casos, aparecem situações envolvendo a questão agrária.
Essas informações fazem parte da quinta edição do Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil (2001-2010), lançado há pouco pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP. No capítulo sobre o Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos, a pesquisadora Lucia Elena Bastos também informa o seguinte: dos 66 casos apresentados, apenas 9 foram recusados.
Entre os casos admitidos, 20 já foram julgados e o Brasil foi considerado responsável por violações de direitos humanos em todos eles. Os outros ainda aguardam uma posição final da Comissão.
Segundo a pesquisadora, os casos podem incluir mais de uma violação. As situações envolvendo a questão agrária, por exemplo, também costumam conter denúncias de violência policial. Na pesquisa realizada por ela, porém, prevaleceu o aspecto mais representativo de cada caso.
Ainda de acordo com Lucia Elena, as vítimas de violência policial no Brasil frequentemente são duplamente penalizadas, devido à impunidade.
Ela escreve: “O ponto mais importante desta análise é aquele que mostra que a maioria das violações relaciona-se à proteção judicial e às garantias judiciais. O que indica que o Brasil violou direitos humanos em dois momentos com relação à mesma vítima, ou seja: o momento da violação em si (exemplo: direito à vida, num homicídio cometido por policial contra civil) e o momento em que o País não forneceu acesso à Justiça, o devido processo legal ou as investigações para que a violação inicial fosse levada a juízo e, ao final, reparada.”
A íntegra do relatório, com 313 páginas, pode ser acessada pelo site do NEV. http://www.nevusp.org/portugues/    fonte - http://www.dm.com.br/texto/82499-violancia-policial-a-a-principal-mancha-em-direitos-humanos

BIODIVERSIDADE E MEDICINA - Extinção de espécies trazem perdas para o futuro


Diminuição da biodiversidade traz  perdas para economia e medicina 


MARION HÜTLER (CN)
Com a extinção de espécies, desaparecem também o valor econômico por elas gerado e inúmeras possibilidades inexploradas para o tratamento e a cura de doenças.
A tartaruga-de-couro vive na costa do Suriname, pode chegar a 2,5 m comprimento e pesar até 700 kg – ela é a maior espécie de tartaruga marinha do mundo. Mas o extraordinário tamanho e peso não oferecem nenhuma proteção diante das ameaças das mudanças climáticas.
A reprodução dessas tartarugas gigantes é muito sensível ao aumento da temperatura: se a areia onde ela coloca seus ovos estiver muito quente, nascerão mais fêmeas. Assim, haverá um desequilíbrio na próxima temporada de acasalamento. Além disso, se o nível do mar aumentar, muitos locais adequados para a reprodução serão perdidos.
Diante de tudo isso, a população dessas tartarugas está ameaçada. Esse réptil gigante é um dos muitos animais que fazem parte da lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção, elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês).
Segundo especialistas, se nada for feito para proteger as tartarugas-de-couro, que existem há 65 milhões de anos, eles desaparecerão em poucos anos.
Mudanças climáticas e biodiversidade
Segundo as Nações Unidas, um aumento de até dois graus na temperatura média do planeta implica que uma em cada cinco espécies correrá risco de extinção – a Terra está diante da maior ameaça de extinção em massa desde o desaparecimento dos dinossauros.
A contribuição do aquecimento global para a extinção de animais é tema de amplos debates entre os cientistas. Muitos afirmam que a ameaça de extinção resulta da combinação de diversos fatores, como a poluição – que aumenta os efeitos das mudanças climáticas – ou a caça.
A especialista Wendy Foden, da IUCN, diz que as mudanças climáticas já afetam a vida de muitas espécies, por exemplo alterando os seus hábitos migratórios. "É possível encontrar animais onde eles nunca haviam estado antes", diz Foden. "Algumas espécies estão migrando para regiões mais frias. Na América do Sul, isso significa mais ao sul, ou para as montanhas."
Nemo, o embaixador dos defensores do clima
Já os habitantes dos mares têm poucas chances de escapar: o aumento da quantidade de dióxido de carbono no ar modifica o pH da água do mar, um processo que altera o habitat de inúmeras espécies.
Foden usa o exemplo do peixe-palhaço para explicar o efeito dessa mudança na vida marítima. "O dióxido de carbono deixa a água do mar mais ácida e com isso o peixe-palhaço perde seu olfato." Esse sentido auxilia os peixes a distinguir substâncias ao seu redor. Os alevinos se orientam dessa maneira para encontrar um recife seguro.
Agora os especialistas do IUCN querem utilizar a popularidade do peixe-palhaço para conscientizar as pessoas sobre os efeitos das mudanças climáticas. "Todo mundo conhece o peixe-palhaço do filme Procurando Nemo", diz Foden.
Perdas para a humanidade
A perda da biodiversidade afeta também o ser humano. Numa pesquisa realizada na Alemanha, dois terços dos entrevistados responderam que a redução da variedade de espécies afetaria sua vida, mas que esse efeito seria observado, principalmente, nas suas horas de lazer e em atividades na natureza.
Na verdade, os efeitos são bem mais amplos. A iniciativa Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), lançada pela Alemanha e pela Comissão Europeia, procura calcular o valor financeiro dos ecossistemas. Ela afirma, por exemplo, que o serviço de polinização feito pelos insetos vale cerca de 110 bilhões de euros.
Porém, o estudo do TEEB não é capaz de determinar com precisão os custos da perda de diversidade, simplesmente porque muitas espécies nunca foram identificadas.
Novos remédios
Cerca de 1,9 milhão de espécies estão catalogadas – apenas uma pequena parte do total existente. Especialistas estimam que cerca de cem espécies são extintas por ano. Como a função delas no ecossistema é desconhecida, os cientistas não podem calcular os efeitos de seu desaparecimento.
A equipe da pesquisadora alemã Gudrun Mernitz isolou mais de cem substâncias de microorganismos do mar. Agora, o potencial delas para medicamentos está sendo pesquisado. "Algumas delas podem ser úteis para o tratamento de diversos tipos de câncer", diz a bióloga.
Cerca de 6% dos medicamentos descobertos nos últimos dez anos foram desenvolvidos a partir de substâncias naturais, diz Rolf Hömke, da VFA, uma associação de pesquisa da indústria farmacêutica. Essas substâncias podem vir de qualquer lugar, por exemplo do intestino de um percevejo.
Assim, o Triatoma Infestans, conhecido no Brasil como barbeiro, originou um novo remédio para vítimas de enfarte. A biodiversidade esconde inúmeras possibilidades para a medicina. 
FONTE - TERRA Ciência  http://noticias.terra.com.br/ciencia/diminuicao-da-biodiversidade-cria-prejuizos-financeiros-para-a-humanidade,4da2a92999dcb310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

ESCLEROSE MÚLTIPLA: Tratamento com planta do Nordeste


Planta do nordeste pode ser a chave para o tratamento da Esclerose Múltipla

Uma das doenças degenerativas mais implacáveis do mundo pode não ser párea para o avelóz, planta milagreira das regiões Norte e Nordeste. Testes em camundongos têm sido extremamente bem-sucedidos

por João Mello
Editora Globo
(IMAGEM  da planta Avelóz -O futuro do tratamento da Esclerose Múltipla pode passar por esses arbustos //Crédito: Divulgação)
Uma planta típica do nordeste pode mudar os rumos do tratamento da Esclerose Múltipla. Apesar de ser cedo para alardear uma revolução terapêutica, a descoberta feita por um grupo de pesquisadores brasileiros pode ser comemorada como uma das melhores notícias dos últimos anos para portadores da doença e seus familiares.
A grande sacada da pesquisa atende pelo nome de avelóz, uma plantinha conhecida tradicionalmente no Norte e Nordeste por seus poderes milagreiros e que de uns tempos pra cá começou a ganhar a atenção formal de cientistas. O estudo foi publicado na renomada publicação  Biochemical Pharmacology e está sendo capitaneado pelos pesquisadores Prof. Dr. Rafael Cypriano Dutra e Prof. Dr. João Batista Calixto, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina, além do Dr. Luiz Francisco Pianowski, do laboratório Kyolab.
A pesquisa começou há dois anos e seus resultados são bem promissores. “Nós demonstramos que o euphol inibe significativamente o desenvolvimento da Esclerose Múltipla em camundongos quando administrado por via oral. Além disso, nós descobrimos que ele (o euphol) bloqueia seletivamente as células que induzem a doença. Conseqüentemente, os animais tratados com o euphol não apresentam os sinais clínicos da doença”, afirma o Dr. Rafael Cypriano. O tal do euphol vem de Euphorbia tirucalli nome científico da avelóz. Ele é o componente que, quando isolado, combate a doença.
A EM não tem cura e ninguém sabe ao certo o que causa o problema. Mas não há mistério sobre o mal que ela causa: a Esclerose Múltipla é uma doença cruel. A lista de sintomas mais comuns dá uma vaga noção disso: dificuldade de locomoção, perda de coordenação motora, tonturas, disfunções sexuais, distúrbios esfincterianos e fadiga. A crueldade ganha um aspecto ainda mais traumático quando aliada aos aspectos psicológicos da doença: cerca de 65% dos pacientes sofrem de déficit de atenção e perda de memória, quase sempre acompanhados de um sentimento de ansiedade e depressão. A Esclerose Múltipla atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. “A doença acomete, principalmente, indivíduos brancos, na faixa etária entre 20 e 40 anos e com forte predomínio sobre o sexo feminino”, diz o Dr. Rafael. No Brasil, há 15 casos para cada 100 mil habitantes. Em alguns países do Hemisfério Norte esse número sobe para 100 ocorrências a cada 100 mil pessoas.
Hoje em dia, uma pessoa com Esclerose Múltipla não gasta menos de 5 mil reais por mês para se tratar, o que “dificulta a adesão dos pacientes”, nas palavras do Dr. Rafael. Ou seja: pouca gente tem grana suficiente para se tratar decentemente. Quando perguntado se a descoberta pode tornar o tratamento mais acessível, o pesquisador prefere a cautela: “No momento da nossa pesquisa, nós não temos como estimar um valor comercial para o euphol”. A burocracia que separa a descoberta de um remédio em potencial e as prateleiras da farmácia costuma gerar um período de 10 ou até 15 anos de espera. Enquanto isso, aumenta a esperança de dias melhores para os pacientes que sofrem com o problema. 
FONTE -  REVISTA GALILEU http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI314635-17770,00-PLANTA+DO+NORDESTE+PODE+SER+A+CHAVE+PARA+O+TRATAMENTO+DA+ESCLEROSE+MULTIPLA.html

ALZHEIMER - Uso de NEUROIMAGEM NO DIAGNÓSTICO


Saúde mental: Scanner cerebral prevê Alzheimer  


Nova York. Especialistas poderiam identificar com precisão a doença de Alzheimer e qualquer outro tipo de demência com ressonância magnética, segundo um estudo da revista “Neurology”. Atualmente, médicos têm dificuldade de diagnosticar a demência em alguns casos, adiando o tratamento adequado.

Apesar de serem doenças diferentes, Alzheimer e Demência Frontotemporal têm similaridades de sintomas e características clínicas, por isso podem ser difíceis de serem diagnosticadas. Ambas causam confusão mental e esquecimento e podem afetar a personalidade, as emoções e o comportamento.

Uma equipe da Universidade da Pensilvânia (EUA) analisou a eficiência da ressonância com o objetivo de dimensionar os níveis de proteína no cérebro, que geralmente estão maiores no caso do Alzheimer do que no de Demência Frontotemporal.

Os pesquisadores norte-americanos descobriram que o método da ressonância magnética teve 75% de precisão do diagnóstico, embora este número seja distante do ideal de 100%. 
FONTE - http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=351704&modulo=965

SINDROME DE DOWN E CULINÁRIA


Chefs' especiais

Como a culinária pode ajudar crianças com síndrome de Down

Uma tarde passada a cozinhar como estímulo para a autonomia de crianças portadoras de trissomia 21. 


As pequeninas mãos sentem a textura delicada da massa filo. Atentos, Rita, Bruno, Vera e Miguel ouvem as instruções de Filipe Pina, chef do restaurante Cantinho do Avillez, para fazerem strudel de queijo cabra, mel e nozes. "Quem quer provar mel?" Quatro indicadores esticam-se. Mmm... adoram! Ao lado, na bancada de cozinha do Kiss the Cook, em Lisboa, espaço para workshops de culinária, Ricardo, Matilde e Carminho preparam o queque de chocolate, com a ajuda do mestre pasteleiro Gilberto Costa, professor na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Batem gemas e açúcar, acrescentam manteiga, leite e farinha. Antes de ir ao forno, falta envolver o cacau, o fermento e as claras em castelo. Noutro extremo, Hélder Martins, responsável pela cozinha do Hotel Neya, com uma passagem recente pelo concurso televisivo Top Chef, conta com a preciosa ajuda de Joana, Tiago e Cláudio, para preparar o prato principal da tarde: tiborna de cogumelos e bacalhau.
Numa tarde de sábado chuvosa e fria, uma dezena de rapazes e raparigas, entre os 8 e os 17 anos, a maioria com trissomia 21, participaram na aula organizada por Orquídea Silva, 44 anos, diretora da HIG International, empresa da Póvoa de Varzim, detentora da Prochef, marca de fardas que veste grande parte dos cozinheiros nacionais. Orquídea quer concretizar, em Portugal, o modelo de academia de culinária criado, há cinco anos, no Brasil, pela sua amiga Simone Berti.
Estimular a aprendizagem de competências importantes na autonomia das crianças portadoras daquela doença genética é fundamental.
"A culinária tem aspetos sociais, de autonomia pessoal e ainda de coordenação motora", explica Mónica Pinto, pediatra do neurodesenvolvimento da Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21. "A organização de tarefas e o treino de concentração e de gestão de tempo são importantes no dia a dia de qualquer criança." Inicialmente, o défice cognitivo foi designado de mongolismo, mais tarde como síndrome de Down (nome do médico inglês John Langdon Down) e, por fim o mais assertivo, de trissomia 21, pois resulta da presença de três cromossomas 21, em vez dos dois habituais.
No final do lanche Down Cooking, os participantes vibraram ao receber o diploma e o avental. Em casa, Bruno, Vera, Cláudio ou Ricardo já ajudam, por certo, os seus pais na confeção das refeições.
Ler maise ver as outras fotos: http://visao.sapo.pt/como-a-culinaria-pode-ajudar-criancas-com-sindrome-de-down=f704046#ixzz2GLMQ7A6y

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CULTURA NEGRA: Minc lançou Editais para sua valorização


MinC realiza cinco editais voltados para a valorização da cultura negra

*imagem publicada mulheres negras vestidas com roupas alegres, de cor laranja, típicas do grupo Samba de Rodas Angola Bahia 

O Ministério da Cultura está realizando cinco editais voltados para a valorização da cultura afrodescendente. Apenas pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) são três editais abertos para criadores e escritores negros. Os editais fazem parte do projeto do Ministério da Cultura (MinC) e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) de valorização e fomento de produtores, criadores e escritores negros e foram lançados como parte da celebração do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, dia 20 de novembro.
Os objetivos dos editais da FBN são formar novos escritores, elevar o número de pesquisadores negros e de publicações de autores negros e incentivar pontos de leitura de cultura negra em todo o país de forma a se estabelecer novo paradigma em todas as linguagens apoiadas pelo MinC, com a participação efetiva da população negra brasileira.
O Edital de Pontos de Leitura, cuja inscrição poderá ser feita até o dia 4 de janeiro, tem como objetivo selecionar 01 projeto para a implantação de 27 pontos de leitura e terá investimento total de R$ 3, 2 milhões. Os 27 Pontos de Leitura devem desenvolver atividades de mediação de leitura, criação literária, publicação, seleção de acervo e pesquisa que tratem de ações voltadas para a preservação da Cultura Negra e ações afirmativas de combate ao racismo no país.
Já o Edital de Apoio a Pesquisadores Negros, que tem inscrições abertas até o dia 20 de março de 2013, selecionará 23 projetos para concessão de bolsas, pelo período de 1 ano, propostos por pesquisadores e pesquisadoras negras. O edital tem como objetivo incentivar a produção de trabalhos originais, em território brasileiro, em qualquer uma das áreas e subáreas do conhecimento definidas pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
O Edital de Apoio à Coedição de Livros de Autores Negros, que tem as inscrições abertas até 30 de abril,  busca a formação de parcerias para o desenvolvimento de projetos de coedição. O objetivo é o de produzir publicações de autores brasileiros negros, em meio impresso e/ou digital, com o propósito de divulgar, valorizar, apoiar e ampliar a cultura brasileira dos afrodescendentes.

Funarte
A Fundação Nacional de Artes, também em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR), recebe inscrições, até 4 de janeiro, para o Prêmio Funarte de Arte Negra que selecionará 33 projetos nas áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória.
O objetivo do Prêmio, que tem valor total de R$ 4,3 milhões, é proporcionar aos produtores e artistas negros oportunidade de acesso a condições e meios de produção artística, conforme estabelecido pelo Plano Nacional de Cultura (Lei 12.343/2010) e pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010).
Podem concorrer artistas, produtores culturais e instituições privadas (com ou sem fins lucrativos, de natureza artística e/ou cultural), desde que comprovem experiência no desenvolvimento de atividades artísticas que conservam elementos das culturas de matriz africana e/ou realização de trabalhos com temas ligados à experiência social e política da população negra dentro e fora do Brasil.

Secretaria do Audiovisual
A Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura também está com inscrições abertas até 7 de janeiro de 2013, o  Edital de Apoio para Curta-Metragem – Curta Afirmativo: Protagonismo da Juventude Negra na Produção Audiovisual . O edital fomentará a produção de até 6 (seis) obras audiovisuais de curta-metragem, de 10 (dez) a 15 (quinze) minutos, dirigidos ou produzidos por jovens negros, de 18 a 29 anos, pessoa física, com temática livre, podendo ser ficção ou documentário, com a possibilidade de utilização de técnicas de animação.

(Redação: Heli Espíndola, Comunicação/SCDC) FONTE http://www.cultura.gov.br/culturaviva/minc-realiza-cinco-editais-voltados-para-a-valorizacao-da-cultura-negra/

ORIENTAÇÃO SEXUAL - Projeto sobre tratamento de homossexualidade foi e deve ser criticado


Internautas criticam projeto sobre psicologia e orientação sexual

 Mais de 90 internautas participaram, nesta quinta-feira, de videochat com o deputado Roberto de Lucena (PV-SP), relator, na Comissão de Seguridade Social e Família, do Projeto de Decreto Legislativo234/11, que susta parte de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia relativa ao tratamento de homossexuais. A maioria dos internautas questionou a intenção do projeto, dizendo que a resolução não impede o tratamento de pessoas em conflito, mas veda qualquer tentativa de cura de homossexualidade ou bissexualidade.

Roberto de Lucena, no entanto, recusou a expressão “cura gay”, que segundo ele foi inventada pela imprensa. Lucena, que é favorável ao projeto, volta a falar sobre o tema hoje às 20 horas, no programa Câmara Notícias, da TV Câmara. O videochat foi uma iniciativa da Coordenação de Participação Popular (CPP) da Câmara dos Deputados.
O projeto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), susta a aplicação de dois dispositivos da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia que orientam os profissionais da área: o primeiro deles estabelece que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura da homossexualidade. O segundo determina que os psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar os preconceitos em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Tratamento
Questionado pelos participantes, Lucena esclareceu que, ao propor a derrubada de parte da resolução, os deputados querem apenas permitir que pessoas em conflito com a sua sexualidade recebam tratamento adequado.
“Há a minoria da minoria, ou seja, homossexuais que tomam a decisão, seja qual for o motivo, de não se relacionarem mais com pessoas do mesmo sexo. Passam a desejar relacionar-se com pessoas do sexo oposto, e hoje elas sofrem dificuldade quando procuram profissionais e não conseguem assistência”, disse o deputado, reforçando que, ao sustar a resolução, serão essas pessoas as beneficiadas. Ele reforçou que não apenas o Congresso está questionando a resolução, mas também o Ministério Público  do Rio de Janeiro.
Porém, essa não foi a opinião da maioria dos internautas, que chamou a atenção para as falsas promessas de cura. “Dar crédito a essa proposição é assinar um atestado de ignorância e de charlatanismo, já que a pessoa vai pagar por algo que ela nunca terá”, disse o participante Marcos. Já o usuário Luís Otávio de Arruda Camargo ressaltou que o papel do psicólogo deve ser ajudar a pessoa a aceitar a sua sexualidade, seja ela hetero, bi ou homossexual.
Conflito
Roberto de Lucena foi questionado por vários internautas psicólogos e estudantes de psicologia alegando que a resolução, como está, não impede o tratamento de pessoas em conflito com a própria sexualidade, ou seja, com sexualidade egodistônica. Os usuários Bruno S, Everton de Lima Oliveira, Leonardo e Marcos, por exemplo, disseram que as pessoas em conflito podem procurar tratamento até para reverter a sexualidade.
“O Conselho Federal de Psicologia nunca proibiu ninguém de buscar ajuda psicológica por homossexualidade egodistônica. O que o conselho proíbe, respeitando o princípio da precaução, é que psicólogos ofereçam um tratamento que não dispõe de evidência científica comprovando sua eficácia e, principalmente, sua segurança”, disse Everton.
Lucena, no entanto, argumentou que a resolução não é clara quanto ao tratamento de pessoas em conflito com a sexualidade. Por isso, ele avaliou que muitos profissionais correm o risco de serem penalizados indevidamente. “Esse texto deveria ser reescrito apenas lançando luz na norma para permitir que a pessoa, buscando assistência espontaneamente, seja atendida e que os profissionais que venham a atender esses pacientes não sejam penalizados”, disse.
Tramitação
O parecer de Lucena ainda precisa ser analisado pela Comissão de Seguridade Social e Família. Depois, passará pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pelo Plenário da Câmara.

Íntegra da proposta:

ARMAS DE FOGO - Câmara federal rejeita registro de armas da PM e Bombeiros pela PF



Câmara rejeita registro de armas de PMs e bombeiros pela Polícia Federal

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado rejeitou, no mês passado, proposta que inclui no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), organizado pela Polícia Federal, as armas das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares. Hoje, esses equipamentos estão registrados no Sistema de Gerenciamento Militar de Armamentos (Sigma), sob responsabilidade do Comando do Exército.
A medida está prevista no Projeto de Lei 1070/11, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Como a Comissão de Segurança Pública é a única responsável pela sua análise de mérito, a proposta será arquivada, a menos que seja apresentado recurso para votação em Plenário.
Estrutura
O relator, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), criticou a proposta. Para ele, o Exército tem mais estrutura para o controle dessas armas. “Enquanto a Polícia Federal conta com aproximadamente 115 unidades, o Exército possui cerca de 290 organizações militares”, explicou.

O parlamentar também defendeu que a quantidade de armas sob responsabilidade das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares é justificativa para manter o registro a cargo do Exército. “Em razão das dimensões continentais de nosso País e levando-se em consideração o crescente aumento [nos efetivos] das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares nos estados brasileiros, é bastante oportuno que um órgão especializado da Administração Pública, ou seja o Exército Brasileiro, fique encarregado do controle e fiscalização da quantidade de material bélico em uso por essas Instituições”, afirmou.
Alexandre Leite acrescentou também que o órgão pode coibir possíveis irregularidades por meio da Inspetoria-Geral das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. Atualmente, de acordo com o deputado, existem 422 mil policiais militares e 50 mil bombeiros no País.
Ainda segundo o relator, a Polícia Federal tem acesso ao Sigma. “O acesso permitido a Policia Federal é suficiente para sua efetiva pesquisa e obtenção de dados que instrua suas atividades”, argumentou o deputado antes de concluir que “as informações constantes nas duas bases de dados são conhecidas dos dois órgãos e capazes de fornecer informações para realização de suas atividades e o alcance de todas as informações necessárias para tanto”.

Íntegra da proposta:


AIDS - NOTIFICAÇÃO DE HIV SERÁ OBRIGATÓRIA


Notificação de HIV no Brasil passará a ser obrigatória 

Dados daqueles que possuem o vírus mas não desenvolveram a doença serão mantidos em sigilo e apenas as informações de perfil serão divulgadas para fins estatísticos

O Ministério da Saúde vai tornar compulsória a notificação de todas as pessoas infectadas com o vírus HIV, mesmo as que não desenvolveram a doença. A portaria ministerial que trata da obrigatoriedade de aviso de todos os casos de detecção do vírus da aids no País deve ser publicada em janeiro.
Atualmente, médicos e laboratórios informam ao Ministério da Saúde apenas os casos de pacientes que possuem o HIV e tenham, necessariamente, manifestado a doença. Os dados serão mantidos em sigilo. Somente as informações de perfil (sem a identificação do nome) poderão ser divulgadas para fins estatísticos.
Hoje, o governo monitora os soropositivos sem aids de maneira indireta. As informações disponíveis são de pessoas que fizeram a contagem de células de defesa nos serviços públicos ou estão cadastradas para receber antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O novo banco de dados será usado para planejamento de políticas públicas de prevenção e tratamento da aids.
"Para a saúde pública é extremamente importante, porque nós vamos poder saber realmente quantas pessoas estão infectadas e o tipo de serviços que vamos precisar", explica Dirceu Grego, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
A mudança ocorre quatro meses após o governo anunciar a ampliação do acesso ao tratamento com medicação antirretroviral oferecido pelo SUS. A prescrição passou a ser feita em estágios menos avançados da aids. Desde então, casais com um dos parceiros soropositivo passaram a ter acesso à terapia em qualquer estágio da doença.
O ministério também recomendou que a droga seja ministrada de forma mais precoce para quem não têm sintomas de aids, mas possui o vírus no organismo - uma tendência na abordagem da doença, reforçada na última Conferência Internacional de Aids, realizada em julho deste ano nos Estados Unidos.
À época, o ministério calculou que o número de brasileiros com HIV fazendo uso dos antirretrovirais aumentaria em 35 mil. Atualmente, são cerca de 220 mil pacientes com aids.
Outras 135 mil pessoas, estima o governo, têm o HIV, mas não sabem. Elas estão no foco da mudança na obrigatoriedade de notificação, porque não foram ainda diagnosticadas. Segundo Grego, essas pessoas devem ser incorporadas ao tratamento. Assim como ocorre quando os pacientes são diagnosticados com aids, caberá aos médicos e laboratórios avisar ao ministério sobre a descoberta de pessoas infectadas - os soropositivos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo .
FONTE - http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-12-27/notificacao-de-hiv-no-brasil-passara-a-ser-obrigatoria.html

    PESQUISA INÉDITA DA UNICEF SOBRE DESASTRES E INFÂNCIA


    UNICEF e Brasil iniciam pesquisa inédita sobre desastres e infância 

    (Imagem publicada- foto de várias mãos de crianças que vão se aproximando umas sobre as outras)
    O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Governo brasileiro iniciam levantamento inédito sobre ações de redução de riscos de desastres e condições de atendimento às crianças e adolescentes em situações de emergência. A pesquisa Desastres e Infância online pode ser respondida por coordenadores de Proteção e Defesa Civil até o dia 30 de janeiro de 2013.
    Os resultados vão ser usados para a elaboração de propostas de proteção das crianças e adolescentes antes, durante e após os desastres.
    O UNICEF vai contribuir com sua experiência de seis décadas de atuação nas maiores e mais complexas emergências em todo o mundo – como o terremoto no Haiti, em 2010; o tsunami no sudeste asiático, em 2004; e a seca no Chifre da África, em 2011 –, promovendo e garantindo os direitos de crianças e adolescentes, bem como disseminando a experiência brasileira e incentivando intercâmbios com agentes de outros países.
    A iniciativa é promovida juntamente com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; a Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional; o Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde e do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará; e o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina.
    Para responder a pesquisa, clique aqui.http://www.nuteds.ufc.br/unicef/

    Informações para a imprensa

    Alexandre Amorim
    aamorim@unicef.org | (61) 3035-1947
    FONTE - http://www.onu.org.br/unicef-e-brasil-iniciam-pesquisa-inedita-sobre-desastres-e-infancia/